Ele é Como Rheya {jikook}

By nicolypachecos

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É o começo do primeiro dia de aula depois das férias de verão quando Jeon Jeongguk sente que o ano letivo de... More

♡ avisos ♡
[ PLAYLISTS ]
1. Ele é como uma Tangerina
2. Ele é como um Gêmeo
3. Ele é como Daphne Blake
4. Ele é como um invisível
5. Ele é como Yoongi
6. Ele é como uma Figura Sagrada
7. Ele é como Us And Them
8. Ele é como uma Criança
9. Ele é como Panqueca de Mirtilo
10. Ele é como uma Maçã do Amor
11. Ele é como Escutar uma Música Boa
12. Ele é como uma Florzinha
13. Ele é como o Sol
14. Ele é como um Filme cheio de cor
15. Ele é como um Gatinho
16. Ele é como uma Cereja
17. Ele é como Daisy
18. Ele é como um Anjinho da guarda
19. Ele é como o Amor Mais Puro
Especial de dia das mães: família de dois
20. Ele é como uma Viola Lilás
21. Ele é como um Sonho
22. Jimin é Como Rheya
23. Ele é como Meu Coração
24. Ele é como o Universo
26. Ele é como um Beijo
27. Ele é como um Coelhinho
28. Ele é como Chocolate
Ele é como o Livro físico de "Ele é como Rheya"
29. Ele é como um Presente
30. Ele é como o Amor da minha vida
31. Ele é como meu Porto Seguro
32. Ele é como uma Cenoura
Aviso sobre o livrinho de Ele é Como Rheya
33. Ele é como minha Vida
34. Ele é como um Conforto
35. Ele é como meu Refúgio
36. Ele é como um Arrepio
37. Ele é como meu Paraíso
38. Ele é como uma Confusão
39. Ele é como o Amor
40. Ele é como o verão mais quente de todos
41. Ele é como um doce
42. Ele é como o sentimento mais bonito

25. Ele é como as Estrelas

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By nicolypachecos

JUNGKOOK

Minha mãe decidiu que seria melhor se eu não saísse ou usasse o telefone por uma semana.

E a culpa disso é toda minha.

Foi tudo muito rápido e confuso para minha cabeça, e eu estou sendo sincero quando digo que tenho culpa nisso. Até porque não fiquei de castigo por causa do alarme de incêndio. Mamãe ia me deixar usar o telefone depois de um dia, mas eu fiz besteira e... cá estou eu, no quarto, olhando pro teto e suspirando de tédio e sono.

Tudo começou quando cheguei em casa na sexta-feira, depois de ser suspenso da escola. Mamãe recebeu ligações da mãe de Seokjin e conversou sobre o acontecimento com ela, mas não me deixou falar com o Jin... já Jimin, ligou para cá no sábado de manhã, e falou diretamente com a minha mãe, já que eu não podia usar o telefone, e eu fiquei no fim da escada ouvindo tudo com o coração na mão...

— Olá, Jimin. Sim, é a mãe do Jungkook, como você está? Eu estou bem também. Infelizmente, ele não pode falar no momento. Sim, ele está bem, mas aprontou uma na escola e eu e meu marido achamos melhor ele pensar um pouco em suas atitudes antes de falar e sair com os amigos — ela dizia para ele. — O que aconteceu? Bom... Jeongguk acionou o alarme de incêndio da escola de vocês ontem e foi suspenso. Por quê? Olha, ele disse que foi para proteger uma pessoa de se machucar nas mãos de um valentão. Eu sei que o motivo dele foi nobre, mas foi muito impulsivo e ele não é disso, por isso eu acho que tem alguma coisa por trás de tudo isso. É. Mas ele não quer falar pra gente, então quero que ele pense um pouco para não fazer de novo. Oh, querido... não tem por que sentir muito. Mas eu digo para ele. Eu entendo. Sim. Claro, querido, assim que ele puder usar o telefone, eu peço para ele entrar em contato com você. Sim. Claro, bom fim de semana, Jimin, até mais.

Assim que ouvi o telefone bater no gancho, terminei de descer a escada, me dando com mamãe na sala.

— Bom dia, filho. O Jimin ligou — ela disse, antes de tudo. — Ele disse que sente muito.

Foi que eu fiquei desesperado.

Nós tomamos café, sem meu pai, já que ele estava em uma conferência do trabalho, e eu estava prestes a ter um piripaque. Eu fiquei tão, tão ansioso para falar com Jimin que de noite, depois da mamãe ir dormir, eu saí escondido do meu quarto — já que o telefone não estava mais no meu quarto há um tempo — e fui até a sala de estar, para ligar para Jimin...

Mas, antes que eu conseguisse, eu ouvi um assobio e depois uma risada baixa. Quando olhei para trás, meu pai estava ali, na porta, com a roupa e a maleta do trabalho em mãos...

Ele tinha chegado há pouco tempo. Eu me esqueci completamente que as conferências dele acabavam tarde da noite...

— Filho, filho... — ele disse, suspirando um pouco e balançando a cabeça. — Você finalmente entrou na fase rebelde.

Depois disso, mamãe desceu para receber ele — puxa vida, ela não estava dormindo e eu não sabia — e, quando me viu acordado, ficou brava. Aí quando meu pai disse que eu estava usando o telefone escondido, ela ficou mais brava ainda.

— Agora você vai ficar uma semana de castigo! — ela decidiu, me colocando no lugar onde eu estou agora.

Sozinho, no quarto, na terça-feira, de pijama o dia todo. 100% arrependido de tudo que fiz.

Meus pais perderam um pouco da confiança em mim depois do incidente do telefone. Eles não me falaram, mas deixaram claro quando esconderam o telefone da sala de estar — e também começaram a trancar o próprio quarto durante o dia e a noite — e isso me fez sentir culpado e envergonhado pelas minhas atitudes.

Eu sempre me senti mal fazendo coisas erradas. Tirar notas baixas e chatear meus pais me deixam com uma sensação no peito tão pesada que, sempre que acontece, me inundo em lágrimas. Não é atoa que me acabei de chorar quando meus pais gritaram e se irritaram com Juna por minha causa...

É que... dói muito. Algo dentro de mim sempre me fala que eu não tenho o direito de irritar ou chatear meus pais, por isso me sinto extremamente mal agradecido quando acontece. E, sabe... meus pais nunca foram malvados comigo, eles sempre me permitiram sentir. Mas todo esse sentimento é real demais pra mim, e a culpa imensa continua pesando meu coração sempre que eles ficam bravos comigo.

Eu sinto que devo tanto, tanto à eles... isso quase me sufoca às vezes. Eu queria ser perfeito, mas acho que nunca consegui. Sorte a minha que eles me amam mesmo assim...

Apesar de tudo, eu ainda sinto medo deles me deixarem... às vezes esse medo fica maior do que eu, então eu sempre abraço eles porque, não importa o que esteja acontecendo, meus pais sempre me abraçam de volta.

Até quando eu aperto o alarme de incêndio da escola e uso o telefone escondido.

Mas... é assim. Até quando eu choro por ter feito algo errado, meus pais me abraçam e dizem que o certo a se fazer não é lamentar, e sim pensar nos meus erros, então é isso que tenho tentado fazer: pensar nos meus erros.

Meus erros. Ah... eu realmente não consigo me arrepender de ter feito o que fiz — nas duas vezes.

