Muñeco By: Sarae - {PT-BR}

By Hemi169

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Todos os créditos para By: Sarae Kaulitzcest = Tom x Bill Kaulitz ⚠⚠️Conteúdo pesado⚠️⚠ -Estrupo -Violência... More

Introdução
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Epílogo

Capítulo 16

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By Hemi169

O frio de repente voltou ao meu corpo no momento em que seus olhos ficaram os meus. Um calafrio veio e me percorreu de cima a baixo, fazendo minha pele arrepiar.

_Eu estava esperando por você, minha boneca... - Minha respiração acelerou descontroladamente, assim como a quantidade de sangue que corria em minhas veias era desencadeada pela batida do meu coração.

Fazia apenas dois dias, apenas dois, e o quanto eu me via pensando nele, a cada segundo, a cada minuto, a cada hora, procurando a maneira de encontrar a desculpa perfeita para Gustav, procurando a maneira de conseguir dinheiro para sua guitarra, arrumando-me para ele, só para ele, porque eu não dava a mínima de ter aparecido de roupão na frente dos meus tios e primos. Eu não tinha feito isso por eles, não, só para ele. Eu senti falta dele? Até o inimaginável, até pegar no sono por algumas horas pensando nele, em Tom, pensando nas nossas conversas, em nossos beijos, em nosso jeito de nós tocar, em como ele havia me possuído na última vez, com tanta força eu pensei muito sobre isso e me tocoquei, acariciei e me masturbei com a foto que ele me enviou em seu celular.
Eu havia falado o nome dele entre gemidos incontáveis vezes, como não havia feito pensando em mais ninguém.

Em apenas dois dias.
Agora que o tinha na minha frente, percebi o quanto eu queria que ele voltasse.

Aproximei-me,lentamente. Isso me lembrou uma noiva andando pelo corredor e eu sorri estupidamente. Envergonhado por tal ocorrência. Tom deu aquela risada divertida, levantando o cigarro á boca dando uma tragada rápida.

_Um pouco mais de vagar e viro um cubo de gelo. - brincou ele e surpreendentemente, a primeira coisa que eu fiz ao envés de me jogar em sua boca foi arrancar o cigarro de seus lábios, trazendo-o para os meus, saboreando o gosto da boca de Tom impregnada naquele filtro. Dei uma longa tragada e olhei em seus olhos, soprando fumaça em seu rosto consumindo pela surpresa.
-Nossa, então a boa boneca também sabe fazer coisas ruims e estúpidas.

-Eu estou dormindo com você , isso não é ruim e estúpido o suficiente? - Dei-llhe outra baforada. Eu precisava me engasgar com cigarros na época.

-Dois dias sem te ver boneca, dois dias e a primeira coisa que você faz quando apareço é roubar meu fumo e começar a fumar. Agora eu realmente sou um cubo de gelo. Que frio boneca. Esperava algo mais...

_Algo mais?... - Inclinei-me sobre ele, fazendo beicinho, fazendo-o escapar um sorriso divertido. Ele agarrou meu braço com força, forçando minha mão na frente de seu rosto com o cigarro entre os dedos e deu uma última tragada, sem tirar os olhos de mim, acarisiando minha mão com os lábios, meu braço inteiro tremeu quando ele tirou o cigarro da minha mão e jogou fora, sem rodeios, agarrando minha cintura com as mãos e me puxando contra o seu corpo. Ele pressionou sua testa na minha e me agarrei com força as suas costas, deslizando meus braços sobre os dele, puxando-nos para mais perto.

-Sentiu minha falta, boneca? - Suspirei contra sua boca. Minha respiração se misturou com a dele enquanto acariciava seu nariz com o meu docemente.

-Não? - Um beijo casto e suave, sem aprofundamento, totalmente limpo nos lábios, para senti-lo, para ter certeza que estava diante de mim, me abraçando, me fazendo desaparecer ao frio intenso que se aprodeceu do meu corpo minutos antes. Ele me encostou na porta do piloto, ficando entre as minhas pernas, sem tirar a testa da minha, baixando o zíper da minha jaqueta até conseguir enfiar as mãos dentro dela, passeando-as sobre meu peito.

-E é agora que o gelo derrete... - Ele me beijou, acariciando meu pescoço com os lábios. Eu descansei minha cabeça contra o carro, dando lhe acesso total a minha língua na minha pele. _... E se evapora...

Eu senti em minha bochecha, procurando minha boca segundos antes de penetra-lá avidamente, querendo a mim, minha língua, meus lábios, prendendo-os entre os dele, apertando, lambendo, movendo-os sobre os meus lentamente, gozando o roçar da língua dele por dentro, fazendo um som molhado toda vez que nos separávamos sem quebrar todo o contado, nos comendo de novo, nos devorando com muito mais desejo, abrindo a boca o máximo possível, deixando para ele, toda dele. Que a fizesse toda sua, como quisesse, da forma mais suja e suja que lhe parecesse, da forma mais brutal que a sua língua permitisse. Eu queria mais.

_Abra o carro... - Pedi, deixando escapar um suspiro contra sua boca assim que ele soltou a minha. Tom começou a rir de repente, baixinho.

