Acordei com o sol entrando pela janela, por uma fresta grande que o encontro entre as duas partes da cortina deixava e além disso, eu estava com frio... e duro. Sim, eu estava duro, desde ontem, quando Louis chegou em casa, se recusou a assistir o Jornal das 7 comigo, e disse que ia direto para o banho, pois estava com dor de cabeça.
Eu o odeio por usar este tipo de desculpa estúpida para não transar, ou para não ter que minimamente lidar comigo. Eu não contei a ele do meu dia no departamento do FBI, mas ele sabe que aceitei o trabalho por fim, e preferiu ter este tipo de reação idiota comigo.
Eu ainda tenho pelo menos uma hora antes de ter que oficialmente me levantar com o som estridente do despertador, mas já não tenho sono. O lugar ao meu lado na cama está vazio e eu bufo audivelmente, batendo minhas mãos ao lado do meu corpo em frustração, fazendo um barulho contra os lençóis.
Me levanto já que dormir não se tornou uma opção, e me dirijo irritado ao banheiro para minha higiene matinal, antes de ir tomar o meu café.
Entretanto, assim que chego na cozinha, acreditando que estaria sozinho, já que achava que Louis sairia rapidamente para me evitar novamente, tenho a surpresa de encontrá-lo.
Ele está parado em frente ao balcão da cozinha, com uma caneca fumegante em uma mão, inclinado sobre algo que parece ser uma planta dessas de engenharia, enquanto um cigarro é consumido pela brasa ao estar repousado no cinzeiro ao lado do grande papel. Ele parece concentrado, com a mão livre apoiada no móvel para sustentar seu peso inclinado e com um leve vinco entre as sobrancelhas.
Uma luz entra pela janela da cozinha e brilha sobre ele, que está com o dorso nu, e usando apenas uma calça de moletom cinza, deixando a sua pele bronzeada ainda mais vistosa, e seus músculos dos ombros mais marcados pela posição de força sobre o braço. Eu poderia ficar ali assistindo-o a manhã toda. Às vezes ainda demoro a acreditar que ele é meu, mesmo depois de quase 10 anos juntos. Louis é a tradução da perfeição para mim.
Ele não parece notar a minha presença, e aproveito para ainda apreciá-lo por um tempo, até que ele levante os olhos azuis do papel e me encare, parado junto ao batente da porta o olhando. Eu sorrio, mas ele não sorri de volta, apenas retorna os olhos para o balcão para ler algo na planta. Eu reviro os meus olhos enquanto desencosto meu corpo de onde estava, e vou até ele.
- O que está deixando meu homem tão concentrado ao ponto de nem poder me dar um bom dia? - Pergunto quase em um sussurro bem próximo a ele, e sinto seu corpo tencionar e vejo a pele dele responder imediatamente com um arrepio. Vejo os cabelos perto da nuca se arrepiarem. Sorrio com as reações do corpo dele a mim, mesmo que ele esteja tentando me dar alguma espécie de "gelo".
- Eu preciso apresentar um projeto hoje para um solução para um problema na rede pluvial - Ele responde secamente
- interessante... Eu também estou precisando de uma solução para um problema - Eu digo maliciosamente ainda mais perto do ouvido dele e passo meu corpo junto ao dele, para que ele sinta que estou duro e desejando ele dentro de mim desesperadamente. Ele estremece.
Vejo Louis erguer o corpo consertando a postura e fechando o olho. Sei que neste momento está ocorrendo um debate em sua mente, entre o lado que defende manter o gelo e o lado que deseja fazer tudo o que estou insinuando. Por isso, como defesa ele prefere não se mover, ficando parado como uma estátua.
Mas eu não estou disposto a desistir, e por isso me aproximo mais, apertando meu peitoral contra as suas costas e quase colando minha boca em seu ouvido, de modo que ele possa sentir minha respiração e todo o calor do meu corpo.
- Eu acho que você é o único que pode resolver isso agora - sussurro baixo - Você vai negar uma ajuda ao seu marido?