E esse é o real problema. Porque eu não estou arrependido, mesmo me desculpando... e meus pais perceberam isso. E por esse motivo, eu estou aqui, suspirando e pensando nos meus erros — que não são erros ao meu ver.

E como eu sei que não me arrependi? Bom... eu acionaria aquele alarme de novo. E se tivesse a chance, eu ligaria para Jimin escondido também. Porque saber que ele "sente muito" me deixou tão quebradiço... não quero que ele sinta muito, ele não fez nada de errado!

Puxa... eu queria poder falar com ele. Queria... queria dizer que eu sinto muito.

Eu só queria falar com Jimin.

JIMIN


"I love you, I love you, I love you

That's all I want to say

Until I find a way

I'll say the only words I know that you'll understand"


Eu estava me sentindo magoado.

E com muita, muita saudade de Jungkook.

Já era a terceira vez naquela semana que eu preferia escutar música ao invés de conversar com Yoongi, no ônibus. Eu estava escutando a fita "Para ouvir apaixonado (versão dos Beatles)" do Taehyung.

Céus, as músicas me deixavam com muita mais saudade dele — embora eu não faça ideia do que as letras significam, todas elas pareciam ser sobre Jungkookie e sua existência adorável.

Olho pela janela aos suspiros. Eu não consigo acreditar que Jungkook foi suspenso por duas semanas. Não acredito, muito menos, na ideia de que ele foi suspenso por minha causa... não acredito que fiz isso com ele...

Fiz Jungkook ser suspenso. E me sinto o pior amor do mundo por isso...

Ainda me lembro de como seus olhinhos estavam brilhando, assustados, quando ele foi a diretoria confessar que acionou o alarme. A princípio, pensei que ele estava fazendo isso para me proteger. Mas quando olhei para ele por mais tempo, pude ver que era verdade. Ele tinha feito aquilo.

Jungkookie... por quê?

Fiquei pensando nisso sem parar. Na sexta-feira, depois de ser chamado na sala do diretor, precisei ouvi-lo dizer que eu estava sendo convidado a me retirar da escola. Por causa do meu cartão, a escola supôs que eu tinha acionado o alarme e, por isso, eu estava frito.

Eu até contei, palavra por palavra, como cheguei naquele corredor e como meu cartão caiu. Falei que o Idiota estava fumando, que me viu espiando, que correu atrás de mim — ocultando a parte dele ter tentado me beijar — e foi quando ele percebeu que eu estava fora da sala de aula e do meu prédio. Aí tive que admitir que estava matando aula, mas isso foi de menos já que, mesmo com o meu relato, ele não acreditou em nada do que eu disse e resolveu me expulsar mesmo assim.

Ele até chegou a ligar para minha mãe para resolver a papelada, mas tudo foi por água abaixo quando Jungkook apareceu e admitiu seu erro. Um tempo depois, sua mãe chegou e ouvimos uma discussão. Quando eles foram embora, o diretor pediu desculpas pelo ocorrido e me deu uma ocorrência por matar aula.

Acabei vendo, também, o Idiota sendo chamado pelo diretor com um homem mais velho, que eu acho que é o pai dele — eles são muito parecidos —, mas fui embora antes dos dois saírem de lá.

Minha mãe não ficou brava comigo por matar aula, mas me mandou "ficar esperto".

— Nessa situações, sempre vão culpar você. Por você ser diferente, você é "óbvio" aos olhos dos outros — ela me disse, enquanto íamos para o estacionamento da escola. — Para eles, você sempre vai estar fazendo coisas erradas, e quando tiverem a chance de te culpar, acredite, eles vão fazer.

Eu engoli em seco. Mas depois, me senti mais aliviado quando ela deu um sorriso calmo, completando:

— Seu rebeldezinho... 'tava matando aula, é? — E bagunçou meus cabelos.

Eu ri do jeitinho que ela falou aquilo, subindo na garupa da sua bicicleta para irmos para casa posteriormente. Pensei um pouco sobre me culparem por eu ser diferente, mas não por muito tempo. Minha mente deixou isso de lado para pensar em Jungkookie. Eu não sabia se ele tinha levado uma advertência, ou uma suspensão, e não conseguia parar de pensar nele... principalmente pela expressão perdida presente em seu rosto quando foi embora do colégio.

No sábado, liguei para sua casa, mas quem atendeu foi sua mãe. Foi quando soube que ele foi suspenso "para proteger um colega de sofrer nas mãos de um valentão".

É claro que, na hora, me dei conta de que foi por mim...

— Diga à ele que eu sinto muito... — eu disse, para sua mãe, no telefone, sentindo meu coração apertar.

Oh, querido... não tem por que sentir muito. Mas eu digo para ele.

Quando ela desligou, eu me lamentei pelo resto do final de semana. E assim, sigo até hoje, depois de quatro dias... suspirando e me sentindo mal por Jungkook. Ele sempre foi um aluno exemplar, e agora, está suspenso por minha causa.

E eu continuo me achando o pior amor do mundo.

***

Depois da aula, liguei para a casa de Jungkook novamente.

Alô, quem fala?

Dessa vez, era uma mulher. Mas não era a mãe de Jeongguk...

— Hum... alô. É o Jimin, amigo do Jungkook.

Olá, Jimin, aqui é a empregada dos Senhores Jeon e infelizmente Jungkook não pode falar no telefone.

— Ah... — Soltei um muxoxo. — Tudo bem... obrigado. Até.

Nada. Até.

Então, eu bufei, desligando o telefone e resmungando pelo resto do dia. Droga... eu só queria poder vê-lo.

Por que você teve que apertar aquele alarme, hein, Jungkookie?

***

Depois de ter as ligações recusadas, tentei focar minha saudade e ansiedade nas aulas da escola, fazendo anotações para Jeongguk em cada uma delas.

Eu ainda não sei como vai funcionar para ele entregar os trabalhos que ele perdeu essa semana, mas, mesmo assim, estou anotando tudo. Essas matérias acabam não sendo tão difíceis para mim, já que eu ainda me lembro de ter estudado elas no passado com a minha avó, mas é a primeira vez que Jungkookie as vê. Por isso, estou anotando e explicando de forma simples cada tópico, o que é meio difícil e me faz passar o intervalo inteiro dentro da sala de aula, mas eu aguento.

Por causa dessa minha nova tarefa, Yoongi começou a sair para lanchar com Seokjin, já que eu não estava disponível — e sugeri que eles comessem juntos para não ficarem sozinhos. Já eu, comia algum biscoito na sala de aula mesmo, sempre focado nos resumos...

Foi em um desses intervalos, mas especificamente no de hoje, quinta-feira, que Jeonghan se aproximou de mim repentinamente.

— Ei, Jimin. O que você tanto faz aí? — ele perguntou, sentando-se na carteira em frente a minha, espiando meu caderno.

— Ah... só umas anotações para o Jeongguk — eu disse, baixinho.

Eu não sou amigo do Jeonghan, mas nós nos falamos às vezes. Ele é muito confiável, afinal, é o representante da nossa sala.

— Ah é... por causa da suspensão dele, né? — perguntou. Eu confirmei com a cabeça, amuado. — Legal. Vai levar elas hoje?

Levá-las...

Hein?

Levantei a cabeça, o olhando.

— Levar o quê...? — perguntei, parando de escrever para fitá-lo com mais atenção.

