My wife

By LehN_autora

95.7K 10K 5.1K

Hellory vive uma vida dupla, entre a menina perfeita aos olhos de todos e assassina profissional procurada em... More

avisos
dedicatória
prólogo
Capítulo 1 - Trabalho.
2
3
capítulo 2 - adrenalina.
5
6
7
8
9
10
11
12
capítulo 3 - medos que assombram
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
meta.
capítulo 4 - derrubando seu sistema.
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
capítulo 5 - por debaixo da máscara.
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
110
111
112
113
114
115
116
117
118
119
120
121
122
Capítulo extra; conto de passagem.

96

331 48 3
By LehN_autora

Desde que entrei na sala, estava ciente de que esse momento chegaria, mas decidi permanecer, pois sei que Hellory precisa disso. Enquanto elas matam a saudade, permaneci quieto e isolado. Embora eu soubesse que era inevitável, no fundo, desejava que ela não me identificasse. Ver a mulher que eu mesmo assassinei tão brutalmente, olhando diretamente nos meus olhos, provoca uma enorme vontade de fugir daqui. Clare me identificou apenas pelo olhar e é possível perceber o ódio em seus olhos, mas mesmo assim, ela mantém a serenidade.
 
— Não vai se juntar a nós, Rex? — questiona de forma direta e eu cerro o maxilar. Encarar Clare não é uma coisa que me intimida, mas os resultados dessa interação me afligem. Respiro fundo, estufo o peito e vou a passos lentos, acompanhado por seu olhar impiedoso, e me sento ao lado de Nick, de frente para elas. Hellory chora silenciosamente, provavelmente se culpando por se apaixonar pelo assassino dela e temendo tanto quanto eu sua reação. 
 
— Oi, Clare — cumprimento e ela acena um oi.
 
— Quanto tempo, morri de saudades de você, querido. Como vai? — Deboche puro em seu tom. Curvo os lábios em um sorriso ácido.
 
— Vou muito bem, obrigado por perguntar. Gostou da colônia de férias? — questiono ríspido e ela aperta os olhos. 
 
— Ah, eu adorei, não tinha como ter me feito um favor melhor — ela cruza as pernas e olha para Hellory — Você manda bem escolhendo namorado, Lorry. Assumo, quem não morreria por um cara desse? — Faz piada com a situação, me deixando confuso e ri de forma natural, em real divertimento.
 
— Você não está brava? — Hellory faz a mesma pergunta que ronda minha cabeça e ela me olha com um sorriso arrogante, negando.
 
— Não, eu realmente gostei dele. Digamos que eu admiro o fato dele ter a cara de pau de olhar na minha cara, por você. Tem medo de me sentir puxando seu pé, não? — pergunta. — Me matou, eu morri, mas já deu, Henrique, está me assustando, de novo — relaxo meu semblante sério e sorri de canto, com seu olhar de “melhor assim” — uma dúvida, o que você fez com ela para ela aceitar namorar? Você não me pareceu muito amigável e a Lorry era bem difícil de gostar de homem. 
 
— Sou carismático, fazer o quê? — ela ri.
 
— Ah, eu percebi mesmo — fala tranquila, batendo em seu colo para que Hellory deite e a mesma faz, parecendo amar aquilo. 
 
Clare me olha nos olhos, como se me avisasse que o jogo pode virar e ela me tirar algo também. Cerro o maxilar, olhando para Hellory, que a olha com a maior admiração do mundo. Estou ciente de que Hellory pode se rebelar contra mim novamente, ter ódio por tirar a pessoa que ela tanto amava.
 
— Gente, cadê a confusão? — Nick pergunta e o olho com a sobrancelha erguida.
 
— Como? — Cler pergunta.
 
— Eu estava querendo ver treta, sangue... de preferência não seu mais uma vez. Ele te matou, não está brava mesmo? — pergunta e eu confesso também estranhar. 
 
— Para de ser assim, seu fofoqueiro — ouço a voz de Hayley, olho para a entrada da sala, vendo-a entrar. — Oi, gente — sorrisos vão até ela, que caminha em nossa direção, sentando-se no colo de Nick, que a recebe com um beijo. 
 