-Tudo bem... Mas tenho que te confessar uma coisa.
- Ele me virou gentilmente, colocando-me em frente à porta do
piloto, beijando minha orelha, esfregando seu rosto em meu pescoço enquanto abria a porta lentamente.
-Eu negociei
ilegalmente e enfiei uma bola de cocaína no meu carro. - ele soltou, como se nada tivesse acontecido. Fiquei olhando para a cesta que estava no banco, coberta de lençóis e mantas azuis e brancas, sem saber como pegar aquilo. Virei a cabeça, olhando para ele com o cenho franzido, esperando uma explicação do que era aquilo e o que ele estava fazendo ali. Tom riu.

-Um presente? Para quem? De que?

-Não é para dar presentes no Natal? Pegue, você não sabe o quanto demorei para trazer essa bola nojenta aqui! - Inclinei a cabeça, olhando de volta para a cesta cheia de lençóis embaralhados. Forcei um sorriso. Talvez tivesse algum significado especial para ele que ele queria me avisar, sim, claro...

-Nossa, Tom... obrigado. - Ele me encarou, revirando os olhos, balançando a cabeça e segurando o riso, me deu um empurrãozinho para dentro do carro.

-Olha, Boneca! - Eu não entendia porque havia tanto entusiasmo por alguns lençóis velhos. O verdadeiro presente estava no meu quarto, o grande Gibson e o que eu havia preparado no telhado. -O...! - Bati com a cabeça no teto do carro com um sobressalto ao ver os cobertores se mexerem debilmente. Olhei para Tom, mais do que surpreso. O que diabos ele tinha me trazido? Ele estava vivo? Ele se inclinou sobre mim, colocando metade de seu corpo no carro, sobre o meu, passando um braço em volta das minhas costas, me colando a ele, me encarando sem perder um detalhe da minha expressão.

-É a primeira vez que dou algo a alguém. Quero ver seu rosto... - ele encostou a testa na minha têmpora, fechando os olhos e eu acariciei sua bochecha com uma das mãos, inclinando-me um pouco mais sobre a cesta. Comecei a puxar delicadamente os cobertores, concentrando-me mais nas carícias superficiais de Tom na parte inferior da
minha barriga, enfiando a mão por baixo da minha camiseta, até que finalmente, determinado, puxei os cobertores.

A primeira coisa que vi foi uma bola branca amontoada em um canto, começando a tremer. Uma bola anã, do tamanho da minha mão. Fiquei de boca aberta, imóvel, com o cobertor levantado, observando a bola peluda.

-Impossível... - eu queria gritar.

-Um cão! - Tom começou a rir quando eu me inclinei e cuidadosamente peguei aquela coisinha. Ela estava
completamente branca, com o rosto rosado devido aos cabelos ralos que ainda a cobriam. Seus olhos estavam
semicerrados, suas perninhas movendo-se nervosamente no ar, seu rabo entre as pernas, tremendo fracamente e seu coração batendo furiosamente contra meus dedos sob o pelo de seu corpinho peludo.

Totalmente histérico e com cara de quem acabou de encontrar um tesouro de pirata, peguei os cobertores e aconcheguei-o para não passar frio, cobrindo-o bem, segurando-o em meus braços com os olhos fixos naquela coisinha fofa que se movia cegamente entre os cobertores.
Eu estava tão animado que as palavras não saíram.

-Onde você conseguiu isso? - Murmurei, respirando com dificuldade sem tirar os olhos do cachorrinho.

-De Guetti. - Olhei para Tom com a boca aberta em estado de choque. -Ela estava grávida quando vim. Deixei com um amigo para cuidar e na terça-feira ele me ligou, bastante chateado. O veterinário
disse que ela ia dar à luz uma ninhada de filhotes no fim de semana, então... - Ele deu de ombros com um sorriso no rosto. Isso significava que...?

-Você foi para Stuttgart pelo cachorro? - Ele se endireitou, recostando-se no assento, espreguiçando-se, balançando a cabeça e bocejando.

-Eu não planejava ir, realmente não me importava muito com os cachorrinhos. Eu estava
pensando em deixar o Andreas vender no centro da cidade, para gente boa, sabe, gente chique com
dinheiro, ou dar um pouco pra filha do meu vizinho, mas aí eu lembrei de você. Achei que você iria
gostar, então fui direto atrás dos filhotes, escolhi um, dormi um pouco e voltei na manhã seguinte. - Bocejou de novo. -Ainda nem fui para casa esse fim de semana e para piorar, Guetti ainda não tinha
dado à luz, estava entre as contrações quando cheguei na casa do Andreas. Passamos a noite inteira esperando para ver o que aconteceria e então, meio dormindo, você me ligou às cinco. - Saí do carro, me arrastando contra seu corpo e o cachorro em cima dele, segurando-o bem. Quase caí de cara no chão, mas Tom puxou a cintura da minha calça no último momento. Em vez de sair no frio,
sentei-me em seus joelhos, cara a cara, olhando para ele, esperando que ele continuasse falando totalmente animado, acariciando a cabeça do cachorro com uma mão. -Então... depois de dez minutos conversando com você, Andreas gritou e eu tive que desligar correndo para ajudá-lo com os filhotes que estavam começando a nascer. Demorou dez minutos para cada filhote sair e enquanto eu me divertia limpando-os, enrolando-os em cobertores e... esperando uma foto interessante que uma certa pessoa iria me envia. - Mordi o lábio, corando em alguns momentos diante de seu intenso olhar malicioso. -Essa bola de pelo foi a última a sair e eu peguei sem nem provar o leite da mãe. Fui ao
pet shop, comprei leite especializado para filhotes, a cesta, as mantas e tudo que precisava para que não morresse no caminho. Já tive que parar a cada duas horas para dar o leite na mamadeira para ele, esquentar e tirar para ele fazer o que tinha que fazer e não deixar ele fazer xixi em mim, mas acho que ele está bem.