Jeonghan balançou a cabeça, dizendo:

— Levar as anotações para o Jungkook — ele disse. — Acho que a Sayuri passa o endereço dele se for para isso.

Abri minha boca. O endereço dele... Ir... na casa dele...

Na casa do Jungkookie...

Minha mente se acendeu.

— Sério? Q-quer dizer... não precisa de uma autorização, nem nada? — perguntei, me sentindo ansioso.

— Ah... talvez ela queira saber, por mim, se você está encarregado dessa tarefa — ele disse, calmo, embora eu esteja prestes a explodir. — Se você quiser, eu vou na sala dela com você depois da aula.

Bati na mesa por um impulso, extremamente feliz — o que fez Jeonghan se afastar um pouco.

— Sim, por favor! — exclamei, sorrindo até meus olhos se fecharem. Isso fez Jeonghan ele rir.

— Ah, ok! — O sinal tocou, e ele se levantou. — Até lá, então! — E acenou, indo para sua carteira.

— Até! — Acenei de volta, sorridente e animado.

***

A vida é uma piada!

Sayuri já tinha ido para casa quando nossas aulas terminaram e, desde então, estou mais mal humorado que o normal.

Jeonghan se desculpou e disse que poderíamos falar com ela amanhã, e mesmo dizendo que estava "Tudo bem", continuou bravo com o universo por isso. Resmunguei o caminho inteiro de volta para casa, e até quando cheguei, fiquei mal-humorado. Quando minha mãe chegou do trabalho, disse que eu estava azedo demais nos últimos dias. E, sim! Eu realmente estava, caramba!

— É isso mesmo, até eu posso ficar bravo às vezes — eu disse, bravo.

Minha mãe riu, o que me deixou mais bravo ainda. Grr...

— Você deveria sair um pouco — ela disse, e só faltou sair fumaça dos meus ouvidos.

— Sair pra onde? — resmunguei, muito bravo.

— Tenha criatividade.

— Estou sem — resmunguei mais bravo.

Leonor ficou me olhando em silêncio. Depois, deu um longo suspiro, pensativa...

— Ah! Já sei — disse ela, depois de um tempo. — Por que você não leva a bicicleta do Jungkook para a casa dele? — ela perguntou, então.

Eu arregalei os olhos.

Ai meu Deus. A bicicleta!

Ela tá aqui até hoje...

— Meu Deus... nos esquecemos dela — eu disse.

— Pois é. Ainda não escureceu, então eu posso ligar para a Sra. Jeon e perguntar se podemos ir até lá. Você vai na dele, eu vou na minha e depois te trago de volta na garupa.

Meu coração, apertado, se aliviou um pouco e eu sorri com a ideia. Leonor, você é genial!

— Certo, vou trocar de roupa! — eu disse, mas na verdade, fui tomar banho para ficar bem cheiroso.

Depois de um tempo, quando voltei para a sala, minha mãe disse que a dona Jeon concordou e passou seu endereço. Quando saímos de casa, eu pedalei com tanta pressa que minha mãe teve que chamar minha atenção várias vezes, pedindo-me para desacelerar — o que era impossível porque, céus, eu iria ver o Jeonggukie! Finalmente!

Quando nós chegamos na rua e paramos, tentei retomar o fôlego e ajeitar meu cabelo. Mesmo sendo curiosíssimo, mal pude reparar na casa ou na vizinhança de Jungkookie... eu só queria ver ele mesmo.

Minha mãe disse que ficaria me esperando na calçada e, dessa forma, eu fui, arrastando a bike de Jungkookie até sua casa. Deixei-a escorada na varanda, subi os poucos degraus e toquei a campainha.

A porta se abriu depois de um tempo.

— Ah. Oi, Jimin! — Ela sorriu.

Não foi Jungkook que atendeu.

— Oi, Sra. Jeon... é, aqui está a bicicleta, onde eu ponho? — perguntei, sentindo-me ansioso. Minhas mãos estavam até suando...

Por favor me deixe ver Jeongguk, por favor, por favorzinho...

— Ah, eu te levo nos fundos. Assim que o Jungkook terminar suas tarefas eu mando ele trancar ela lá direitinho... ele estava usando a bicicleta do pai dele por todo esse tempo, acredita? Nunca tínhamos tempo para pegá-la — ela disse, depois, acenando alto para minha mãe, lá na calçada, que acenou para ela também.

Nessa confusão de palavras e acenos, aproveitei e espiei dentro da casa de Jungkook. Vi o que parecia ser a sala, uma cozinha americana e...

Jeongguk.

Jeongguk estava na cozinha, me olhando também, com uma expressão surpresa.

Por um segundo, meu corpo quase saiu do lugar para abraçá-lo.

Nossas mães estavam conversando a distância, proferindo palavras que eu não ouvi, porque todo o meu ser estava fixado em Jungkook com um pijama de inverno e o cabelo bagunçado, com uma expressão chocada no rosto por me ter na porta de sua casa.

Aquela troca de olhares poderia durar para sempre, e seria perfeito, se não fosse pela Sra. Jeon fechando a porta atrás de mim e tocando meu ombro sutilmente.

— Vamos lá, querido? — ela perguntou, um pouco confusa com a cara de bobão que estava plantada na minha cara.

Acho que ela não percebeu que eu estava olhando...

— Ah... sim — eu disse, com o coração palpitando por olhar nos olhos dele.

Nós deixamos a bicicleta na parte dos fundos em silêncio e voltamos bem rápido, mas dessa vez, não subimos as escadinhas da sua varanda. Apenas paramos no gramado.

Logo ela se curvou para mim e minha mãe, numa reverência curta.

— Muito obrigada por trazerem a bicicleta do Jungkook! — ela disse, sorridente.

Mamãe apenas acenou de novo lá da calçada. Já eu, senti meu peito apertar mais ainda com a ideia de ir embora sem vê-lo.

— Hum, eu posso... — comecei, mas não pude terminar.

A porta da frente foi aberta mais uma vez.

E por ela passou Jungkook — ainda de pijama — e um cachorro gigante que, quando me viu, veio correndo na minha direção com a língua para fora.

Ai. Meu. Deus.

Eu vou morrer.

— Lippy! Não! — Jeongguk exclamou, vindo junto com ele ao que eu me via paralisado no meio do gramado. Aquele cachorrão, ao ouvir meu amor, desacelerou os saltos a poucos passos de distância de mim. — Desculpa, Jiminnie! — Ggukie disse, chegando perto e se abaixando para parar Lippy, no chão, com um abraço. — Puxa...

Foi tão rápido que eu não soube ao certo como reagir — até porque meu coração estava batendo rápido o suficiente para eu não conseguir pensar em nada por medo.

— Filho! Lippy quase que derruba ele — a mãe dele disse, se aproximando um pouco, e quando percebi que ela ia começar a dar uma bronca nele, me remexi todinho e disse:

— N-não! Sem problema, eu... e-eu estou acostumado — eu disse, olhando para Jeonggukie, que novamente já olhava para mim.

Nós nos fitamos por poucos segundos, mas vê-lo bem ali, tão pertinho, me deixou tão feliz... me fez sorrir abertamente e dizer, completamente alheio ao caos:

Oi... — sussurrei, aproveitando que o focinho daquele cachorro enorme estava virado para o lado oposto ao meu para me abaixar também, ficando quase pertinho do meu amorzinho.