— Ainda quero respostas — Nick.
 
— Seguinte, eu quero dar um soco e enfiar o Pai Nosso no rabo dele, de fato, mas confesso ser até divertido ignorar para ele não matar até minha alma desta vez. — Hellory ri.
 
— Ixi, menina. Nessa família, o mais normal é um psicopata de mão cheia, não liga não. — Hayley diz tranquila — o Nick matou 11 namorados meus e hoje sou casada com ele e a rainha do inferno, por exemplo, uma hora se acostuma. 
 
— Estou começando — Hellory concorda.
 
— Credo, estou me sentindo a única normal aqui e olha que de normal eu não tenho nada — vocifera — mas enfim, está tudo bem. Conta aí como estão as coisas, não ouço fofoca há um tempo e quero conhecer meu cunhado do mesmo jeito.
 
— Eu estou noiva... — Hellory anuncia e Clare começa a tossir, engasgando no seco, e me olha fixamente, um pouco irritada. Sorri de canto para ela, que aperta os olhos. Ela parece querer me xingar de todas as formas possíveis agora, e isso é muito prazeroso.
 
— Ah, é mesmo? Felicidade ao casal — deseja e sinto seu olhar ser como facas voando em minha direção.
 
— Obrigado! — respondemos com um sorriso amarelo — ah, está tudo bem em todos os sentidos. Eu e Félix fizemos nossa apresentação e saiu perfeita, estou morando com o Henrique, Félix desencalhou...
 
† † 
 
— Com quem? — pergunta, curiosa.
 
— Com o Cris, irmão daquela hacker que entrou em contato com você, lembra? A Hanna? — ela pensa.
 
— Eu... lembro, você os ajudou? — Assinto — ela era de fato boa, então — sorri.
 
— Sim, minha outra irmã de coração — Cler aperta os olhos.
 
— Safada, me trocou tão fácil assim? — brinca e eu dou risada.
 
— Nunca! Mas agora aumentamos a família, Cris também é meu irmão. 
 
— Sendo assim, estou louca para conhecê-los.
 
— E vai ser agora — Hayley fala, a olho sem entender. Cler me induz a levantar e eu fico de pé, tempo suficiente para ouvir um estalo de dedos e simplesmente trocamos de sala. 
 
— Surpresa! — todos gritam, os barulhos de estouro me assustam, soando como tiros, e rapidamente os confetes se espalham no ar, colorindo o ambiente. Sorri largamente, vendo todos da família ali presentes e os amigos de Henrique que convidei esta manhã também.
 
— Parabéns para você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida — cantam e eu sinto a lágrima escapar de meus olhos, vendo todos reunidos e, principalmente, Cler junto — viva a Hellory! — gritam, batendo palmas.
 
— Obrigado, galera — emoção em meu tom — Vocês vieram mesmo — aceno para eles, que sorriem para mim, comendo salgadinho — Ui, eu quero também, sou aniversariante, tenho direito! — brinco, indo até a mesa e pegando uma bolinha de queijo. 
 
— Hellory? — Cler me chama. 
 
— Fale, meu amor! — me viro ao ouvir o som mais horripilante da minha vida, meu maior trauma — encaro Clare espumando o chantilly em um pratinho descartável e engulo o salgadinho. — Não, Cler. Não. Não... — ela sorri diabólicamente e corro pela sala, desviando de Hanna e Rói no canto.
 
Disparo pela sala, com ela atrás de mim. Cler sempre faz isso no meu aniversário, desde a primeira vez que estivemos juntas. Ela afirma que quebrar ovos cheira mal, então opta pelo chantilly. Eu corro pelo local com ela atrás de mim, gritando por ajuda, e ouço apenas risos. Atravesso a mesa de doces e ela me olha diabólica do outro lado. Dou um passo em uma direção e ela faz o mesmo. 
— Eu vou te vencer no cansaço, não vou parar de correr! — aviso, ela ri.
 