De surpresa, Louis passa seu braço pela minha cintura, e em um segundo estou sobre o balcão, onde ele me coloca com força após me erguer. Eu abro minhas pernas para que ele possa se encaixar entre elas, e logo nossos peitorais estão colados. Eu arfo com o movimento.
- Você quer me deixar louco? - Ele pergunta me olhando diretamente com os olhos azuis e as pupilas dilatadas
- Se isso for necessário para ter você entre as minhas pernas agora - Eu respondo segurando suas bochechas com as minhas mãos e lambendo de leve seu lábio inferior.
- Você ainda vai me deixar louco, Harry. Você sabe como fazer isso.
- Sei? - Pergunto fingindo inocência, na mesma hora que passo minhas pernas pela sua cintura e as uso para trazer Louis mais contra mim, aproximando mais nossos quadris, sentindo como ele está com a minha provocação.
- Você sabe que tudo o que eu faço, você é razão? Todas as coisas que faço são pela veneração que tenho por você? - Ele diz de forma exagerada, embora pareça sério e eu dou risada do descomedimento do que ele fala, mas resolvo entrar na pilha.- Você é a porra de um Deus perfeito e gostoso pra caralho, Harry.
- Então me tenha agora. Tenha a porra de um Deus na sua mão agora, me venere como eu mereço, Louis. - Estas são as minhas últimas palavras antes dele mergulhar na minha boca desesperado e com desejo.
Em segundos, abaixo sua calça de moletom sem desprender os nossos lábios e ele busca o cós da minha boxer com urgência, me deixando despido sobre a bancada. Ele vai descendo os beijos pelo meu pescoço, passando pela minha clavícula e gastando um tempo em meu mamilo, onde lambe com força. Estou com as minhas mãos enfiadas em seus cabelos e não consigo segurar um gemido enquanto jogo minha cabeça para trás, assim que ele morde o meu bico e gasta um tempo ali. Ele sabe o quanto esta parte é sensível para mim.
Ele continua descendo os beijos e lambidas pelo meu corpo, explorando cada centímetro como se eu ainda fosse uma terra inexplorada, como se ele não conhecesse cada espaço antes. Assim que ele alcança meu membro, ele lambe a fenda e eu sinto que vou vir a qualquer momento caso ele faça oral em mim.
- Você é a minha perdição, Harry - Ele fala novamente, mas dessa vez ofegante.
- Então me fode logo, porque eu não quero mais nenhuma preliminar - Digo a ele, puxando seu cabelo para trás, afastando seu rosto da minha virilha para que encare o meu rosto falando sério e ele ofega.
Eu solto seu cabelo apenas para ele cuspir em seu membro espalhando a saliva por ali. Ele segura seu membro pela base com a destra, enquanto que com a mão esquerda ele puxa meu corpo para mais perto da beirada do balcão, encostando logo a sua glande na minha entrada.
- Sem preparo? Certeza? - Ele questiona pouco antes, mas eu já não ligo porque meu corpo está todo ardendo de vontade
- Sim
- Isso vai doer - É tudo o que ele diz antes de enfiar todo o seu membro em mim.
Eu dou um grito baixo de dor, mas eu não consigo não sentir prazer na dor e aquilo de alguma forma me excita ainda mais, e apenas viro meus olhos em prazer e ardência que faz até os meus dedos do pé se contorcerem. Dói para um caralho e mesmo assim, eu gosto.
Louis espera um pouco para que eu possa me acostumar ao seu comprimento antes de se mover, mas logo que percebe que eu não prendo mais a respiração, ele começa com movimentos lentos contra a minha entrada. Eu gemo com prazer e este é o sinal que ele esperava.
Ele se retira todo um pouco, apenas para entrar novamente com força, acertando a minha próstata, e eu não consigo segurar um grito seco, enquanto ele geme com o rosto contra o meu pescoço e a mão me segurando pela cintura. Os movimentos então se tornam intensos e Louis não economiza nas estocadas que acertam todas em minha próstata. É como se ele já soubesse o caminho certo para lá.