Olhei para o filhote com um olhar crítico.

-Se ele tivesse morrido no caminho, eu teria te matado. - Eu o soltei, acusadoramente, aproximando meus lábios dos dele, dando-lhe um leve roçar com minha língua no piercing labial.

-Eu não sou aquele bicho. - Ele pegou minha língua e sua boca, começando a me devorar, agarrando meu queixo, cavando fundo com força e domínio, penetrando-me com sua língua, fazendo a minha e a dele colidirem cheias de saliva, esfregando-se contra o outro com desejo, pedindo desenfreada sexo e fora de controle. Tom apertou minhas coxas com as mãos, puxando meu corpo para mais perto dele. Eu queria esfregar minha virilha com a dele e deixá-lo saber
o quanto eu sentia falta dele. -Fecha a porta. - Ele suspirou, apalpando minha bunda sem nenhum escrúpulo.

-Não... Eu também tenho um presente para você. - Ele bufou, voltando a carga, enfiando as mãos
em minha calça, apertando ferozmente minhas nádegas.

-Pode esperar. - Apertei suas bochechas com uma mão, pressionando-as com meus dedos,
parando-o instantaneamente.

-Não, não pode esperar.

-Outra Boneca? Não quero outra Boneca de presente, amo a minha. - Ele fez uma careta com a boca
que me fez rir e deu-lhe um beijo suave na boca, mordendo-o por alguns segundos antes de se separar dele e sair do carro com o cachorrinho nos braços.

-Nunca te disseram que quando você quer, você é muito charmoso, Tomi?

-Não. Você já sabe que estou só com você, Boneca.

-Um cachorrinho, um cachorrinho, um cachorrinho! - As gêmeas pularam ao meu redor enquanto eu dava a ele a mamadeira com bico de borracha. O filhote começou a chupar e soltou um barulhinho parecido com uma tosse, mexendo um pouco.

-Não, não virado para cima, Bill. Vire-se para baixo se não quiser afogá-lo. - Foi incrível ver o Tom tão imerso no assunto, com tanta seriedade e ao mesmo tempo ternura no olhar observando o cachorrinho.
Aparentemente, não só eu gostava de animais. Imediatamente formei uma teoria quando coloquei o filhote de
bruços no meu colo e comecei a alimentá-lo na mamadeira. O cachorro de Tom era provavelmente o único que não tinha medo dele, que não entendia o quão perigoso ele era, que não fugia dele e que lhe fazia companhia quando seu pai não estava por perto. Seu único amigo verdadeiro, aquele que nunca o abandonou e o deixou sozinho. Tom deve ter sentido grande afeição pelos animais por esse motivo. Bastava olhar para os olhos brilhantes dele
observando o cachorrinho para perceber que o cachorrinho o estava deixando louco.

Eu queria abraçá-lo e fingir ser um labrador retriever para que ele pudesse me abraçar e me dar uma mamadeira... Hum, o duplo sentido de novo...

-Tom... - Mamãe deu um beijo na bochecha do meu irmão, passando os braços em volta dos ombros dele e o
abraçando de leve. -Você é um encanto, querido. - Tom sorriu como já havia sorrido para mim várias vezes, totalmente relaxado e calmo, sem forçar nada, apenas feliz.

-Nossa, é uma surpresa finalmente conhecê-lo, garoto. Não fui o único que pensou que não o veria de novo
quando você foi com seu pai para aquele casebre em Stuttgart. - Suspirei. Meu tio Bruno estava realmente louco agora, até cambaleando bem debaixo do meu nariz. - Ignorei-o como merda, concentrando-me no filhote que já estava com mais da metade de sua garrafa. -Acho que não teria te reconhecido se não tivesse te visto na rua. Comparado ao seu irmão você é muito mais... - Mordi o lábio, irritado. Mamãe olhou para o irmão, avisando-o.

-... Diferente. Eu suponho. - Tom nem olhou para ele, respondendo com relutância.

-Eu acho que você não tem ideia da sorte que você tem que o parentesco é quase imperceptível. - Ele começou a rir alto e eu franzi a testa levemente. Vadia fascista de merda...

-Claro, sou eu que tenho sorte de minha relação com você não ser notada. Não aguentaria ser apontado na rua e gritado, "Olha, sobrinho do patético aspirante a Hitler" - Tom, eu beijaria nossos corpos se não estivéssemos na frente de toda a família, senão, acredite em mim, Eu faria.

-Garoto... pirralho... - murmurou. Parecia prestes a cair de bruços sobre a mesa. Minha tia chegou na hora certa, agarrando-lhe o braço com firmeza para mantê-lo de pé.

-Você já me envergonhou bastante, Bruno. Vamos, querido, vamos embora. - Minha mãe foi atrás deles com uma expressão de claro desgosto no momento em que o cachorrinho terminava a mamadeira.

-Finalmente... - Levantei-me do sofá com o cachorrinho nos braços junto com o Tom. As gêmeas agarraram
minhas calças, puxando-me para trás para me sentar.

-Não, primo Bill. Deixe o cachorrinho Vamos brincar com ele!

-De jeito nenhum. Não é uma boneca Barbie, está vivo e tenho que cuidar dele. Agora ele tem que ir dormir
ou então vai morrer. - As gêmeas pareciam chocados com o que foi dito, levando as mãos à boca com medo.