— Então, boa sorte! Eu estou morta, meu bem, eu não me canso, você só consegue me tocar por causa das macumbas doidas do Nick e da Alí. Caso contrário, eu poderia atravessar a mesa — bufo e ela ri — Mas pode tentar — corre atrás de mim e eu dou mais uma volta na sala, dando de cara com a parede — Deixa para lá, eu cansei — me agarra e prensa o prato na minha cara, me lambuzando e lambendo minha bochecha, me dando um beijo — Gostosa! — dou risada.
 
— Vaca — faço língua, lambendo os lábios. De fato, está gostoso. — Como que eu limpo isso agora? — questiono e ela dá de ombros, apertando o chantilly e, em um instante, uma nuvem cremosa preenche seus lábios.
 
— Isso é uma delícia — diz, engolindo.
 
— Eu ajudo! — Ali se ofereceu e estalou os dedos, então magicamente meu rosto fica limpo. 
 
— Como...? — seus olhos piscam preto e eu arregalo os meus. — Deixa, já saquei. — ela ri, descontraída.
 
— Ahhhh — escuto um grito de Cler, me assustando. Me viro para ela, que corre até Félix, pulando em seu colo. — Maninho, que saudade — sorri ao ver os dois se abraçando, pensei nunca mais ver essa cena. Olho para Henrique e sorri, ele parece meio nervoso, provavelmente por estar com vergonha pelo que fez. Me aproximo do mesmo e o abraço. 
 
— Obrigado, meu amor, não tinha presente melhor para me dar. E... está perdoado. 
 
— Não está, não — Cler grita do outro lado da sala, abraçada a Félix, e eu sorri. Beijo ele, que envolve minha cintura — Ok, está em avaliação ainda. — brinco.
 
Ponto de vista, Clare.
 
Meus olhos vão para a pequena grande garota, que vi um neném ainda. Sorri largamente, me abaixando.
 
— Joaninha, como você cresceu, meu amor. — A suspendo em meu colo, abraçando seu corpo. Ela está mais pesada do que me lembrava, ou eu estou sem forças, não sei. Já não a via há um ano antes de minha morte, devido a minhas lesões e ao convento. Seus olhos estão repletos de lágrimas e ela me abraça apertado. 
 
— Cler, que saudade — sorri, por saber que fui uma pessoa que fez falta ao menos. — Achei que não ia mais te ver. Não é a mesma coisa ser chamada de joaninha por eles — sussurra em meu ouvido, entre soluços, e eu sorri largamente. Eu a apelidei assim.
 
— Isso é porque você é só minha joaninha, eles são apenas sistemas pirateados — pisco e ela sorri, fungando o nariz.
 
— Temos outra irmã que faz essa mesma piada, Hanna também ama tecnologia, sabia? Ela é muito boa, assim como você, e Cris é inteligente, tipo muito, assim como você também. Já os conhece? — Nego, olhando para o lado e vendo uma loira, juntamente com um asiático gatinho, e um loirão bonito abraçado a Félix. Que isso, gente, só homem bonito na família. 
 
— Então quer dizer que tem alguém tentando roubar o meu lugar, de irmã mais velha? — pergunto, fixando meu olhar em Hanna, que cora, quase se escondendo atrás do namorado. — Vou ter que eliminar ela, Katy? — brinco, colocando minha irmã no chão. 
 
— Sim, apague ela! — Katy incentiva e eu dou risada, me aproximando de Hanna. 
 
— Quem está ensinando que tem que apagar as pessoas para essa criança, gente? — questiono, olhando para tia Lily, que me olha com lágrimas nos olhos e mando um beijo para ela, antes de me virar novamente, parando em frente a Hanna. — Oi, Hanna, bom te conhecer sem ser por uma mensagem codificada — confesso, matando minha curiosidade. Abraço recíproco.
 
— Oi, Cler... Clare — Arruma meu nome, tentando disfarçar a intimidade que já estabeleceu, mesmo sem me conhecer. Geralmente, com mortos é assim, algo normal, para se sentir próximo talvez, então sorri. — É tão bom te conhecer, Lorry fala muito bem de você. Tanto que já me sinto próxima, perdão.
 
