Requiem

By Bellavenues

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Lauren Jauregui é uma herdeira multimilionária, que, após afastada de sua vida contra sua vontade, por um ano... More

Back For Good Part I
Back For Good Part II
Alegres Infelicidades
Camila Cabello
As Aparências Enganam
Hereditariedade
Bem Acompanhada
Porto Seguro
O Elevador
Redescobrindo
Uma Noite Para Se Lembrar
Passos Lentos
You Say Goodbye And I Say Hello Part I
You Say Goodbye And I Say Hello Part II
Te Odeio, Camila Cabello
Boas Notícias
Droga, Você é Bonita
Diferentes Realidades
Melhor de Três
Desapontamento
Será que é Amor?
Finalmente Minha
Começo de Algo Novo
Use a Imaginação
All of Me
Here Comes Trouble
Perguntas e Mais Perguntas
Os Medos de Ontem
As Pequenas Grandes Coisas
Especial Camila Cabello Part I
Especial Camila Cabello Part II
Especial Camila Cabello Part III
A Manhã Seguinte
Feliz Aniversário de Namoro
Vero
Tratamento de Choque
Proposta
Ordens
Você Não Me Conhece
Relembrando os Velhos Tempos Part I
Relembrando os Velhos Tempos Part II
Uma Razão Para se Viver
A Verdadeira Eu
Love Is a Battlefield
No More Drama
A Paz que Eu Encontro
Strike Um
Surpresas
Ciúmes Intensos
Sem Saber Dizer Não
Muito Além de Nós
As Melhores Coisas do Mundo
Mau Humor
Blá Blá Blá
Aprenda a Me Repreender
As Cores Lá Fora
Burning Red
Ex-Burguesinha
Reconciliação
De Você
Razões e Ilusões Part I
Razões e Ilusões Part II
Strike Dois
Para o Meu Próprio Bem
Especial Camila Cabello
A Verdade Sobre Tudo
Falha de Identidade
Aquilo que Te Cativas
Mais Uma de Amor
Strike Três
Os Olhos Bem Abertos
Who Are You
Latch Part I
Latch Part II
Especial Camila Cabello
Linhas Paralelas
Eu que Aqui Me Despeço Part I
Eu que Aqui Me Despeço Part II
Requiem Aeternam

Back For Good Part III

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By Bellavenues

Convenci Drew a parar o carro um pouco antes da entrada do luxuoso espaço de eventos, havia diversos fotógrafos a postos, jornalistas loucos por algo exclusivo e seria exatamente isso que eu daria a eles, sem necessidade de envolver o Drew. Saltei do carro observando todos ao longe e dei uma última inspirada antes de me pôr a caminhar com minha melhor pose. Passei por um grupo de jornalistas que me encaravam como quem procura assosciar um rosto a um nome e me coloquei ao lado da linda recepcionista, logo ao pé da escadaria que dava acesso ao evento.

– Olá, boa noite e seja muito bem vinda! Pode me dar seu nome? - ela cumprimentou com seu melhor sorriso posicionando o tablet em suas mãos.

– Eu não acho que meu nome esteja na lista, mas você pediu com tão bom gosto... – Troquei minha carteira de mão e lhe estendi a agora livre – Prazer, sou Lauren Jauregui.

Assim que pronunciei meu nome o lugar se tornou um caos. Fotógrafos do lado esquerdo, jornalistas do lado direito, ambos forçando seus corpos contra a corda de contenção para conseguir um melhor ângulo e minha atenção. Fingi não perceber nada do que acontecia ao meu redor, Mas devo admitir que estava adorando todo aquele alarde por minha causa. Sustentei meu ar superior e mantive os olhos focados na garota à minha frente.

– Só um minuto, senhorita Jauregui. É que eu não sei se devo deixá-­la entrar – as palavras saiam cada vez mais espaçadas de sua boca e seu rosto alternava rapidamente do segurança para mim e vice versa.

– Bom, você sabe quem eu sou – sorri me aproximando mais dela e encostei a boca em seu ouvido – Por favor, chame o Simon para mim.

A garota me olhou ainda mais abalada e mandou um comando através de seu microfone pendurado em sua orelha. Girei minha cabeça pelo local e os chamados pelo meu nome aumentaram ainda mais. Era quase impossível distinguir o que diziam, eram perguntas atrás de perguntas, pedidos, elogios...

– Lauren, uma pose por favor!