Oi... — ele sussurrou de volta, seu sorriso crescendo junto ao meu.

Suspirei melodiosamente, sentindo meus olhos brilharem por, enfim, poderem vê-lo de perto. Eu estava me preparando para perguntar se estava tudo bem com ele, mas a mãe de Jeongguk interrompeu nosso encontro para dizer:

— Jeongguk, por que você não entra e conversa com o Jimin outro dia? Você sabe que está de castigo — ela disse, calma. — E também está de pijama na frente da vizinhança toda... — acrescentou.

Essa última parte fez as bochechas de Jeongguk ficarem vermelhas e sua expressão foi genial. Eu ri baixinho, me erguendo junto com ele, sem parar de olhar em seus olhos.

— Ah, é mesmo... puxa — ele murmurou, olhando para baixo e se deparando com suas próprias vestes. — Ahm... sim, mãe. Desculpa. Tchau, Jimin... — ele disse, para mim, pressionando os lábios ao acenar.

Eu só queria... abraçá-lo.

— Tchau... — Eu acenei também, sentindo meu estômago embrulhar ao que ele seguia seu caminho de volta para casa, estalando os dedos e fazendo aquele cachorro-titã ir junto com ele.

Depois de mais algumas palavras, eu e mamãe deixamos a casa dos Jeon. Mas eu não consegui parar de pensar nele um segundo sequer. Não poder falar com Jungkook só me deixava ainda mais desesperado para isso e, céus... aquilo era tortura...

Eu sentia tanta falta dele na escola... Jeonggukie...

— Poxa... — Soltei um muxoxo, na cama, depois de pensar muito nele.

Me virei para dormir e, mesmo triste, me vi determinado a conseguir encontrar Jeongguk no dia seguinte com a desculpa das anotações. Porque era só isso que eu queria fazer...

Encontrar Jungkook.

JUNGKOOK

De noite, quando saí do meu quarto para beber água, pude ouvir meus pais falando de mim na sala de estar.

Foi tão repentino que eu tive que parar no começo da escada, me agachando para, em segredo, ouvi-los...

Eu sei, eu sei, mas... ele nunca agiu assim. Você sabe — minha mãe dizia para meu pai. — Usar as coisas escondido, ser suspenso e não parecer arrependido pelo o que fez... eu quero que ele pense de verdade. Que saiba que, da próxima vez, tem que fazer diferente.

Eu sei disso, meu bem, eu só estou dizendo que nós deveríamos deixá-lo um pouco... temos que lidar com isso e aceitar o que o Jungkook está disposto a dividir com a gente por agora.

— Não sei...

— Amor. Pense bem... ele precisa ver seus amigos... isso pode ajudá-lo a pensar melhor no que fez. Nessa idade, Jungkook vai dar mais ouvidos à eles do que à nós dois.

— Eu sei... eu sei! Mas me assusta. Tenho tanto medo que ele se machuque... — mamãe suspirou. — Nosso menino é tão sensível. Eu só quero... que ele aprenda a se proteger em ocasiões como as que ele acabou de passar, mas da maneira certa... não quero ver meu menino em apuros.

Engoli em seco, sentindo meu estômago gelar. Puxa... meus pais estavam tão preocupados assim?

Eu não tinha ideia...

Eu sei, eu também não. Mas tenho certeza de que ele ouviu quando dizemos que a melhor opção era entrar em uma das salas e chamar um professor para impedir o valentão.

— Será que ele ouviu mesmo? Será? — Suspirou.

Tenho certeza de que sim... vai ficar tudo bem.

Fiquei um tempo sentado no corredor, ouvindo e processando tudo que eles disseram. Eu sou muito sensível... isso era verdade. Mas... estou na fase de ouvir apenas meus amigos? Puxa, não acho que isso seja verdade...

Mas... puxa, saber como eles se sentem e entender que o castigo está deixando eles tão frustrados quanto eu, me deu uma sensação consideravelmente boa. Uma sensação de que, agora que eu sei como eles se sentem, eu posso fazê-los me perdoarem. Talvez eu possa demonstrar que aprendi minha lição... porque eu sempre vou escutar eles. São meus pais. São meus pais de verdade... eu nunca vou deixar de ouvi-los.

Quando ouvi a movimentação deles lá embaixo, corri de volta para o meu quarto e me enfiei debaixo da coberta. Tentei dormir a todo custo e fiz uma lista mental das coisas que faria ao amanhecer... Primeiro: faria alguma tarefa extra, depois, tomaria café com eles cedo de manhã. Mamãe vai estar em casa à tarde e posso aproveitar para falar com ela nesse horário...

É isso. Vou convencê-los de que, da próxima vez, vou pensar melhor.

Pela manhã, fiz tudo que tinha planejado. Desci as escadas, lavei e sequei a louça do dia anterior e tomei café com meus pais. Como eram os últimos tempos do papai com a gente nos dias de semana, o levei até a porta e o dei um abraço apertado.

— Bom trabalho, pai... — eu disse, me afastando.

— Tenha um bom dia, meu menino. — Ele sorriu e, então, foi para o seu carro.

Mais tarde, minha mãe também foi. A empregada chegou na mesma hora — ela normalmente vem aqui duas ou três vezes por semana, mas agora que estou de castigo, ela vem todo dia — e começou a fazer seus afazeres.

Decidi ajudar ela a lavar e estender nossas roupas. Quando senti que o sol estava muito quente, peguei o Lippy e dei-lhe um banho no quintal da parte de trás — e deixei ele ali para se secar. O tempo foi passando e, quando vi, era quase a hora da mamãe chegar em casa.

Subi para tomar um banho e coloquei uma roupa decente — sem ser um pijama — e fiquei esperando ela na sala. Assim que ela chegou, fui recebê-la com um abraço apertado.

— Bem-vinda de volta, mãe — eu disse, com uma sensação gostosa ao abraçá-la.

Depois de ouvir como ela se preocupava comigo, me sinto agradecido por tudo, até pelas broncas...

— Oi, querido! Trouxe Sushi pra gente — ela disse, se curvando brevemente para a Sra. Linn (nossa empregada), que fez o mesmo e a ajudou com as sacolas. — O que fez hoje? — perguntou para mim.

— Dei banho no Lippy — eu disse, sorrindo, me sentando a mesa com ela.

— E também me ajudou muito com as tarefas de casa — disse a Sra. Linn, sorrindo.

— Humm. Fico feliz por isso — ela diz, acariciando e beijando minha cabeça. — Vamos comer! Sente-se também, amada, coma com a gente — ela fala para a empregada.

O convite, no entanto, joga meus planos por água abaixo.

Depois da Sra. Linn negar por educação e minha mãe insistir várias vezes, nossa empregada aceitou comer com a gente, o que acabou me deixando de escanteio. Afinal, elas se dão super bem, logo ficaram conversando o almoço inteiro... E eu? Eu apenas ouvi as fofocas em silêncio. Puxa vida...

Depois do almoço, mamãe foi tomar banho e a Sra. Linn foi terminar seus afazeres. Já eu, fiquei no meu quarto, gravando minha sexta fita só essa semana (eu falo sério quando digo que estou entediado).

A única parte boa disso é a de que, dessa vez, eu fui muito criativo. Comecei a gravar a fita com as seguintes músicas, na seguinte ordem...