-Leve-o para dormir, leve-o embora! Eu sorri, acariciando seus cabelos loiros com uma mão, fazendo uma careta para elas que os fez rir. -Boa noite, cachorrinho.

-Como elas são fofas. - Tom me olhou com uma sobrancelha erguida, com cara de Sério? Aparentemente, aquele comentário das meninas sobre, eu não quero chegar perto daquele homem, ele me assusta, ele tem
cobras na cabeça e parece mal, e se ele for o bicho-papão?, não caiu bem com ele. Para animá-lo pelo resto
da noite, eu cuidaria disso.

-Vamos, vamos, tenho uma coisa para te mostrar! - Puxei seu braço correndo escada acima, arrastando-o até
a porta do meu quarto com o cachorro nos braços.

-Tenho a sensação de que você vai cair de cara no chão e vai esmagar o pobre cachorro! - Eu mostrei minha língua parando na frente da sala e virando seriamente.

-Fecha os olhos..

-Que?

-Se você não fechar os olhos, vai estragar a surpresa. - Tom olhou para mim com desconfiança. -Que?

-É melhor não ser estranho.

-Estranho como o quê? - Ele fechou os olhos.

-Acho que me assustaria se te visse com um terno justo e um chicote na mão. - Sério. Engoli em seco, fingindo indignação quando abri a porta e comecei a empurrá-lo para dentro.

-Eu não devia ter comprado nada pra você, seu bicho!

-Na verdade não. Você não tem ideia da porra dos meus gostos. - Eu bati a porta. Larguei o cachorrinho na cesta, em cima dos cobertores, observando enquanto ele se virava entre eles com os olhos semicerrados e soltava uma
espécie de rosnado. Empurrei Tom para a cama, deixando-o deitado. -Oh, tudo bem! Um dom carnal é
outra coisa. - Eu ri, afastando-me dele e indo para a guitarra. Tom apoiou a cabeça nos braços, bocejando de novo. -Posso abrir os olhos agora ou esperar você tirar minha roupa?

-Você é estúpido.

-O que eu abro meus olhos? - Peguei w guitarra e sentei no chão em frente à cama, com a guitarra levantada,
oferecendo a ele. Eu estava nervoso, meu coração batendo forte

-Você pode abri-los agora. - E os abriu com aquele sorrisinho arrogante no rosto. Ele olhou para mim primeiro,
incerto, e então baixou a cabeça para a guitarra. Por alguns momentos, ele pareceu não reconhecer o que era,
embora estivesse bem debaixo de seu nariz. Ele franziu ligeiramente a testa, observando-a em silêncio, sem dizer
uma palavra, e então ficou completamente sério. -Tom...? - Murmurei. Ele não vacilou. -Tom? - Notei o movimento quando ele engolia a saliva. Eu mordi meu lábio. -Não gostou? - Tom estendeu a mão e
agarrou a guitarra do pescoço, arrancando-o dos meus braços. Ele a encarou, colocando-a em seu colo,
muito sério.

-Uma Gibson Les Paul. - Ele murmurou com uma voz sombria. -Série personalizada...

-Não gostou? Ou é outra coisa? Porque é uma guitarra, certo? Não é um baixo comprimido ruim nem nada, não é um ukulele ou algo assim, certo? - Tom suspirou, fechando os olhos por alguns segundos.

-É uma guitarra... uma maldita guitarra. - Pousou-o cuidadosamente no chão, com uma expressão muito séria no rosto, como se estivesse imitando a cara de um viúvo no dia do enterro de sua esposa.

-Uma guitarra. - Levantei-me do chão, ofegante e engolindo lágrimas de raiva e impotência. Eu me senti como um idiota completo. -Uma guitarra que você não quer.

-Não. Eu não a quero, não agora. - Engoli saliva. Minha garganta doía de vontade de chorar Maldito idiota, você poderia pelo menos ter me dito que gostou, você poderia mentir! O que me custou para obtê-lo e o desejo que tive de dar a ele com toda a ilusão do mundo para fazê-lo feliz. O desejo que eu tinha de vê-lo sorrir. Eu te odeio, seu idiota de merda, eu te odeio!

Virei as costas para ele, furioso e impotente, segurando as lágrimas patéticas. Eu só precisava começar a chorar e eu seria a porra do perdedor de plantão.

De repente, novamente me vi esmagado contra algo duro, novamente vi seus braços se fechando em volta do meu corpo, me esmagando, me encurralando. Minha bunda bateu na beirada da mesa e quase subi nela, assustado com a proximidade repentina de Tom, seu toque repentino em mim.

-Você me comprou uma porra de uma guitarra por 4000 euros, para mim. Um dos meus desejos mais desejados desde que eu era um pirralho de onze anos e você me pergunta se eu gostei?e você diz que eu não quero? Uma Gibson? Claro que não quero agora, amanhã vou experimentar a porra da guitarra e não largo até que as cordas se desgastem! O que eu quero é te foder, aqui e agora! Já! - Fiquei sem palavras, com os olhos arregalados e as lágrimas quase saltando, com o semblante de empanado e mórbido alterado quando um tapa, jogou
abruptamente tudo o que tinha sobre a escrivaninha. Os livros, as anotações, as canetas, a maquiagem,
tudo... até a tela do computador. Eu mal tive tempo de encontrar seus olhos antes que ele agarrasse
minhas coxas, pressionasse sua virilha contra a minha e devorasse minha boca... de novo.