Girei o corpo na direção da voz e mirei um rapaz que sorriu ao ver que foi correspondido em meio àquela loucura. Ele lutava para manter seu lugar entre os habilidosos paparazzis com um iphone em suas mãos balançando de um lado para o outro. Sorri com sua situação e resolvi atender seu pedido. Levei a mão livre para frente da boca e lhe soprei um beijo, um tanto quanto sedutor, piscando logo em seguida para receber um sorriso alegre em resposta.

– Lauren? ­- uma voz familiar me chamou, me fazendo voltar minhas atenções para frente

– Simon! ­- ele sorriu em um misto de confusão e alegria se inclinando para um abraço rápido – Você pode me ajudar aqui? Sei que não estou na lista, mas estou tentando fazer uma surpresa para minha família, já que hoje é um dia muito importante para eles. Acabei de voltar de viagem e eles não fazem ideia.

– Oh, você veio apoiar a campanha de seu pai. Ele vai ter um troço quando te ver aqui.

– Estou contando com isso.

Entrar foi mais fácil do que eu esperava, Simon fez questão de me acompanhar até o interior do evento politico, sim, politico. Enormes cartazes com a foto do ilustríssimo Michael Jauregui estavam estampados por todos os cantos, acompanhados de frases e promessas praxe de todo politico que se preze. Uma vez dentro do salão me impressionei com a quantidade de pessoas que estavam lá, pelo visto meu pai havia aumentado sua área de influência nessa cidade. Eu podia reconhecer alguns rostos da minha época de estagiária em sua empresa e outros que via na televisao de vez em quando anunciando suas próprias propagandas politicas, todos com suas caras de interesseiros, fúteis, fingindo sentir apreciação por algo além deles mesmos. Eu precisaria de álcool no meu sistema se iria enfrentar tudo aquilo.

Simon me deixou no bar para resolver algo e eu pude notar o olhar curioso de algumas pessoas ao redor pairando sobre mim, se eu pudesse ler mentes eu adoraria me divertir com suas teorias sobre a minha presença aqui. Me servi de uma taça de champanhe e permaneci onde estava, buscando com o olhar pessoas que fossem de meu interesse. Para minha alegria momentânea Ally não estava ali, pelo menos eu não consegui encontrá-­la. Quando se tem um metro e meio sumir em uma multidão torna-se vinte vezes mais fácil.

Um homem falava em cima de um palanque sobre o partido representado ali desde que eu havia entrado, a qualquer momento meu pai subiria ali e seria minha vez de agir. Peguei mais um taça de champanhe quando vi que segurava uma já vazia e me afastei do bar para dar uma volta, antes que o pouco álcool me subisse à cabeça.

– Lauren Jauregui? ­- suspirei fundo ao ouvir meu nome sendo chamado, péssima hora para ter que atuar com interesse.

– Senhor... Cabello – meu tom de voz saiu alegre ao me deparar com ele. Eu realmente me senti feliz ao vê-­lo.

– Não sabia que já estava de volta, tudo bem? - nos inclinamos para tocarmos nossas bochechas em saudação

– Tudo sim, na verdade foi uma surpresa que quis fazer. Ninguém sabia até então.

– Como foi de viagem? Seu pai disse que você precisava relaxar e acabou indo para aquelas viagens a lugares calmos e delicados estilo papel de parede de centro de ioga.

Pendi a cabeça para o lado ao ouvir aquela frase. Essa, definitivamente, foi a pior desculpa que eu já ouvi na minha vida. Viajei por um ano para aliviar o estresse? Isso era sinal que meu pai não estava dando muita importância para a situação, o que me deixou ainda mais irritada.

– A viagem foi ótima, você sabe que é verdade quando percebe que passei pouco mais de um ano fora. Relaxando. – soltei uma risada forçada e desviei o olhar rapidamente para o palanque onde meu pai agora estava, vestido em seu terno sob medida e seu sorriso falso. Se eu pudesse desmembrá-lo com o olhar eu o faria ali mesmo. Revirei os olhos e voltei para a falsa alegria que eu estava esbanjando para os Cabellos à minha frente – Meu pai acertou em cheio.

– Veio de tão longe só para prestigiá-lo? Difícil acreditar que uma adolescente se importaria tanto ­- Oi? Foi a vez da Senhora Cabello se pronunciar, suspeito que ela não vai muito com a minha cara e seu tom não me agradou nem um pouco.

– Sim, o mínimo que um filho poderia fazer, não é mesmo? E tenha certeza que minha adolescência seria o menor de seus problemas - sorri sem dentes para aquela vadia. Ela me pegou desprevinida e me tirou realmente do sério. Quem ela pensa que é? - Vocês tem filhos?

