𝐒𝐨𝐟𝐢𝐚 𝐃'𝐀𝐧𝐠𝐞𝐥𝐨
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-O que foi, Sofia? _diz
-Ele... _tento dizer, mas não consigo _Me tira daqui! _peço em prantos
-Meu Deus, Sofia, aquele desgraçado tocou em você! Olha como você está! _diz
-Me tira daqui! Me leva daqui! _olho para trás
-Tá bom, mas seu pai vai saber disso _Não falo nada
Entro no carro na frente mesmo, e ele dirige...
-Aquele miserável! _diz nervoso
-Ele tentou... _digo, começo a chorar novamente.
-Desgraçado! _soca o volante.
Ajeito minha roupa, ele me olha.
-Você precisa de uma roupa. Vou comprar uma! _diz
-Estou sem cartão de crédito, meu pai me tirou _digo
-Eu imagino que seja porque rasgou o vestido da Bella. Ela me disse: "A vida é carma", senhorita D'Angelo. Tudo que você faz volta, mas não se preocupe, eu vou comprar com meu dinheiro _fala
-Não precisa_respondo, viro para olhar a rua. Que humilhação!
Ele para o carro e sai. Vejo-o ir a uma loja. Não demora, ele volta rápido com uma sacola e me entrega.
-Espero que sirva_diz
-Obrigada _pego
Ele fica fora. O carro é escuro, os vidros. Visto a peça, uma camiseta, até que ele tem bom gosto. Abro a porta, o chamo, e ele entra novamente.
-Me leva para um lugar tranquilo, preciso pensar_peço
- Tudo bem? _diz somente
Ele dirige, estaciona em frente a um prédio de classe média, sai do carro, saio também.
-Aqui é onde? _pergunto, olhando tudo
-Meu apartamento, vem, vamos _diz, já caminhando na frente
Sem alternativa, o sigo. O lugar não é rico, mas não é mal cuidado. Subimos de elevador até o seu apartamento, ele abre a porta e me manda entrar. Sento no sofá; não há luxo, mas está tudo limpo e organizado.
-Não é como está acostumada, mas seja bem-vinda _ele diz
-Obrigado, Léon, de verdade _baixo minha cabeça
Só consigo lembrar daquele nojento; se eu não tivesse a ideia de me defender, eu estaria lá. Só Deus sabe como.
-Você quer água, mas não é daquelas caras que você está acostumada-Só concordo; não tenho ânimo para debater.
Ele vai até a cozinha, que está no mesmo ambiente, e, tudo integrado, pega na geladeira e vem me entregar.
-Obrigado- Sussurro bebo e devolvo o copo novamente. Ele vai até a pia, lava e seca, guarda, volta e senta no sofá.
-Sofia, o que aconteceu foi grave. É caso de lavar a honra; você tem que dizer ao Sr. Gregório - Nego
-Meu pai não vai acreditar em mim. Ele vai me fazer casar com o nojento do Fabrizio. Aí sim ele vai conseguir me ter - Volto a chorar
-Por que ele não iria acreditar? - Diz, limpo minhas lágrimas
-Ele não acredita muito em mim, ainda mais pelo caso do vestido Bella; ele ficou chateado - digo. Ele dá um meio sorriso.
-Você mente, e quem mente, mesmo dizendo a verdade, ninguém acredita - diz
Ele está certo.
-Sim, por isso eu vou fugir, mas não me caso com aquele nojento escroto-
-Fugir é pior; ele te acha - diz ele
-O que eu vou fazer para não me casar com ele? - falo, já chorando.
-Mas me responde, Sofia: por que você se meteu em um casamento sem amor? - pergunta
-Eu queria ser a dona -
-Dona de quê?-pergunta
-Mulher do Don - ele gargalha
-Sofia, meu Deus, o que você tem na cabeça? O Don é o Vicenzo, o Fabrizio virou um simples Capo, então não tem nada a ver-
-Eu achei que, aproximando-me do Vicenzo através do Fabrizio, ele me veria como esposa-
-O Vicenzo é louco pela Bella. Você ama o Vicenzo? _pergunta
-Não, mas... _ele me interrompe
-Queria ser a dona_rir_ Meu Deus, Sofia, quantos anos você tem?-
-22 _digo. Ele ri novamente.
-Não parece, te daria 5 anos. Acho que você foi muito mimada e sei que provavelmente foi por sua mãe. Você tem que acordar para a vida e mudar suas atitudes. Olha o que aconteceu hoje, tudo isso porque você não pensa-
-Léon, tá bom, já entendi_digo chorando
-Tá bom, já está feito. Vamos pensar na solução: casamento, máfia _diz, andando de um lado para o outro, fica minutos assim...
