Anonymous (Billie Eilish/You...

By rannysxs

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Mesmo em uma noite entediante, o destino pode pregar peças, em um chat anônimo Billie Eilish e S/n encontram... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capitulo 54
Capitulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capitulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63

Capítulo 46

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By rannysxs


Não vou deixar vocês aí sofrendo

Coitada da Billie 😭

E vamos nos iludir com a Billie, eu ouvi um amém? Amém 🙏🏻














RIO DE JANEIRO
Hospital




POVS BILLIE



Entrei no hospital correndo para encontrar a Flavinha, foram dez horas de viagem e foram as dez horas mais desesperadas da minha vida

Vi a Flavinha no corredor e corri para ela

— Billie! - Ela exclama e eu a abraço na mesma hora - Ninguém ainda da família sabe, Tia Monica pediu para não contar, mas não para de passar na televisão o acidente

— Aí meu Deus - Falo engolindo seco - Eu...eu preciso de notícias Flavinha, eu preciso saber da minha mulher

— Ainda não falaram nada da S/n - Senti meu coração errar as batidas - Mas...vem cá

Ela me puxa delicadamente para um quarto e dou de cara com a Marianne, o rosto dela estava pálido e os olhos inchados de tanto chorar

Ela tinha cortes profundos nos braços e no rosto, uma das pernas estava engessada e o braço direito estava mobilizado

— Marianne... - Chamei tentando passar segurança a minha cunhada, mesmo que por dentro eu mesma estivesse quebrada - Oi minha cunhada

Ela virou lentamente a cabeça para me olhar a expressão de dor se misturando ao desespero

— Eu...eu não sei o que aconteceu Billie, eu só me lembro dela me segurando, me protegendo... - A voz dela era um sussurro desesperado - Ela me salvou, mas...e agora? E se ela não conseguir? É tudo culpa minha

As palavras dela cortaram meu coração e me vi sem resposta.

Tudo o que eu conseguia fazer era apertar a mão dela, mesmo que eu mesma me sentisse desmoronando

— Não Marianne não é sua culpa - Apertei sua mão, forçando-a a olhar nos meus olhos - S/n te ama, ela faria qualquer coisa para te proteger e ela lutou por isso, mas agora precisamos lutar por ela, precisamos acreditar que ela vai voltar pra gente tá bom?

Um barulho na televisão me chama atenção, interrompendo o momento em que eu tentava confortar Marianne.

Olhei para cima distraída, mas ao ver a cena na tela meu corpo congelou.

As imagens mostravam a estrada onde o acidente aconteceu, pedaços de metal espalhados pelo asfalto e sirenes iluminando a noite escura.

A câmera então focou na moto completamente destruída, quase irreconhecível, senti um nó se formar em meu estômago

— ...Um acidente grave aconteceu hoje, envolvendo duas jovens que despencaram de um viaduto enquanto pilotavam uma moto, segundo testemunhas, a moto parecia estar sem o freio e não conseguiu parar a tempo, as duas vítimas foram arremessadas do viaduto e caíram sobre o teto de um caminhão em movimento, uma delas foi lançada de volta à pista, quase sendo atropelada por outro veículo...

Minhas mãos começaram a suar e senti o coração acelerar.

"Não... não pode ser." Cada palavra parecia uma facada e o rosto do repórter aquele rosto sério e distante me fazia perceber o quanto essa tragédia estava sendo tratada apenas como mais uma notícia.

Mas para mim, era tudo.

Olhei para Marianne, que também assistia à tela, com os olhos arregalados e a respiração pesada.

O rosto dela estava coberto de lágrimas e uma culpa insuportável, como se revivesse tudo aquilo.

— Eles estão falando sobre vocês de novo - Flavinha murmura com a voz embargada

O repórter continuou

— As vítimas estão neste hospital, onde uma delas permanece em estado crítico e passou por uma cirurgia de emergência. A outra, apesar de ferimentos graves, conseguiu escapar de uma situação pior graças ao sacrifício da outra, que aparentemente tentou protegê-la no momento da queda, não sabemos a identidade ainda das jovens mas esperamos que..

Senti o peso das palavras "estado crítico" esmagando meu peito.

— Algum...algum médico falou isso? - Pergunto tentando manter a postura - Quem falou isso?

— Não, ainda nada, só falaram com a Tia Monica e ela desmaiou logo em seguida, desde então ela está sendo medicada e não sabemos de nada - Flavinha diz respirando fundo

Marianne olhou para mim, com uma expressão de desespero, como se tentasse pedir perdão por algo que estava fora do controle dela.