- Sim, duas meninas - senti uma certa cautela em sua voz

- Sério? Por que nunca as conheci, Senhor Cabello? Eu iria adorar levá-las para sair um dia desses - Segurei meu lábio com os dentes para não deixar escapar uma gargalhada com a súbita expressão de medo em seu rosto enquanto gesticulava para seu marido.

Se você pensa que sabe ser uma cobra, eu sei ser dez vezes pior.

- Quem sabe um dia. Precisamos falar com o Primeiro Ministro, Alejandro. - ela tomou a mão dele fazendo seu caminho para longe - Foi um prazer.

Eu nada disse, apenas sustentei meu sorriso de sempre e a acompanhei com os olhos.

– Ele vai ficar muito feliz de te ver - Alejandro sussurrou em meu ouvido quando passava por mim

– Eu aposto que sim

Falei mais para mim do que para ele e apressei-me em virar o resto do champanhe guela a baixo quando me vi sozinha novamente. Senhor Cabello era o sócio do meu pai na rede de hotéis que os dois mantinham e uma das poucas boas almas que sustentava uma conversa madura e descontraída comigo nos meus dias de estagiária. Perdi as contas de quantas vezes recorri a ele em meio a dificuldades lá dentro e quantas outras ele me aconselhou na vida pessoal, me tratando como uma verdadeira filha, coisa que meu próprio pai falhou várias vezes em fazer.

Falando em Michael Jauregui, seu nome havia sido anunciado e agora ele tomava conta do microfone, cuspindo seu discurso para todos aqueles fúteis famintos que o apoiavam.

O observei por todo momento, esperando ansiosa pela minha brecha enquanto me movia lentamente entre as pessoas em sua direcao. A essa altura todos já havia notado minha presença ou já estavam cientes dela, diversos olhares eram direcionados a mim, em sua maioria surpresos e curiosos.

– Eu conto com o apoio de vocês para vencer essa corrida e provar meu valor para a cidade de Nova York, levando­-a para onde ela deve ir: Para frente! – a platéia foi a loucura, lançando suas taças ao alto como que em um brinde às suas palavras – Obrigado!

Essa era a minha deixa.

– Um momento, eu quero fazer um brinde.

Levantei minha voz o suficiente para chamar a atenção de todos ali, inclusive do meu pai. Seus olhos me encontraram no meio daquelas pessoas e eu podia senti-­los queimando minha pele em um misto de tudo, menos felicidade, enquanto eu forçava meu caminho até o palanque. Chris estendeu a mão para me ajudar a subir e só então eu reparei que a família toda estava ali em cima. Sorri para ele que me encarava com uma alegria surreal, era tão bom vê-­lo novamente. Eu estava tão focada na raiva pelo meu pai que acabei esquecendo completamente do amor que tinha pelos meus irmãos. Ambos estavam impecáveis. Chris em um terno cinza muito bem caído sobre seu corpo e Taylor mais ao fundo, devidamente comportada em um vestido preto rendado. Ela me lançou apenas um sorriso e não ousou mexer mais que dois dedos, discretamente, para me cumprimentar ao longe. A cena me fez lembrar a mim mesma, eu era exatamente assim na idade dela, completamente submissa.

Me virei para encarar Michael e todas as outras pessoas que, como ele, aguardavam ansiosas pelo desfecho desse momento. Senti o clima pesar no momento em que me aproximei e tomei o seu lugar em frente ao microfone. Seus olhos carregavam um desconforto imensurável com a minha presença, eu sabia que ele estava desejando poder me arrastar para fora dali o mais rápido possível, temendo o que poderia ser dito, e eu não poderia estar mais realizada. Nesse exato momento eu tinha em minhas mãos o poder de arruiná-lo completamente, o que eu tinha para dizer ia tirá-lo facilmente da corrida eleitoral. Todas aquelas pessoas, sedentas por uma boa fofoca e humilhação pública. Tomei um minuto os observando calmamente analisando minhas possibilidades.

– Olá, como vocês estão? – quebrei o silêncio ostentando um sorriso sem dentes e todos permaneciam imóveis – Mais chatos do que eu lembrava - ri baixo e ouvi meu pai grunhir ao meu lado, descansando sua mão firmemente em meu braço pronto para me puxar dali a qualquer segundo - Como vocês sabem eu sou filha desse homem maravilhoso que vocês estão vendo agora e estive fora do país por um an. Afastada da minha família, dos meus amigos e basicamente de toda a vida que construí aqui em Nova York

Fiz uma pequena pausa e já eram audíveis os cochichos.

– Mas quando recebi a notícia de que, meu pai, estava se candidatando eu precisei voltar e mostrar todo o meu apoio a ele e todo o orgulho que sinto em ser sua filha.