Ainda com o rosto enfiado em meu pescoço e suas mãos em minha cintura, Louis para um pouco de estocar e geme ao me sentir apertado seu membro. Eu tento rebolar um pouco, o que o parece deixar ainda mais necessitado. Eu uso minhas unhas para arranhar as suas costas enquanto ele chupa minha pele, sabendo que vai me deixar marcado.
Rapidamente eu sinto que já estou lá, e Louis volta a se mover, e mantém um ritmo perfeito de estocadas, enquanto aperta a carne da minha cintura com os dedos com força. Eu não consigo gemer baixo, precisando a voltar meus braços sobre seus ombros para me sustentar diante da força que ele faz contra o meu corpo. Os meus gemidos e os de Louis são uma sinfonia complementar. Eu vejo sua testa suar, mas mesmo assim, ele não diminui o ritmo. Ele desce uma de suas mãos da minha cintura para a minha coxa, e com força, acerta meu ponto forte novamente.
- Lo-Lou... Eu vou gozar - Eu tento dizer entre os gemidos. Isto parece ainda atiçar mais a ele, que dá mais uma estocada com força.
- Vem Harry.. Vem pra mim, babe - Ele diz com o maxilar travado
Mais três estocadas e eu me desmancho sobre o seu abdômen.
Me vendo gozar, Louis também não se segura, e sinto ele vindo dentro de mim, com a respiração ofegante e uma película de suor cobrindo sua testa, ombros e peitoral.
Eu tento regular a minha respiração e meu coração que parece que vai sair da minha caixa torácica. Louis não parece muito diferente e demora ainda um tempo para sair de dentro de mim. Meu corpo está todo relaxado e não sei se consigo me mover e descer daquele balcão.
- Sexo de reconciliação é sempre o melhor - eu falo jogando minhas costas para trás que encontra o balcão já que pareço não conseguir sustentar o peso do meu próprio corpo, ainda mantendo as pernas abertas com o Louis dentro de mim.
- Eu odeio você, Harry - Louis diz apoiando os braços no balcão ao lado do meu corpo para sair de mim com calma. Até ele saindo me causa prazer e eu arfo assim que ele se retira todo.
- Até a pouco tempo eu era venerado e agora me odeia? - eu rio sarcasticamente, mas sem olhar para ele, já que estou deitado escornado sobre o balcão, com o rosto voltado para o teto e ele ainda se mantém em pé a frente do balcão a minha frente, sem se mover, apoiando os braços no móvel e tentando acalmar a respiração.
- Eu te odeio porque tudo que eu consigo fazer é te venerar como a porra de um Deus que tem todo o controle sobre minha vida, ações e meu destino. Você sabe que tudo o que eu faço é por você, Harry?
- Você já disse isso hoje - Eu ainda estou sorrindo com as hipérboles do Louis - Seu Deus agora quer um banho. Vem, me pega no colo e me leva para o banheiro agora.
Ele apenas sorri malicioso e sacode a cabeça negatiamente enquanto pasa os braços para me carregar.
***
Não sei como, mas eu consegui tomar um banho rápido, me arrumar e chegar ainda a tempo na agência. Embora ainda seja cedo, o movimento já é frenético no primeiro andar.
Esta noite o Serial Killer não atuou, mas ainda temos 24 homicídios para investigar.
Já se passaram 3 dias do assassinato de Alison, e ainda não temos os principais pontos da investigação definidos. Não sabemos a motivação, não sabemos como é a escolha e o motivo da escolha das vítimas.
Sendo bem sincero, não sabemos nada ainda além do que nos parece bem óbvio. Esperava ter pelo menos alguma coisa para trabalhar, mas tudo o que o FBI e a polícia de Chicago têm são aquelas informações que podem ser vistas por qualquer pessoa, até mesmo uma criança de 5 anos (que não ficasse traumatizada com corpos abertos e sangue para todo lado, obviamente).