Tão sujo, tão encharcado, tão imundo, tão mórbido... ele gostou. Ele gostou da guitarra, adorou, mas eu ainda era sua Boneca, sua favorita. E o presente foi a gota d'água, explodindo de desejo por sexo depois de apenas um fim de semana separados, viajando dentro da minha boca, dominando-a
com sua língua tão ansiosa quanto o resto de seu corpo que se esfregava em busca de sexo desenfreado contra o meu. Eu agarrei seus dreads, até mesmo dando puxões fortes que não o fizeram se mover nem um pouco.

Eu não me importava nem um pouco com as pessoas que estavam no primeiro andar naquele momento,
acho que não teria parado mesmo que Gordon tivesse batido na porta de novo ou mesmo minha própria
mãe tivesse entrado, nos encontrando em tal uma situação. Eu gostaria que ninguém aparecesse, porque nós não íamos parar até gozarmos como dois animais um sobre o outro.

Ele literalmente arrancou minhas roupas, rasgando o zíper da minha jaqueta com sua força bruta e
rasgando meus braços até meus pulsos. Ele amarrou-o bem apertado, sem tirar direito, deixando-me
com as mãos e os braços imobilizados nas costas. Comecei a ofegar e ofegar, olhando para o rosto dele enquanto tentava me libertar, sem sucesso. Tom riu maliciosamente da minha expressão assustada, agarrando meu queixo com o rosto bem próximo
ao meu, fazendo-me sentir sua respiração.

-Aquela carinha... aquela carinha de boneca... - Abri os lábios, mostrando-lhe a língua pedindo-lhe algo para saborear. Ele me ofereceu o dele, empurrando-o selvagemente em minha boca, seus lábios esmagando os meus. A maneira como ele fingiu penetração com a língua dentro da minha boca me fez lembrar como ele havia colocado seu pênis grosso em mim, como ele havia passado a língua para cima e para baixo, deixando minha saliva impregnada nela, como ele havia brincado. Senti um fio
de saliva escorrer dos meus lábios até o queixo enquanto Tom se afastava de mim, mordiscando e chupando-os. Ele puxou minha camisa para cima, deixando-a logo abaixo das minhas axilas, incapaz de tirá-la sem desamarrar minhas mãos.

-Ah!... Hum... - Ergui a cabeça em direção ao teto, encarando-o. Meu estômago se encheu de formigas
com uma sensação de formigamento que eu não sabia se chamava de irritante ou agradável, tremendamente chocante, me tirando o fôlego, que comecei a soltar em goles com os ombros encolhidos
e trêmulos, sentindo como ele mordiscava em meus mamilos e lambendo-os, chupando-os como se
fossem de caramelo e ele os beliscava, sentindo-os duros entre os dedos. Fechei os olhos com força e mordi o lábio. -Tom... eu senti sua falta... - Abri bem a boca, sentindo a mão dele queimando por baixo da minha calça, da minha cueca, me tocando. Eu estava instantaneamente duro contra sua mão

-Entendo... - ele zombou. Ele lambeu minha orelha, afundando seus dentes nela suavemente. Isso me derreteu inteiro. -Quantas vezes você se masturbou pensando em mim? - Ele beijou meu pescoço, despenteando meus cabelos com uma das mãos, sentindo como ele acariciava minha cabeça com os dedos e com sua outra mão começava a mexer suavemente em meu membro, bem macio.

-Muito Tom...

-Quantos são muitos? - Sua saliva escorreu pelo meu ombro, fazendo minha pele se arrepiar.

-Sete... - Murmurei, morrendo de prazer, abrindo mais as pernas para ele continuar. -Oito... contando
o de uma hora e meia atrás... no banheiro...

-Oito? A última uma hora atrás, com sua família aqui e você no banheiro... Se tocando, gritando meu nome... - Ele retirou a boca do meu pescoço, olhando para o meu rosto, finalmente se emocionando, querendo continuar. Sua mão saiu da minha ereção, desabotoando minha calça no processo, puxando-a até a metade para baixo o suficiente para que minha cueca boxer ficasse claramente visível. Ele acariciou meu abdômen com os dedos sobre minha virilha e se afastou, sorrindo. -Eu doze. Eu venci
você. - Sorri como uma idiota, corando, me sentindo envergonhado como raramente me senti na vida,
observando-o como uma idiota enquanto ele tirava o celular do bolso da calça e me mostrava a tela com
claro divertimento.

_O-o que tem...? Ah...Tom! - Eu gritei, olhando para a tela do celular. Ele não tinha uma foto de nenhuma gostosa em seu papel de parede, não, ele tinha que me fazer posar provocativamente para ele com as palavras Propriedade de Tom Kaulitz escritas claramente perto da minha virilha e ele me
mostrava e ria. - Delete isso!

-Claro... - Murmurou ele, virando o telefone, apontando a câmera para mim. - Depois de tirar uma
foto corretamente.

-Que!? De jeito nenhum! Não aponte isso para mim! Tire essa maldita câmera da minha cara! - Comecei a balançar a cabeça freneticamente, tentando evitar o olho da câmera e desamarrar minhas mãos. Quem pensaria nisso!? Se alguém visse aquela foto na porra do celular, pensaria que estávamos com tesão ou que eu era algum tipo de prostituta vigarista!