Voltei meu corpo levemente para o lado, incluindo-o em meu campo de visão e lhe lancei um olhar rápido.

– Se ele cuidar dessa cidade, como cuidou de mim, vocês saberão o que é ser verdadeiramente amado. À Michael Jauregui.

Ergui minha taça e todos me acompanharam junto a altos aplausos e gritos comemorativos. Me virei e lhe roubei um abraço apertado para finalizar toda aquela cena.

– O que você esta tramando? ­- ele falou ao meu ouvido antes de nos separarmos. Eu nada disse, apenas sorri e me deixei ser puxada para outro abraço, esse agora totalmente desejado por mim.

– Sentimos sua falta – Taylor, minha irmã caçula balbuciou contra meu corpo, agora mais livre das casualidades do evento, mantendo seus braços apertados ao redor do meu pescoço.

– Eu também senti muita saudade de vocês – levantei o rosto para ela e Chris que pairava ao meu lado com uma de suas mãos em minhas costas. ­ Meus pirralhos favoritos.

– Lauren – ouvi minha mãe me chamar e me desvencilhei dos meninos para olhá-la, mas não fui a seu encontro e nem ela ousou vir ao meu, apenas trocamos intensos olhares por um momento. Eu podia sentir a respulsa se esvairando pelos meus poros ao vê-­la ali, tão perto de mim após tudo que ela havia feito, com a cara mais lavada possível sustentando uma falsa preocupação. É justamente isso que eu mais odeio nas pessoas, esse fingimento todo. Essa falsa moral. Eu era péssima em perdoar porque, na minha cabeça, todos tem uma grande possibilidade de escolhas conscientes em relação a tudo nessa vida. Não existe mente fraca, não existe carne fraca, não existe más influências, não existe o "não pensar", existe apenas você e as suas escolhas, sejam elas boas ou ruins. Com relação a isso eu não era hipócrita, tenho plena consciência dos meus erros, mas a diferença está no fato de que não tento diminui-los culpando algo além de mim mesma. Eu era uma vadia e admitia isso para quem quisesse ouvir, diferente da mulher à minha frente.

Ouvi gritos por meu nome e vi um grupo de repórteres esperando ansiosamente pela minha atenção. Fiz questão de sorrir pra ela antes de lhe dar as costas para atendê-los. Não faria mal falar com eles, pelo menos não para mim.

– Onde você pensa que vai? – meu pai estava de volta, ainda mais tenso do que antes e aquilo estava me deixando incrivelmente alegre. - Não a quero perto da imprensa

– Por que? Não viu que só tenho coisas boas a falar sobre você? – puxei meu braço de seu aperto e me juntei aos microfones tentando captar alguma pergunta pertinente

– Lauren, onde você esteve todo esse tempo?

– Estava tirando férias da vida, não ficaram sabendo? ­- respondi divertida, sabia que meu pai estava por perto mediando aquilo tudo - um ano inteiro vagando por ai sem compromissos. Tudo ideia do meu maravilhoso pai que se preocupa muito comigo.

– É verdade que você foi responsável pela depredação da Universidade Juilliard?

– Fui responsável por tantas coisas, que nem lembro mais - meu pai se manisfestou em repreensão sussurrando para que eu evitasse esse assunto - pensando bem, fui eu sim. Lembro de ter usado umas duas drogas diferentes antes de ter essa maravilhosa ideia, vocês sabem como eu aprontava. Mas prometo que voltei mais comportada.

Senti sua pegada apertar quase que imediatamente no meu braço. Sorri ao vê-lo transbordando impaciência e completamente incapaz de evitar aquilo.

– As perguntas estão encerradas por agora gente, eu quero curtir um pouco a minha filha – olhei para seu rosto e ele tinha a perfeita expressão de felicidade, exceto pela curva forçada de seus lábios que só quem o conhecia muito bem sabia ser um traço de um sorriso forçado.

– Uma última pergunta Senhorita Jauregui – a essa altura eu já estava sendo arrastada para longe, mas dei meia volta e bati o pé ameaçando um escândalo se não me deixasse ali. As faíscas eram visíveis saltando para fora de seus olhos castanhos, mas não me importei, não havia nada que ele pudesse fazer em público. Voltando minha atenção para o repórter dei-lhe permissão com o olhar para que continuasse – Você está realmente de volta aos Estados Unidos?

Sorri com a pergunta escolhida por ele e esbanjei um sorriso vitorioso para ambos repórter e Michael.

- ­ Eu vim para ficar!

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