Eu a abracei, a segurando com força, tentando impedir que o medo me quebrasse completamente.

— Ela vai sair dessa - Murmurei mais para mim mesma do que para ela - Ela tem que sair dessa.

— Vejam as imagens a seguir - Quando a repórter proferiu isso, eu olhei para a tela e vi as imagens do acidente...sai do abraço da minha cunhada devagar para ver a televisão

Uma moto em alta velocidade atravessando o viaduto a chuva batendo pesada e S/n fazendo sinal para as pessoas pararem

Mas não surtiu efeito

A câmera mostrava o momento exato em que o carro bateu fazendo a moto perder o controle.

A moto deslizou na pista molhada e num segundo terrível, minha mulher e Marianne foram arremessadas no ar.

Elas se soltaram da moto, sendo lançadas violentamente para fora do viaduto.

— Merda...não parecia ser assim na hora - Marianne diz fungando com o nariz

— Não... - Sussurrei com a minha voz trêmula, incapaz de processar o que estava vendo.

Era como se o mundo ao meu redor desaparecesse, me deixando sozinha com aquelas imagens.

A câmera seguiu a trajetória delas no ar, até o momento em que caíram no teto de um caminhão que passava pela pista debaixo.

S/n tentou proteger Marianne a todo custo, mas em seguida o impacto a lançou ela de volta, jogando-a violentamente contra a rua

— Não, não, não... - Minha voz quase inaudível, sinto meus olhos se enchendo de lágrimas.

Cada segundo era uma tortura.

Eu assistia ao que parecia uma cena impossível de acreditar, mas era real, estava acontecendo diante dos meus olhos.

Senti o ar faltar o peito apertar, como se estivesse vivendo aquela queda junto com ela, Marianne ao meu lado soluçava, ela apertou minha mão com força e eu não sabia se tentava confortá-la ou a mim mesma.

Meus olhos não conseguiam desviar da tela, cada imagem gravando aquele horror em minha mente.

Eu mal percebia as lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

— Por favor S/n...você precisa lutar, você precisa voltar pra mim... - Sussurrei para mim mesma, o desespero tomando conta de todo meu corpo

Meus joelhos fraquejaram e eu me deixei cair na cadeira ao lado da Marianne a cabeça entre as mãos e a realidade daquela tragédia se estabelecia em mim.

— Com licença - Uma doutora entra na sala e logo todas nós ficamos atentas - Marianne, a sua mãe está sendo medicada, até agora não acordou

— E minha irmã? Como está minha irmã? - Marianne pergunta e eu concordo com a cabeça desesperada - Nós precisamos saber

— Ela está em cirurgia meninas, ainda não chegou nenhuma notícia para mim - Ela diz e Marianne concorda com a cabeça, logo a médica sai da sala

Eu me levanto na mesma hora indo atrás dela

— Billie...Billie! - Flavinha me chama mas eu ignoro passando pela porta e vejo a médica ali mesmo

— Doutora - A chamo e ela me olha rapidamente - Eu...eu preciso saber sobre a S/n, por favor...qual quer coisa sobre a minha namorada

— Eu estava lá Billie - Ela diz e eu franzi o cenho - Eu estava na ambulância da S/n...várias vezes ela acordou chamando por você

— O...o que? Ela estava consciente? - Pergunto sentindo minha garganta dar um nó

— Sim, quando tiramos o capacete dela, eu vi com quem estávamos lidando - A Doutora diz suspirando - Você...você quer saber mesmo como ela estava?

— Sim, eu...eu quero saber - Falo sentindo as lágrimas descerem sem parar dos meus olhos

— Ela estava sentindo muita dor, as costelas estavam faturadas, então poderia ter uma possível hemorragia interna, a Marianne feriu a perna direita, a da S/n foi a esquerda...uma fatura exposta, por ela está usando capacete a concussão não foi tão forte, eu fiz o teste e ela não aparentava ter um traumatismo craniano, ela está com muitas escoriações superficiais e profundas, houve deslocamento no ombro, mas eu coloquei no lugar...e risco de pneumotórax evidente - Falou tudo de uma vez e eu não consigo me mover - O doutor que está operando ela, é o melhor, eu tenho certeza que ela vai sair dessa

— O...obrigada, eu preciso ir ao banheiro - Falo engolindo em seco



POVS NARRADOR


Billie entrou no banheiro apressada, fechando a porta com um movimento rápido tentando respirar fundo

Agradeceu por ser um banheiro para só uma pessoa, sem cabines

Ela deu um passo para trás, tentando manter o controle, mas tudo dentro dela estava desmoronando.