Já sei, vamos nos casar _diz
-
-Eu não _falo, nervosa-saio de um e entro em outro-nego
-Não, Sofia, pensa. Vamos fingir que estamos apaixonados, pedimos ao seu pai para nos casar, imploramos. Vamos dizer que já vivemos esse amor por muito tempo _
-Não sei se ele vai acreditar _
-Já ouvi a Bella dizer que ele falou que jamais deixaria uma filha casar sem amor. Se você disser que me ama, ele vai apoiar a nós e desmarcar o casamento com o maledetto-sabe que não é uma má ideia, mas...
-Ninguém vai acreditar que eu estou com um soldado porque eu sempre quis... - ele revira os olhos
-Um Don, eu sei, mas o que temos para hoje sou eu, então se contente, aceita e eu te ajudo, sendo o melhor namorado, o muito apaixonado - pisca
-Sem beijo, nada de intimidades - digo
-Como vamos ser namorados sem beijo? - pergunta, reviro os olhos
-Só por extrema necessidade - digo, ele concorda.
-Tenho minhas exigências também: vai lavar minhas cuecas e cozinhar para mim - fico nervosa
-Eu não, não sou sua empregada, desisto desse plano - levanto, pego minha bolsa e vou em direção à porta.
-Ok, então, case-se com o Fabrizio-Começo a chorar
-Tá bom, eu lavo-Ele ri
-É brincadeira-Vou até ele e lhe dou um tapa no braço.Ele ri
-Tá bom, fica calma. Só quero que peça perdão à Bella por tudo que você já disse e fez contra ela -Reviro os olhos- É sério, Sofia, mude sua vida e comece por quem você mais prejudicou-
-Tá bom, eu peço.-Ele sorri
-Mas peça com verdade e, se eu souber que você fez algo, desisto e deixo você casar com o maledetto-
-Eu vou pedir. Para de me ameaçar-
-Vamos nos conhecer. Vem, se aproxima, me abraça-nego
-Eu não-Afasto-me
-Vamos ser namorados, então temos que ter pelo menos a intimidade de amigos. O seu pai vai desconfiar-
-Tá bom- vou até ele e abraço.Ele até que, para um simples soldado, cheira bem.
Pronto, me solta-falo
Passamos o fim de tarde não nos conhecendo. Fizemos um lanche que ele fez, até que estava bom. Já à noite, vamos para minha casa. No caminho, continuamos a conversar.
-Você vai fazer o que em relação ao Fabrizio ter tentado? Você sabe- ele é bem delicado com palavras. Gostei.
-Não vou contar; tenho medo do meu pai entrar em uma guerra com ele e morrer por minha causa - digo. Não queira meu pai morto por minha causa.
-Fabrizio é uma pessoa ruim, então vamos ter cuidado. Ao anunciar nosso casamento de mentira, ele vai surtar - ele tá certo
-Se meu pai aceitar, vamos fazer como? - pergunto
-Ficamos alguns meses juntos; depois que todo mundo esquecer, nós nos separamos - diz
-Tá bom, eu topo - ele sorri
Chegamos em casa, descemos do carro; ele segura minha mão.
-Vamos - diz. Fico nervosa, só concordo - vai dar tudo certo - diz
Entramos na minha casa e, de cara, vejo meus pais no sofá. Eles nos olham assustados. Aperto a mão do Léon, e, como combinado, eu começo a dizer:
- Boa noite, papai, mamãe - digo. Eles respondem
- Boa noite, Sr. e Sra. D'Angelo - Léon diz
- Sofia, o que significa isso? - meu pai pergunta
- Papai, eu e o Léon, nós dois... - engulo em seco. Olho para o Léon; ele acena positivamente - Léon e eu nos amamos. Eu vim pedir para me casar com ele e não com o Fabrizio. Eu amo o Léon - ele fica em silêncio.
- Filha, você tá bem? Você e o Léon? - mamãe pergunta
- Sim, mamãe, eu amo o Léon e quero me casar com ele - olho para o Léon; ele sorri.
-E você, rapaz, o que me diz? _Papai, fala sério
- Eu amo a Sofia, gostaria de me casar com ela. _Meu pai não tem reação nenhuma. Meu Deus, será que vou me casar com aquele monstro? Burra, Sofia, você é burra, penso desesperada.
-Que maravilha! - Meu pai diz, batendo palmas.
-Que? _Digo, sem entender
-Que orgulho de você, filha! Eu aprovo. Amanhã mesmo vou desmarcar seu casamento com o maledetto do Fabrizio- Vem e me abraça
-Bem-vindo à família, filho! _Aperta a mão do Léon
-Obrigado, senhor! _Léon diz
-Vamos fazer um casamento lindo. Parabéns, filha! _Mamãe me abraça
Virou uma animação só: saí de um casamento e entrei em outro...