— Na nossa família não existem irmãs que não são próximas, maninha, obrigado pelas flores e... por derrubar o sistema do Rex, para me vingar — agradeço, colocando uma mecha de seu cabelo para trás de sua orelha. Ela sorri. 
 
— Como sabe? — questiona e eu penso — Você podia nos ver, tipo uma entidade? — dou risada, negando.
 
— Não, só uma intuição lógica mesmo. Hellory já sabe quem ele é, e duvido ser porque ele chegou e disse: “então, sou um assassino, que inclusive matou sua irmã, quer namorar comigo?” — explico — e sejamos sinceras... Hellory não sabe nem fazer backup no celular — ela ri, concordando.
 
— Ei, estou ficando magoada — fazemos um coração para ela, sorrindo amarelo. 
 
— Aí, Lorry. Eles parecem mais meus irmãos do que seus — brinco, por sermos todos loiros — Céus, que sem educação que sou. Oi, cunhadinhos — aceno — a família está grande, tenho que conhecer todos — analiso os dois homens parados ao nosso lado, animada. Estou amando falar com gente viva. Eles sorriram para mim, com simpatia, e o asiático lindão dá um passo à frente, para me cumprimentar. 
 
— Rói, e é um prazer te conhecer. Você é ainda mais encantadora do que foi falado — diz, em tom gentil, e eu sorri.
 
— O prazer é meu, Rói, obrigado! — retribuo o sorriso, apertando sua mão estendida. — Arrasou, Hanna, parece ter sido uma ótima escolha e eu raramente erro — brinco.
 
— Fiquei sabendo, Hellory me disse isso o dia em que a encontramos, devo minha nova família a você. Ela confiou em nós por seu julgamento a meu respeito, quando mandei a mensagem. — Olho para Hellory, orgulhosa em ainda confiar em meus julgamentos.
 
— Oi, Cris — cumprimento, olhando-o com um sorriso. Ele me retribui, com gentileza. — Você eu posso abraçar, porque Félix não me bate, nem deixa careca — brinco, o abraçando — E aí, maninho, como vai? 
 
— Bem, melhor agora que conheço a lenda da família — diz, humorado.
 
— Espero que não seja a lenda da loira do banheiro — ele ri — Hum... temos uma confusão, não sei se te chamo de cunhado, irmão ou Cris — ele ri — vai ser irmão, termina com Félix! 
 
— Teu rabo — Félix esbraveja, dou risada.
 
— Bom conhecer vocês, quero um longo papo, mas tenho que ver a nossa mãe chorona também — me viro para Lily, inundada de lágrimas. Abro os braços e ela me abraça. 
 
— Eu nem sei o que dizer — confessa, soluçando, e dou risada.
 
— Também amo você — afago seus cabelos, aproveitando o abraço que nem sabia o quanto necessitava. Meus olhos vão até Hellory, que me encara como a coisa mais linda que já viu, mas meu olhar se encontra com o de Henrique, logo atrás dela, abraçando-a por trás, com suas mãos entrelaçadas, mostrando as alianças chamativas e caras lado a lado. 
 
Estou chateada com ela? Não, só espero e torço para ter feito uma boa escolha. Será que fez?
 

Continue Reading

You'll Also Like

Obsession By viih

Fanfiction

5.2M 267K 103
"Você é minha querendo ou não, Alles!!" ⚠️VAI CONTER NESSA HISTÓRIA ⚠️ •Drogas ilícitas; •Abuso sexual; •Agressões físicas e verbais; •Palavras de ba...
15.5K 2.6K 45
●Plágio é crime● ATENÇÃO LIVRO DOIS! Depois de viver um amor inesquecível por um ano Kath agora tem que aprender a viver sem ele mas alé...
22.1K 724 9
S/n é perseguida por um stalker ele vigia todos seus movimentos e observa toda sua rotina...leia a história e veja o resultado dessa história🎀
536K 59.6K 89
Decidida a seguir os mesmos passos da carreira de seu pai a jovem Amelie vem a se a tornar a nova integrante de relações públicas da equipe automobil...