Todo dia neste departamento, enquanto ficamos olhando para o mural com fotos das vítimas que mais parecem um prato de macarrão a bolonhesa de tão violadas, é como se a contagem regressiva para a próxima morte acelerasse e estivéssemos sentados na arquibancada esperando o palhaço aparecer no picadeiro para um mais dos seus espetáculos de horror.
- Porra! - Liam dá um soco na mesa de reunião irritado. Instantaneamente eu e Thomas que estávamos sentados por perto, nos assustamos tendo um movimento de retrair o corpo em reflexo - Como ele pode estar abaixo do nosso radar? Esse cara só pode estar querendo foder comigo!
Entre todos nós, notoriamente Liam é o mais irritado, já que toda a investigação está sob sua liderança e não temos nada, nem mesmo a rota de fuga. Como uma pessoa vestida com uma roupa de palhaço macabra, carregando uma arma de corte com potencial de partir ossos pode sumir sem ninguém saber?
Apenas sabemos que ele usa uma roupa de arlequim porque algumas câmeras de segurança de vizinhança pegaram parte das ações. Mas não toda ação, porque ele parece conhecer os pontos cegos para agir sem ser realmente pego. E então, após ferir brutalmente a vítima ele simplesmente some. Não há nenhuma pista sobre seu paradeiro, ele não foge pelas ruas, nem pelos telhados, nem pelos quintais das vizinhanças. Ele simplesmente some.
A principal teoria é que ele se utiliza da rede de esgoto para fugir, mas tudo ainda é inconclusivo pela ausência de pistas. Se ele entra pela rede de esgoto, por onde ele sai? Como ninguém vê um cara com algum porte para cometer essas atrocidades sair de algum bueiro ou cano?
Estamos em 2022, Chicago é uma megalópole e tem câmeras de segurança por todo lado, como nada substancial é capturado?
- Acalma-se, Payno - Eu tento falar qualquer coisa, como se essas palavras fossem ter algum efeito em qualquer pessoa que está afogando em litros de sangue. Na verdade, 120 litros de sangue, já que cada ser humano possui 5 litros de líquido vermelho rodando por suas veias e artérias, e já são 24 pessoas que sangraram até se esvaziarem completamente.
- Onde eu estou deixando escapar, Harry? Onde está a merda da ponta que a gente não consegue pegar nesse quebra-cabeça?
- O trabalho não é tão simples assim. Os psicopatas são geralmente associados a pessoas inteligentes, o que não é uma verdade, mas também não é uma total mentira. Porque na verdade, a ausência das chamadas emoções morais faz com que o psicopata consiga canalizar todas as suas observações e sua atenção às ações práticas, e por isso, ele consegue ter uma capacidade de pensar em detalhes com frieza. Além disso, a ausência de culpa o faz agir como qualquer pessoa comum imediatamente após cometer essa atrocidade, sem que levante qualquer suspeita. Ele pode naturalmente arrancar costelas e pulmões de uma pessoa, se lavar e chegar em casa e abraçar seus filhos e comprar uma pizza para jantar com a esposa.
- Mas ele é marido de quem? Ele mata essas pessoas por quê? - Liam passa a mão irritado pelo rosto, puxando um pouco a pele das bochechas para baixo na medida que sua mão se abaixa em direção ao queixo, e depois sobem até seu topete. Sua pele já está vermelha pela força empregada contra si mesmo.
- Thomas, você pode buscar algo para o Liam, quem sabe um chá? - Eu peço gentilmente ao detetive, que até então nos observava. Assim que o moreno corpulento sai da sala, volto meus olhos para Payne - Ainda vamos pegar ele. Não se preocupe.
- Não pegá-lo não é uma opção, Harry.
Olhando para o meu amigo irritado, talvez eu precise mudar um pouco a abordagem. Deixá-lo mergulhar nessa confusão emocional não vai facilitar em nada o trabalho.