-Essa cara de boneca chateada não tem preço - Ele arrancaria meu braço com uma mordida. -Vamos, quero eternizar o momento! Assim, da próxima vez que eu sair e ver a foto, vou me lembrar do momento exato em que fiz isso com você e poderei aproveitar pensando em você

-Foda-se Tom!

-Sorria para a câmera e depois farei amor com você. -Abri os olhos surpreso e olhei para ele justamente
no momento em que a câmera disparou, captando minha imagem. Ele olhou para a foto em seu celular e sorriu. -Você é lindo. Uma boneca de verdade.

-Você disse para fazer amor? - Tom olhou para mim e encolheu os ombros imediatamente.

-Também se fala assim né?

-Sim, mas... - Eu me mexi, tentando libertar minhas mãos enquanto movia minhas pernas, tentando evitar que minha calça caísse mais do que já estava caindo tão desejeitademente que tropecei e caí no chão. Tom me agarrou de novo, pouco antes de eu quebrar meu nariz na mármore dura.

-Você vai se matar, eu sei. Um dia que você me perder, você vai cair de boca e engolir a ponta de um esfregão que vai passar pela sua garganta até sair pela nuca. - Eu olhei para ele com uma careta, tentando me desamarrar novamente. Tom riu de meus esforços, agarrando meus pulsos
para me impedir de me mexer nervosamente. -Deixa, vai ser muito mais divertido assim.

-Não. Você não pode me amarrar, não podemos fazer isso aqui.

-Você se masturba no banheiro e não aqui? Claro, podemos ir ao banheiro e fingir que tomamos banho enquanto o fazemos ou podemos..

-Tenho outro presente para você. - Eu o interrompi imediatamente. Tom ficou em silêncio. Ele olhou para a guitarra na cama e depois para mim, fixamente.

-Outro?

-Ah, uau. Achei que não havia jantares românticos.

-Não é um jantar romântico idiota. Chama-se intimidade. - Tom esfregou os lábios na minha bochecha,
separando-se de mim, tirando os braços dos meus ombros e caminhou nas sombras em direção à pilha de cobertores e lençóis que havia colocado no telhado, no chão, sob a noite estrelada. Eu estava nervoso, movendo as mãos um tanto histericamente, mexendo no meu
cabelo e acariciando meus braços.

Tom sentou-se nos cobertores grossos, esticando os braços.

-E o champanhe? Onde está o champanhe? Como vai me pedir em casamento sem champanhe, Boneca? - Mordi o lábio, envergonhado e me sentindo estúpido. Eu não deveria ter colocado aquelas velas ridículas em volta dos cobertores, muito cafona para ele. Estúpido demais, fui burro! -Tem cerveja, fumo e... O que é isso? - Ele ergueu uma garrafa e a balançou para que eu pudesse ver.

-Ah, é vodca. Eu só vi você beber cerveja e vodca de limão, então isso é tudo que eu trouxe.

-Não o suficiente para te deixar bravo, mas o suficiente para ser feliz... embora esta noite eu não precise disso para ser feliz. - Ele sorriu para mim e eu continuei olhando para ele absorto. Sem saber o que dizer, sem saber o que fazer. -Vai ficar aí a noite toda olhando pra mim? Quero compartilhar meu presente com você, senão não tem graça. - Respirei algumas vezes, anormalmente nervoso, excitado, chateado, com o coração acelerado, retumbando
no peito. Caminhei em direção a ele em um ritmo lento até que eu estava na frente dele, olhando para ele de cima. -Não quer está comigo?

-Que?

-Parece que sim pelo jeito que você se move e como fica parado como um pau sem ousar se aproximar.

-C-claro que eu quero... Eu quero... Eu quero... - Os olhos de Tom brilharam de pura malícia, jogando o corpo para trás, apoiando-se nos braços.

-Estar comigo. Que você quer? - Ele balançou a cabeça, apontando para a direita, dando tapinhas no local ao lado dele. -Eu também.

Meu coração pulou uma batida. Eu tive que balançar minha cabeça freneticamente antes de literalmente me jogar contra as cobertas, de cabeça para baixo, ao lado dele.

-Que ansioso, Boneca.

-Cale-se. Fica por minha conta. - Eu faço o que eu quero com ele.

-Seu presente? Você me deu isso.

-Mas eu consegui.

-Mas é para mim. - Fiquei calado, sentando-me e desenhando as pernas, envolvendo-as com os braços. A primeira coisa que fiz foi pegar o maço de tabaco, cortesia do meu tio Bruno, e acendi um cigarro, levando-o aos lábios. Tom literalmente arrancou o pacote de mim assim que dei minha primeira tragada, me imitando.

Levantei minha cabeça para o céu parcialmente nublado, mas com o luar atingindo as nuvens cheias, fazendo-as parecer estranhas e bonitas ao mesmo tempo

-Era esse o seu plano, o seu dom? Subir aqui para ver as estrelas enquanto nos ferramos? - Eu balancei a cabeça fracamente. Agora era a hora em que ele ria e zombava. -Seria muito melhor com um fogão ao lado, mas não é ruim. - Olhei para ele, visivelmente surpreso com o que ouvi.

-Achei que você não ia gostar e ia achar brega.

-Não se confunda. É brega, mas eu não me importo. Está tudo bem, eu acho, porque a intenção é a certa.

-Você está tentando flertar comigo? - Brinquei. Tom olhou para mim com uma sobrancelha levantada.