1. Just the way you are, do Billy Joel;

2. If, do Bread;

3. My Prayer, do The Platters;

4. I need you, do America;

5. Norwegian Wood, dos Beatles;

6. Not Guilty, do George Harrison;

7. If I Fell, dos Beatles;

8. Emotions, da Brenda Lee.

Uma fita com as iniciais do apelido do Jimin, "Jiminnie".

E eu só demorei duas horas para achar todas as músicas e começar a gravar! E só fiquei com sono agora...

Só... duas horas.

— Puxa... — eu murmurei, vendo todo meu trabalho. — Acho que estou ficando maluco mesmo...

Afinal... esse passatempo foi um dos melhores da minha semana. Eu amo gravar fitas e ter ideias para elas... foi tão bom pensar em Jimin nessa. Eu quase senti sua presença enquanto escolhia as músicas, sempre pensando em como Jimin reagiria à elas, e se chegaria a perceber, de primeira, que elas formam seu apelido. Puxa...

Quem sabe um dia eu não possa dá-la para ele, certo? Acho que ele pode gostar...

Comecei a imaginar seu sorriso feliz ao receber a fita e senti minhas bochechas arderem. Acabei sorrindo sozinho, também, porque o sorriso do Jimin é muito contagiante, até mesmo quando ele só está presente em meus pensamentos... Jiminnie é... tudo...

Deixei o álbum "A Hard Day's Night" tocando no meu toca fitas, decidido a terminar a fita de noite, e me deitei na cama. Não ter nada para fazer me deixa com muita preguiça, então... é. Decidi cochilar até a hora do jantar.

Minha mente estava suave e meu quarto fresquinho. Abracei meu próprio corpo, deitado de costas para a porta e, sem muito esforço, me vi caindo em um sono profundo e gostoso...

Ouvi, por último, "And I love her" inundando meu quarto e simplesmente caí no sono.

JIMIN

A mãe de Jungkook pareceu extremamente confusa ao me ver ali.

— Jimin...? — ela franziu o cenho, muito provavelmente, não entendendo minha aparição repentina na porta de sua casa.

E sim. Sim!

Eu estou, sim, na porta da casa dela, com minha pasta da escola embaixo do braço e uma sensação ansiosa no peito que pede, por favorzinho, para ver Jeongguk.

— Boa tarde, Sra. Jeon... — eu disse, me curvando. — Me desculpa por aparecer do nada, é que... — Respirei fundo, sentindo minhas bochechas arderem um pouco. — Eu fiquei encarregado de trazer as anotações da semana para o Jungkookie. — Balancei a pasta. — Então... eu trouxe.

Por incrível que pareça, o meu relato é verdade — e não apenas uma desculpa desesperada para ver ele —, eu realmente fiquei encarregado de vir aqui hoje. Eu e Jeonghan fomos juntos até a sala de Sayuri na hora do recreio e eu (finalmente) consegui uma autorização para vir até a casa de Jungkook em "nome da escola" (com direito a assinatura e tudo mais!). Quando cheguei em casa, tomei um banho rápido e vim correndo na bicicleta da Leonor para vê-lo.

Ver meu amor.

Abri a pasta em minha mão e tirei de lá a autorização assinada pela Srta. Sayuri, mostrando para a mãe de Jeongguk, que leu-a rapidamente.

— Oh... certo, Jimin. Eu levo para ele — ela disse, sorrindo, aproximando suas mãos da minha pasta. — Muito obrigada.

Senti minhas pálpebras tremerem. Ela vai levar para ele. Sendo assim, eu não vou vê-lo...

Meu coração acelerou em, em um impulso, pedi:

— Posso ver ele?

A mãe de Jungkook parou sua mão no ar. Depois, a afastou sutilmente.

— Ah, querido, Jungkook está de castigo — falou.

Pressionei meus lábios e franzi o cenho sutilmente porque, céus, eu não acredito que não vou conseguir mesmo ver ele...

— Mas... é-é importante — eu falei, começando a me sentir envergonhado por insistir. — É que eu... eu queria muito conversar com ele. — Olhei para ela, bem em seus olhos. — Eu posso? Vai ser rapidinho...

Ela fez uma expressão levemente hesitante. Então, suspirou fundo, dizendo mais uma vez:

— É que ele só sai do castigo na semana que vem, Jimin...

Em estado de negação, eu disse mais coisas:

— É que é uma coisa muito importante, eu... — Olhei para ela, percebendo que não estava a convencendo. — Eu sei que ele não pode falar, mas... m-mas... — Abaixei a cabeça, me lembrando de quando nos falamos no telefone e ela me contou o porquê Jeongguk foi suspenso. — Sra. Jeon, fui eu que fiz Jungkook acionar o alarme de incêndio.

Admiti. E quando voltei a fitar seu rosto, pude ver o quão confusa ela parecia.

— Como assim? — Franziu ainda mais o cenho, mudando sua postura, prestando mais atenção em mim.

Puxando o ar com força, eu expliquei tudo de uma vez:

— Eu estava matando aula quando o valentão da nossa escola me jogou contra um armário e começou a gritar comigo. O pessoal chama ele de Kim e todo mundo tem medo dele lá no colégio... mas eu, não. — Suspirei. — Eu fiquei tão bravo quando o Kim começou a me dizer coisas ruins que dei um tapa no rosto dele. Ele ia me bater depois disso, mas Jeongguk impediu tudo acionando o alarme de incêndio... ele empurrou o Kim pra longe e me ajudou a fugir — eu falei, com pesar.

— Então... então foi por isso que você estava na diretoria naquele dia também... — ela comentou, parecendo pensativa.

— Sim... — Pisquei lentamente. — Eu queria... eu queria muito poder conversar com ele. Só um pouquinho... — Olhei nos olhos dela. — Eu prometo que não vou demorar...

Parei de falar. A senhora Jeon ainda parecia um pouco curiosa com o meu relato, mas, quando olhou para mim, apenas ficou em silêncio. Meu coração estava acelerado e meu corpo inteiro estava vibrando, cheio de expectativas...

Depois de muito pensar, ainda me olhando, a mãe de Jungkook disse:

Pode entrar e subir. É a segunda porta a esquerda — ela deu um pequeno sorriso. — Jungkook está em seu quarto, provavelmente cochilando. Você pode ficar até escurecer, combinado?

Ela deixou um espaço para eu passar. Fiquei surpreso. Quando me dei conta de que, sim, ela realmente havia deixado eu visitar Jungkook, quase saltei no lugar.

Dei meu maior sorriso e, me curvando rapidamente, exclamei para a minha futura sogra:

— Muito obrigado, Sra. Jeon! — Então, me ergui. — Assim que escurecer eu vou embora, prometo! — disse, com tanta animação que fiz ela rir um pouquinho.

— Certo, querido. Vai lá — ela disse, ainda risonha, enquanto eu passava para dentro como um foguete.

Um pouco perdido, fui direto para as escadas da casa, sentindo minhas bochechas arderem de amor. Não olhei para nada a minha volta e apenas fui até a segunda porta a esquerda, ajeitando meus cabelos antes de bater nela.

Bati duas vezes, e esperei. Então, me lembrei...

Ele provavelmente está cochilando.

— Ah é... — Ri baixinho, colocando a mão na maçaneta e empurrando a porta com muito cuidado.

Quando tive a visão de seu quarto, constei que a Sra. Jeon estava certa. Jungkookie estava cochilando, encolhido em sua cama, e uma música dos Beatles tocava no fundo.