As imagens e as palavras da Doutora não saíam de sua mente, cada detalhe sobre o estado de S/n preso em sua cabeça

Ela apoiou as mãos na pia e percebeu que seus dedos estavam tremendo tanto que mal conseguia segurar o peso do próprio corpo.

Seu coração disparava e o peito estava tão apertado que sentia uma enorme dificuldade para respirar.

O som da respiração ofegante parecia mais alto no ambiente silencioso, cada inspiração rápida e superficial piorando o aperto no peito.

Sentindo que estava à beira de uma crise de asma, Billie buscou a bombinha no bolso, suas mãos estavam desajeitadas, o tremor e a ansiedade tornando tudo mais difícil, mas finalmente ela a encontrou.

Rapidamente, levou a bombinha aos lábios e inalou profundamente, tentando encher os pulmões e acalmar a respiração, mesmo assim a sensação de aperto não cedia completamente.

Então os tiques começaram.

Primeiro, um leve espasmo no ombro, seguido por um piscar involuntário mais forte do que o normal.

Ela sentiu a mandíbula estalar e seus ombros repetiam movimentos involuntários, cada espasmo agravado pelo pânico que tomava conta dela.

A ansiedade só aumentava cada tique lembrando ela do quanto estava vulnerável e do quanto precisava manter a calma, mas era impossível.

Ela apertou a pia com força, tentando se segurar

— Vai...ficar tudo...bem...ela...vai sair dessa...

As lágrimas começaram a rolar sem controle, queimando suas bochechas.

Billie sentiu o nó em seu estômago e só apertava cada vez mais

Ela tentou se acalmar, mas as lembranças das palavras da Doutora, a ansiedade e o medo por S/n a dominavam.

Do nada a onda de náusea se tornou insuportável e ela mal teve tempo de se virar antes de se ajoelhar ao lado do vaso sanitário.

O corpo dela se contraiu enquanto vomitava e as lágrimas continuavam a escorrer.

A mistura de angústia e impotência tomava conta dela e ela tentava respirar mas o cheiro forte do banheiro e o gosto amargo na boca só pioravam a sensação.

Ainda ajoelhada no chão, ela se apoiou contra a parede, o peito subindo e descendo rápido, o ar entrando em golfadas curtas e desesperadas.

Tentou pegar a bombinha novamente, inalando com dificuldade enquanto os tiques reapareciam, os ombros tremendo levemente o rosto fazendo leves caretas involuntárias.

Ela não sabia quanto tempo conseguiria manter essa fachada de força, mas ali sozinha no banheiro, tudo o que conseguia fazer era lutar para não desmoronar completamente.

— Amor...por favor não me deixa - Billie diz desesperadamente - Por favor



(...)


A sala de cirurgia estava em silêncio, exceto pelo som constante e regular das máquinas monitorando os sinais vitais da S/n

Após onze horas intensas, o cirurgião finalmente começava a fechar os últimos pontos, exausto, mas satisfeito com o resultado.

A equipe médica ao redor soltava suspiros de alívio, trocando olhares de reconhecimento pelo esforço conjunto.

— A cirurgia foi um sucesso, conseguimos estabilizar a hemorragia e reparar os danos - Diz aliviado - Agora vamos orar para que ela acorde sem nenhuma sequela

Por um breve momento, todos se permitiram relaxar, já pensando em encerrar os últimos procedimentos.

Mas em um segundo de distração, o corpo de S/n deu um leve sobressalto, e seus olhos se abriram, arregalados e cheios de pânico.

Ela começou a mover os braços e a tentar se levantar, como se estivesse fugindo de algo, ainda desorientada pela anestesia e pelo trauma do acidente.

— Mas o que!? - O anestesista diz sem entender

— S/N, está tudo bem! - O cirurgião exclamou, surpreso e tentando acalmá-la, ele segurou seu ombro delicadamente, tentando evitar movimentos bruscos que pudessem comprometer o procedimento - Apaga ela, você tem que apagar ela agora!

S/n respirava rápido, seus olhos se movendo freneticamente pela sala, enquanto o medo estampava seu rosto.

A equipe tentou segurar ela com cuidado, mas ela se debatia e a dor ainda presente em cada movimento fazendo ela gemer de angústia.

— Isso não é normal - O médico diz vendo a S/n voltando a desmaiar por conta da anestesia que foi aplicada novamente - Ela pode estar com um possível dano neurológico, eu quero ela na ressonância agora!










Gostaram do capítulo?



Continuo?


Será que vem mais um capítulo hoje?






UM BEIJO, UM QUEIJO E UMA FOLHINHA DE ALFACE



Sem revisão

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