-Eu já ganhei, por que eu faria isso? - Ele riu e eu fiz uma careta. Ele estava certo, ele tinha vencido completamente. Outra baforada e soprei a fumaça pela boca. -Nunca parei para ver as estrelas.

-Nunca?

-Nunca. São lindos, brilhantes. Tanto que tocam minha moral.

-Porque? Elas são apenas estrelas.

-Sim, e eles brilham com luz própria... e isso me dá nojo. - As poucas estrelas que conseguíamos ver brilhavam como vaga-lumes nos olhos de Tom. Eles eram mais bonitos refletidos em seus olhos do que no firmamento do céu.

-Como foi sua volta para casa? Que tal nosso... pai? - Eu sempre tentei não falar muito sobre isso, não enfatizar
aquelas palavras-chave que me lembravam que éramos irmãos, mas por um momento, eu não sabia o que dizer.

-O velho? - Tom chupou o filtro, segurando a fumaça. -Não sei. Não o vi. - E o expulsou.

-Porque não? Já que você estava indo para lá, poderia ter feito uma visita a ele. É seu pai, certo? - Ele riu com
diversão incorporada em sua voz. Droga, ele era lindo quando sorria.

-Não é por isso. Fui para casa por alguns segundos para pegar algumas roupas, mas como sempre, não havia ninguém. - Senti um calafrio subir e descer pelas minhas costas. Ninguém? Não havia ninguém esperando por Tom em casa? Nem para ver como ele estava? Para perguntar a ele como ele estava indo em sua nova casa? Para dizer a ele o quanto ele havia crescido? Aquelas coisas que as tias ou avós costumam dizer quando você vai visitá-las depois de tanto tempo apertando suas bochechas. Aquelas coisas que se repetiam sempre que você as via e das quais, sem elas, você sentiria que algo não estava certo.

-Ninguém, Tom? Não havia ninguém? - Murmurei baixinho, com um nó na garganta. Tom balançou a cabeça,
sem pensar muito.

-Ninguém está me esperando lá, talvez porque ninguém me queira por perto. Apenas a cadela que uivou quando
me viu. - Sério. -Ninguém está me esperando lá. - E deu outra tragada profunda. Observei seu perfil enquanto a fumaça subia de sua boca e enchia o ar. Sua expressão de indiferença absoluta, seus
olhos desumanos, não deixando ver nenhum sentimento vivo por trás deles.

-Você quer que eu fique? Eu, aqui, na sua casa, com você?

-Não quer? Eu sim. - Aproximei-me de sua boca com ar insinuante, sem ao menos perceber. Meu corpo e minha cabeça apenas reagiram dessa forma tendo-o por perto. Dei uma tragada no cigarro e soprei a fumaça em seu rosto. Ele nem se mexeu. -Eu adoraria que você ficasse comigo.

-Se eu voltei para esta merda de cidade, é por sua causa, seu pedaço de gato. - Eu sorri, balançando a cabeça.

-Bem, fique então. Ou prefere voltar para lá? - Tom girou suas pupilas lentamente, pensando. De repente ele caiu para trás nas cobertas, com o rosto para cima olhando o céu.

-Minha casa está cheia de merda, esta está limpa e cheira a flores silvestres e quando estamos sozinhos, a sêmen. Em Stuttgart, meu hobby favorito era levar meu pau para passear e enfiá-lo na primeira estranha com os seios no lugar certo que eu pegasse ao meu redor. Lá toda vez. Isso me deixa puto, saindo pra rua já tenho sete cuzões atrás de mim querendo briga, a única coisa que me acalma quando fico puto. Mas aqui ninguém me segue quando eu saio, ninguém me ataca. Gosto da comida da tua mãe, embora não saiba o nome de metade das coisas que ponho na boca. Gosto do cheiro de roupa limpa, gosto do espaço, gosto do meu quarto. Eu amo minha nova guitarra. Eu amo foder minha Boneca o tempo todo, sem parar, sentindo a bunda dela me apertando ou comendo a boca dela, eu amo mas... - Eu sorri, lambendo meus lábios sem tirar os olhos
dele. Eu meio que deitei de bruços, apoiando um braço em seu peito para me manter ereto, olhando em seus olhos.

-Mas?

-O que vou fazer quando ficar muito chateado e não tiver nada para bater? O que mais me irrita aqui é não poder brigar com ninguém, não poder bater em ninguém até a morte, bater em qualquer idiota que cruzar meu caminho porque não tenho motivos para bater em ninguém, então o que eu faço? Não ter nada para quebrar me deixa louco. Para que diabos eu uso minhas mãos então?

-Foda-se Tom, esse é o seu dilema? Não tem ninguém para bater?

-Sim! - Eu queria rir. Ele era um maldito psicopata que acabaria me estuprando e devorando os corpos de pessoas inocentes... A menos que ele tivesse a mim para controlá-lo.

O cigarro quase queimou meus dedos quando foi consumido. Eu o esmaguei contra o chão do telhado, suspirando, e deitei ao lado dele nas cobertas, olhando para o céu.

-Você poderia usar suas mãos para me tocar.

-Tocar em você?

-Quando você ficar com raiva, em vez de fechar o punho, estenda a mão e me toque. - Tom virou as cobertas para olhar para mim, virando a cabeça para mim. -Vou te acalmar. - Não importa quantas namoradas ele teve em sua vida, não importa o quanto eu era apaixonado por Natalie, foi a primeira vez que ele sentiu que eu, eu e só eu era o mundo inteiro para uma pessoa. Seus olhos brilhavam, brilhando, encarando os meus com o olhar mais calmo que eu já tinha visto, calmo, em paz.