Eu mal pude conter minha saudade ao ver seus cabelinhos bagunçados. Eu senti tanta falta do cabelinho dele (e dele inteiro)...

— Jeonggukie... — sussurrei, risonho, me aproximando da cama. Toquei seu ombro sutilmente e, me debruçando sobre o colchão, consegui ver seu rosto adormecido. — Awn. Ei, Jeonggukie... — Afaguei seu ombro com mais firmeza, sentindo-o reagir ao lentamente se virar na cama.

Jungkook se deitou de barriga para cima. Ele pressionou os lábios levemente secos pelo cochilo e abriu os olhos inchados de sono, me olhando suavemente, sem ter reação alguma.

De novo... hm não... — ele murmurou, sonolento, fechando seus olhos de novo.

Por algum motivo, eu achei sua fala confusa extremamente engraçada e fofinha. Não pude me conter e subi em sua cama, o abraçando com força, sem me importar com o fato dele estar dormindo.

— Kookie! — Eu ri perto do seu ouvido e, de repente, Jungkook deu uma tremidinha sob mim. Ele finalmente acordou. — Acorda... sou eu...

Jungkook mexeu as mãos e, num reflexo, as colocou nas minhas costas.

— Ji... Jimin? — Sua voz saiu extremamente rouquinha e confusa, o que me fez ficar todo molinho de amor de novo.

— Sim... — Eu ri, me afastando e me sentando na cama para olhá-lo com carinho. Seus olhos, agora, estavam bem abertos, mas continuavam inchadinhos. — Sua mãe deixou eu ficar até escurecer.

Vi as bochechas dele ficarem vermelhas e esperei ele falar alguma coisa... mas ele apenas pressionou seus lábios e arregalou ainda mais os olhos.

Esperei mais alguns segundos, mas ele não disse nada, só ficou me olhando daquele jeito engraçado. Ri.

— O que é? Não gostou...? — indaguei, sentindo minhas bochechas esquentarem também.

Jungkook balançou a cabeça positivamente e, em um impulso, se ergueu na cama. Vi ele ficar de pé e se afastar de mim, dizendo:

— G-gostei, puxa... — ele caminhou para o outro lado do quarto. Assim, vi que ali havia um banheiro. — Só... espera um pouco aí!

Ele entrou no banheiro e se fechou lá dentro. Franzi o cenho e ri mais porque, céus, Jeongguk é muito fofinho!

Fiquei o esperando como ele pediu, sentado na cama. Logo ele saiu do banheiro, com o rosto levemente molhado e, quando ele se aproximou, senti um cheirinho gostoso de sabonete e pasta de dente vindo dele. Hummm...

— Desculpa, é que eu estava dormindo, puxa... — ele disse, sorrindo um pouquinho trêmulo, me vendo sentado na sua cama. Eu sorri e balancei a cabeça, mostrando que não tinha problema. — E-eu... hm, minha mãe deixou você ficar?

— Sim, mas só até escurecer — eu disse.

Jeongguk sorriu mais, mas, de repente, pareceu preocupado. Vi ele erguer as sobrancelhas e abrir bem os olhos ao me fitar e exclamar:

Não foi culpa sua!

Jeongguk ofegou. Suas palavras foram muito repentinas para eu conseguir entendê-lo...

— O quê? — perguntei, observando-o se aproximar mais e se sentar do meu lado.

Jeonggukie pegou minhas mãos com força e, determinado, começou a falar:

— Eu... puxa, eu estava querendo te falar isso desde semana passada. — Ofegou. — Jiminnie, eu apertei o alarme de incêndio. Mas as consequências disso não foram culpa sua — ele disse. — A culpa não foi de ninguém, só do Kim... não sinta muito por isso, Jiminnie, a culpa não foi sua...

Seus olhos carregavam um pesar tão grande que eu quase me emocionei. Eu o olhei com carinho e, aos suspiros, comecei a dizer o que estava guardado dentro do meu coração:

— Jeonggukie... eu sei que a culpa é do Kim, mas... eu fiquei muito preocupado com você. O diretor quase me expulsou quando pensou que havia sido eu! Eu fiquei tão triste quando fiquei sabendo que você tinha sido suspenso... quando sua mãe me contou o porquê e eu percebi que foi por causa de mim, eu me senti tão culpado por manchar seu histórico escolar... — Apertei suas mãos com mais força, quase sem fôlego ao dizer tudo que estava guardando em mim.

Jeongguk negou com a cabeça mais uma vez.

— Fui eu que manchei meu histórico escolar, Jimin — ele disse. Depois, abaixou a cabeça. — Mas... eu não me arrependo. Porque foi por... por você. E eu me senti muito valente fazendo o que eu fiz... você não precisa se sentir culpado porque nem eu mesmo me sinto, puxa... — murmurou, apertando ainda mais meus dedinhos. — Se isso acontecesse de novo, eu apertaria o alarme de novo, sem hesitar... porque eu não me arrependo...

— Não... não se arrepende? — indaguei, incrédulo.

Jungkook negou com a cabeça.

— Não. — Ele sorriu. — Eu não me arrependo.

JUNGKOOK

Poder compartilhar o que eu estava sentindo com Jimin fez meu coração ficar leve como uma nuvem.

Ele está olhando nos meus olhos, em silêncio, processando minhas palavras. Tê-lo aqui, no meu quarto, ainda está surtindo efeito em mim. Minhas bochechas ardem e eu sinto um nervosinho bom em todo meu corpo porque, apesar de ter pensado em como seria recebê-lo aqui várias vezes, eu não estava, de fato, preparado para isso.

Jiminnie. Jiminnie no meu quarto. Meu corpo inteiro está queimando de nervoso e minha mente se enche de questionamentos... Será que ele percebeu a bagunça? Ou achou o quarto esquisito? Será que ele não gostou da sensação do carpete em seus pés?

Minha cabeça viajava de uma suposição para outra. Eu só esperava que ele se sentisse minimamente confortável estando aqui, comigo, no meu porto seguro...

Fiquei o fitando nos olhos, também, esperando ele dizer alguma coisa sobre minhas confissões. Mas, por um tempo, ele não disse nada.

Jimin apenas... sorriu.

Ele abaixou o olhar rapidamente e, quando me olhou de volta, abriu um sorriso lindo.

— Jungkookie... — Riu baixinho. — Você é doidinho. Como assim não se arrepende? — perguntou, ainda aos risinhos.

Acabei rindo também, principalmente quando Jiminnie soltou minhas mãos para levar uma das suas até a lateral do meu rosto, tocando meus cabelos e minha orelha com carinho.

— Se eu fosse me arrepender... — comecei, mordendo meu lábio, tímido com o que eu estava prestes a dizer: — Seria... seria por ficar tanto tempo longe de... d-de você.

Minhas bochechas queimaram. O sorriso de Jimin cresceu. Suas bochechas ficaram ainda mais rosas e ele parou de me acarinhar para dar um tapinha no meu ombro — tão fraquinho que quase não senti.

— Ai, ai, Jungkookie... — murmurou, risonho, se levantando da cama de repente.

O olhei, ainda sentado no colchão, confuso por ele ter se levantando. Eu quase me levantei também, mas não o fiz... principalmente por ele, no segundo seguinte, parar na minha frente e, em uma atitude inesperada, me abraçar com bastante força — caindo na cama junto comigo — me deixando todo quentinho com seu corpo macio.

Quando me vi deitado na cama, com Jiminnie por cima de mim, me abraçando com força, enlacei suas costas de volta e ri baixinho, sem me importar com mais nada.

— Jiminnie... — Sorri, rindo mais quando ele me apertou com muita força. Tipo, muita força mesmo. — Ai ai ai, vai me matar! — eu disse, com a voz engraçada.

— É o que eu pretendo! — ele retrucou, forçando uma voz assustadora.

Logo eu imaginei seus olhinhos arregalados e, sem me aguentar, ri mais. Ri pra valer. E no fim, nem sei se foi porque eu estava achando engraçado... acho que é porque eu estou feliz.

Muito, muito feliz.

Jiminnie se afastou um pouco, voltando a se sentar do meu lado, me deixando ver seu rosto vermelho e seu sorriso feliz. Isso me fez entreabrir os lábios, admirando-o por um segundo daqui de baixo — do colchão. Ele é tão bonito que sinto que meus olhos estão brilhando apenas fitá-lo...

Jimin continua me olhando de volta, com um sorriso pequeno e bonito. Quando ele dá uma mordidinha nos lábios, impedindo seu sorriso de crescer, sinto meu coração palpitar com força.

— Você... — ele começou. — Você é o garoto mais lindo no mundo inteiro...

Pressiono meus lábios, tentando segurar meu sorriso — mas, no fim, acabo deixando ele aparecer. Um sorriso bem grande que deve ter me deixado cheio de marquinhas no rosto.

Com o estômago gelando de timidez e uma sensação incrível no peito de que eu posso fazer qualquer coisa, eu disse, para Jimin, com convicção e sinceridade:

— Você... — Dei um suspiro. — V-você que... é... — Terminei, sentindo meu estômago ficar ainda mais frio de ansiedade.

Jiminnie não respondeu. Ele apenas sorriu e voltou a se deitar sobre mim, me apertando de novo em seu abraço — agora, com as mãos nas minhas costelinhas, o que me fez rir espontaneamente porque sinto muitas cócegas ali.

Ele riu comigo e, de repente, meu quarto tedioso estava coberto de risadas e suspiros. Eu e Jimin mal conversamos na única oportunidade que tivemos de ficar juntos na semana. Somente ficamos nos apertando, suspirando e sorrindo um para o outro em meu quarto. Nós até rolamos na cama e eu fiquei vermelho que só quando ele começou a dar um cheirinho amoroso no meu pescoço, me chamando de cheiroso — e, consequentemente, quase me matando bem no meu quarto, puxa! — o que me fez rir de nervoso e timidez.

Teve um momento em que, depois de me ver rebater mais um elogio seu com um "Você é que é" — eu estou ficando cada vez melhor nisso! — Jiminnie disse:

— Quer saber? — Ergueu uma das sobrancelhas, dando um sorriso travesso. — Hoje eu bem que comi um pastel...

Inicialmente, eu não entendi. Mas quando Jimin se aproximou mais, eu me lembrei...

"— Sabe... teve uma vez que comi um pastel antes de vir pra aula, aí te vi, e você ficou com as orelhas vermelhas. Então, pensei: eu quero morder as orelhas do Jungkook como se fossem pastel."

— Você... — eu murmurei, sem acreditar quando ele sorrateiramente se enfiou no meu cangote, dando uma mordida repentina embaixo da minha orelha, me fazendo ficar todo vermelho. — V-você... você me mordeu! Puxa! — falei, incrédulo, olhando em seus olhos quando ele se afastou aos risinhos.

— Sim, eu te mordi, puxa! — Ele me imitou, e parecia estar prestes a rir muito da minha cara.

Fiz um biquinho, tentado a me vingar.

Acabei o deixando surpreso ao me levantar, muito de repente, e agarrar seus ombros, o abraçando e...

Ai! — Ele exclamou quando eu dei uma mordidinha em seu ombro.

— Doeu? — eu perguntei, me afastando para olhar nos olhos dele.

Jimin estava mais vermelho que um tomatinho.

— Você quase arrancou um pedaço meu! — ele tocou seu ombro, onde mordi, com a mãozinha. Depois, sorriu muito. — Mas eu adorei.

Pisquei um par de vezes. Quando Jimin e eu olhamos nos olhos um do outro, nossas risadas saíram pelas nossas bocas quase que automaticamente. Céus, estávamos nos mordendo! E isso é tão estranho e engraçado!

Rimos até nossas barrigas doerem, e quando Jimin me abraçou de novo e nós voltamos a cair, abraçados, na cama, rimos ainda mais. As nossas risadas duraram minutos e nós continuamos brincando e fazendo cócegas um no outro o tempo todo...

Era o dia mais feliz daquela semana.

Depois de um tempo recheado de risos, me vi deitado, de barriga para cima, com Jimin abraçado ao meu pescoço — e deitado de bruços. Estávamos respirando alto, com algumas lágrimas de riso no canto dos olhos e a pele quente...

Passando alguns minutos suspirando, Jiminnie afastou seus braços do meu enlaço, apoiando o cotovelo no colchão e afastando os óculos tortos do seu rosto; me deixando vê-lo sem eles. Ele deitou a bochecha na palma da mão e eu olhei para o lado, vendo seu rosto bem pertinho de mim.

— Sabe o que você é para mim? — ele perguntou, de repente, me deixando surpreso.

Eu balancei a cabeça, indagando:

— O quê?

Jimin tocou uma das minhas bochechas com sua mão, aproximando seus lábios da outra para dar um beijo lento e macio, dizendo...

— Você é o meu amorzinho... — sussurrou, pressionando mais minha bochecha, dando mais um beijo lento na outra; presenteando a maçã do meu rosto com o toque tão único dos seus lábios. — Eu gosto tanto de você...

Amorzinho...

Ele gosta de mim...

— Puxa... — sussurrei, suspirando de amor.

Meu pescoço, orelhas e rosto estavam ficando extremamente corados. Mas eu não me afastei por vergonha. Eu não quis me afastar. Eu apenas fechei meus olhos com calma e suspirei baixinho, aproveitando a sensação da sua boca rechonchuda dando-me beijos afetuosos e manhosos, deixando meu coração cada vez mais acelerado...

Os dedinhos dele começaram a afagar minha outra bochecha. Enquanto uma era beijada, outra era agraciada com o carinho de seus dedos macios. Ao receber todo aquele amor em forma de toques, eu tive a certeza de que, na minha vida passada, eu provavelmente fui um herói.

Só isso explica a forma como estou sendo presenteado bem agora...

Senti Jimin dar uma mordidinha fraca na minha bochecha e, além de ficar arrepiado, eu também ri baixinho. Abrindo meus olhos, assisti Jiminnie se afastar um pouquinho do meu rosto e me paquerar de pertinho.

Mesmo que nossos rostos estivessem tão perto, eu... eu não me senti nervoso. Não me senti nervoso o suficiente para me afastar, ou para quebrar nosso contato visual. De repente, era como se eu fosse capaz fazer qualquer coisa. Inclusive de olhar para Jimin de pertinho sem ter receio algum dele se aproximar e... me beijar...

Meu coração acelerou com a possibilidade. Eu continuei olhando para ele com essa confiança repentina. Tão repentina que Jiminnie demorou para percebê-la... e quando ele capturou-a em meus olhos, ficou extremamente surpreso.