Ele estendeu o braço para mim, passando-o por baixo do meu pescoço para que eu descansasse minha cabeça nele e me aconchegasse contra seu corpo. Ele acariciou meu pescoço com a ponta dos dedos, de cima a baixo, sem tirar os olhos de mim.

-Então?

-Sim... - Eu suspirei contra sua boca.

-Não funciona. Eu não me sinto mais calmo.

-Só funciona quando você está com raiva.

-E quem disse que não estou com raiva agora?

-Você não está com raiva.

-E então como estou? - Eu não respondi. O que eu iria dizer? Espero que ele esteja tão afim de mim quanto eu estou afim de dele. Lambi meus lábios, balançando a cabeça fracamente e pressionei minha boca contra a dele gentilmente, sem querer ir mais fundo, mas Tom foi minha ruína e imediatamente senti seus lábios se moverem possessivamente contra os meus, tomando mais e mais de mim, absorvendo tudo de mim, corpo com as mãos, passeando-as à vontade por dentro da roupa, da camisa, das costas arrepiando os cabelos, puxando-os para cima, tirando-os e deitando-se delicadamente sobre os cobertores. deitado em cima de mim...

-Tom...

-Cale a boca não diga nada. - Ele me ordenou com um tom de voz que parecia tudo menos uma ordem. -Eu mudei de ideia. -Murmurou. Ele me beijou duas vezes na boca e começou descer com a boca entreaberta pelo meu corpo. Eu me deixei, meu corpo flácido nas cobertas. Sua língua caminhava com total controle sobre meu peito. Suas mãos agarraram meus braços e os prenderam em ambos os lados do meu corpo, impedindo-me de agarrar seus dreads, sem nenhuma intenção de me deixar escapar. Eu me mexi inquieto quando senti sua boca passar pelo meu abdômen, delineando-o com a língua e descendo, descendo... ele começou a desabotoar minha calça, começou a puxar minha boxer para baixo...

-Tom... - Meu coração ia sair pela boca. Amassei as cobertas entre meus dedos, tremendo ao sentir suas

mãos em minhas pernas, separando-as uma vez que ele me deixou nu e excitado para ele, totalmente à sua mercê. Senti sua respiração na ponta do meu pênis e estremeci todo. -Tom, agora tudo bem... Faça, o que você quiser

fazer comigo, como quiser, mas faça comigo agora! - Fechei os olhos com força, esperando, com o corpo trêmulo. Senti como Tom se moveu entre minhas pernas e algo gelado caiu em meu peito, me dando arrepios.

-Neve... - Murmurou.

-Sem neve? - Meus dentes batiam de frio. Abri os olhos e encontrei o céu escuro e nublado impregnado de

estrelinhas que caíam no chão, brancas e resplandecentes, geladas, bem devagar. -Está ne-ne-nevando... - Não sei o que me surpreendeu quando no inverno era a coisa mais normal do mundo nevar ali, em toda a Alemanha onde se chegava facilmente a vinte graus abaixo de zero. Eu não gostava do frio, mas sempre gostei de ver os flocos de neve caindo do céu, assim. Não gostava de brincar com a neve, só de vê-la cair na superfície da terra, como naquele momento.

O frio começou a diminuir, a ir embora quando Tom jogou um dos cobertores em cima de mim e me abraçou, apenas me abraçou por trás, me fazendo encostar o corpo em seu peito e ele apoiou o queixo em meu ombro.

-Vamos para o quarto. Não seria divertido ver você se metamorfosear em um cubo de gelo e já começar a ficar azul... - Ele sussurrou. Curvei meu pescoço, sentindo arrepios de sua respiração gelada roçando minha pele.

-Eu não quero ir agora... - Tom me puxou para cima.

-Boneca...

-Não. Não posso estar com você na sala tão calma como agora. - Me mexi um pouco, querendo voltar para a

atmosfera de alguns minutos atrás, deitado tão calmo olhando para o céu.

-Eu vou para o seu quarto.

-Você vai? - Ele começou a me arrastar até a porta da casa, meio em seus braços. -Quando?

-Agora. Eu não me importo com as pessoas que você chama de família, eu não dou a mínima para eles. - Fiquei

pendurado em seu pescoço, caminhando descalço até a porta. Isso me lembrou do nosso primeiro

encontro, o frio, a nudez, a excitação, o desejo de mais... -Vou te foder como eu quiser.

Frio na barriga, rubor, calor, felicidade e vontade de que as coisas fossem sempre assim, com o Tom ao meu lado me gerenciando a seu gosto. Natalie era coisa do passado. Já estava muito claro para mim o que acabou

acontecendo. Ótimo, filho da puta. Eu tinha me metido no maior problema da minha vida.

E eu não dava a mínima desde que o tivesse ao meu lado e ele me penetrasse sempre que eu quisesse, até eu explodir com aquela sensação anormal que havia me domado completamente.

Aquele sentimento que era estúpido até mesmo de expressar.

-Tom...

-Que?

-Apresse-se e faça isso comigo com força. E agora. Eu quero você agora.

Eu quero você agora...
______________________________________
Obrigado por te me ajudado nesse capítulo KauannyRodrigues075. Votem 🌟! Até a próxima, beijinhos 💞💕

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