— Você... — Jimin tocou meu peito com sua mão, sentindo meu coração batendo forte.

Eu, no entanto, não desviei o olhar. Isso fez as bochechas de Jimin ficarem vermelhas como o fogo.

Nós ficamos nos olhando, repentinamente quietos. Era a primeira vez que eu olhava nos olhos de Jimin por tanto tempo e tão de perto... era perfeito...

Puxa, eu nunca tinha visto seus olhos brilharem assim... ele inteiro brilhava. Assim como um céu estrelado... como as estrelas...

Puxa. Aquilo parecia um sonho. E poderia durar para sempre... puxa, por mim, seria eterno. Como eu amo seus olhos. Apenas seus olhos...

Aquele sentimento estava ficando cada vez mais forte, e provavelmente cresceria mais caso passos na escada não fossem ouvidos por mim.

Passos.

Percebi, em poucos segundos, que tinha alguém se aproximando do meu quarto bem naquele momento.

Jimin pareceu perceber o mesmo e seu primeiro reflexo foi se sentar na cama, afastando-se de mim. Seu ato me fez "acordar", e eu fiz o mesmo, me levantando, rápido o suficiente para não ser pego pelo meu pai, que havia, aparentemente, acabado de chegar em casa.

Ele abriu a porta do quarto. Eu engoli em seco quando papai entrou no cômodo, me dando uma boa olhada antes de dar uma boa olhada em Jimin também, que estava ajeitando o óculos no rosto extremamente vermelho.

Meu pai nos observou, cheio de suspense.

Depois, apenas disse:

— Oi! Você que é o Jimin? — Meu pai entrou no quarto, sem dar tempo para ele responder: — Tudo bem? Eu sou o pai do Jungkook. — E ele apertou a mão de Jimin (praticamente chacoalhando ele).

— A-ah... sim, sou eu. Eu estou bem e o senhor? — Jimin respondeu-o, se levantando quando meu pai soltou sua mão, se curvando sutilmente.

— Bem também! — E meu pai não saiu do quarto.

Jimin e eu ficamos em silêncio. Meu pai estava revezando seu olhar entre nós e o quarto, com um sorriso no rosto, provavelmente querendo socializar.

Seria até legal da sua parte caso eu e Jimin não estivéssemos praticamente morrendo de nervoso e vergonha.

Depois de um tempo, Jimin teve a iniciativa de ir embora:

— Agora que eu vi que já escureceu... — Ele coçou sua nuca, olhando para a janela com um pouco de receio. Também olhei, tremendamente surpreso por não ter percebido isso. — Hum, é melhor eu ir pra casa...

— Mas já? Pensei que ficaria para o jantar — meu pai disse.

— Não, o combinado foi só até escurecer... mas muito obrigado — Jimin se curvou mais uma vez.

— Eu te levo até a porta — eu disse, me aproximando dele.

— Certo... — Jimin deu um sorrisinho nervoso e eu também. — Até mais, Sr. Jeon — ele disse para o meu pai, acenando timidamente.

— Até mais, Jimin. — Meu pai acenou também, amável, enquanto eu e Jimin saíamos do quarto.

Meu coração ainda estava batendo forte por causa de toda a adrenalina e sentimentos que nossa troca de olhares e seus beijos me deram. Por isso, fiquei tontinho enquanto descia as escadas com Jimin perto de mim. Praticamente viajei, até mesmo quando ele e minha mãe conversaram brevemente e se despediram na sala. Puxa...

Quando saímos pela porta da frente e eu a fechei atrás de mim, nós ficamos olhando um para o outro em completo silêncio. Pensei que seria assim até ele ir embora, mas, de repente, Jiminnie riu.

Puxa, ele deu uma risadinha e, em seguida, falou:

— Eu quase morri quando seu pai entrou no quarto... — Deu um sorriso nervoso, me fazendo, imediatamente, sorrir de nervoso também. — Mas ele é muito gentil... e parece divertido também.

Ri baixinho, confirmando com a cabeça.

— Sim, ele é... — Olhei para ele.

Jimin suspirou. O vi olhar em volta, a vizinhança, e as janelas da minha casa. Quando percebeu que não tinha ninguém por perto, Jiminnie se aproximou e deixou um beijinho rápido, macio e amoroso, no cantinho da minha boca, segurando meu braço ao fazer isso.

Seus óculos ficaram tortos por causa disso e minhas bochechas queimaram por ter sido tão de repente.

— Até... — Ele sorriu, com as bochechas vermelhas também e um sorriso enorme.

O vi se afastar, descendo os degraus da varanda e pegando sua bicicleta pelos guidões. Senti meu coração palpitar e desci a escadinha correndo também, pisando descalço no gramado apenas para alcançá-lo.

Perto, eu enlacei seu pescoço, dando-lhe um abraço forte e breve.

— A-até! — Sorri trêmulo, me afastando.

Assim, Jiminnie sorriu. Quando subi na varanda novamente, acenando para ele, Jimin acenou para mim também e foi embora em sua bicicleta. Fiquei observando até ele sair da minha vista, com um sentimento gostoso na barriga; de certa forma, eu sinto que nós... nós estamos tão perto...

Tão perto de... nos beijar.

Agora eu finalmente sinto que posso fazer isso. E esse é o melhor sentimento do mundo.

Quando entrei em casa, fiquei extremamente determinado a conversar com meus pais e convencê-los de que aprendi minha lição. Então, na hora do jantar, eu disse todos os meus sentimentos à eles mesa. Nós tivemos uma longa conversa sobre impulsos e situações inesperadas e, depois de concordar com tudo que eles estavam dispostos a me ensinar, mamãe e papai decidiram me tirar do castigo de uma vez por todas.

A primeira coisa que fiz no sábado de manhã fora ligar para Seokjin e convidá-lo para passar o fim de semana comigo — eu estava morrendo de saudades! Nós estudamos juntos e fomos ao centro também, e ele me contou como estava sendo ir a escola sem mim (sempre fazendo um tremendo drama).

Na semana que se seguiu, eu e Jin não nos vimos porque já estava na semana das provas — que eu faria depois, quando voltasse para a escola. Conversei com Jimin por telefone na maioria das noites porque, de acordo com ele, Yoongi estava passando os dias na sua casa para estudar e por isso ele não podia vir até mim.

Pelo menos, o acampamento é esse fim de semana... — ele dizia, do outro lado da linha. — Vou poder matar toda a minha saudade de você...

E minhas bochechas ardiam. Era assim em toda ligação...

E quando sexta-feira chegou, meu corpo ficou vibrando de animação. Arrumei minha mochila para o acampamento e fui para o ponto de encontro (o colégio) com minha mãe.

Ao descer na escola para encontrar meus amigos no ônibus para o acampamento, tive o prazer de sentir meu coração inundar em uma sensação diferente quando encontrei Jimin e ele sorriu lindamente para mim; e nesse sorriso, eu percebi que eu estava pronto.

Eu iria, com toda coragem que existe dentro de mim: beijar Park Jimin naquele acampamento.


💜💜💜



Oiee!!! Hoje é meu aniversário e eu espero que tenham gostado da att curtinha! Aliás, eu postei um crossoverzinho de EECR com MANTI! Se quiserem ler, cheguem no meu perfilzinho aqui e vejam, o nome é "Dois Universos, Um coração" 💜

Fico por aqui! Beijinhos e até a próxima~ 💜

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