Como investigador, ele não pode se envolver emocionalmente com o caso. As emoções são uma forma de ópio do cérebro, que se utilizam delas para externar algo que é incômodo para si. O envolvimento emocional é incapacitante para a análise prática, e não preciso deixar Liam entrar nesse espiral.
- Você já conversou com o Zayn? - Eu pergunto e ele parece me olhar surpreso, franzindo o cenho em confusão com a mudança repentina de assunto.
- O que você está falando? - Liam afasta a mão que segurava o próprio rosto ao se virar para mim
- Eu vi que vocês estavam juntos quando foram lá em casa me chamar. Mas pareciam bem frios e imparciais, como se fossem apenas colegas na investigação - Eu me levanto me aproximando dele. Ele está sentado na ponta da mesa de reunião, olhando para o mural à frente, e eu repito sua posição, ficando do lado dele, encostado na mesma mesa e olhando para a mesma direção. - Vocês conseguiram conversar sobre vocês?
- Não existe "nós", Harry. Não existe qualquer plural entre eu e o Zayn. - Liam me responde resoluto - E você não pode me culpar por isso.
- E você não pode culpá-lo por isso também. Você escolheu seguir para a academia do FBI e deixar para trás os planos de namorados do ensino médio.
- A gente não sabe nada durante o ensino médio.
- Eu sabia que amava o Louis e ele sabia que me amava.
- Eu amava Zayn, mas eu não estaria feliz. Ser Federal era o meu verdadeiro sonho.
- Você amava mais ser um Federal do que amava o Zayn - eu falo firme, mas de forma tranquila
- Eu tinha uma escolha de Sofia, Harry. Mas ele quem escolheu ficar.
- Agora você é um Federal, e está aqui. Ainda dá para conversar com ele - Eu digo sorrindo e piscando.
Eu, Louis, Liam, Zayn e Niall sempre estudamos juntos desde o jardim de infância, passando pelo ensino fundamental e médio. Apenas nos desgrudamos quando fomos para a faculdade. Eu e Louis fomos morar juntos, pois já namorávamos desde nossos 16 anos, Niall foi para a faculdade de Jornalismo, Zayn ingressou para a polícia de Chicago e Liam foi para Virgínia ingressar e concluir sua formação como agente do FBI.
Durante todo o ensino médio, assim como eu e Louis, Liam e Zayn namoravam e faziam vários planos juntos.
Desde cedo todos sabiam a sua missão profissional, ao contrário das missões na vida pessoal. Louis era do Clube de Matemática, foi campeão das olimpíadas intercolegiais da matéria e ingressou em todo tipo de grupo de exatas, como um típico nerd, só que gostoso e descolado.
Niall já era do grêmio, participava do jornal do colégio, era fotógrafo do anuário, um típico garoto comunicativo e muito popular. Na verdade, ele que ligava o nosso grupo à realidade do ensino médio, já que se dependêssemos dos outros quatro, seríamos eternamente a nossa única panelinha. Ele sabia das fofocas, festas e nos colocava a par de tudo. Não podia ter escolhido outra profissão diferente.
Já Liam e Zayn gastavam horas de suas adolescências assistindo filmes policiais e de investigação. Devem ter zerado todas as séries do tipo em todos os serviços de streaming e aquelas que precisavam de pirataria para acesso. O plano de ambos era ingressar para a academia da Polícia de Chicago e se tornarem investigadores.
Porém, Liam acabou por mudar seus planos aos 45 minutos do segundo tempo, e no nosso baile de formatura contou ao Zayn que iria para a Academia do FBI, longe de Chicago, e localizado perto da cidade de Quântico, na Virginia. Eles terminaram naquela noite, e Liam partiu uma semana depois do seu aniversário de 18 anos, deixando Zayn sozinho e vivendo o sonho do ingresso no Curso de Formação de Policiais de Chicago sem o namorado de anos.
Nunca imaginei que nos encontraríamos juntos novamente como nos tempos de escola, mas ao que indica, um serial killer era a pessoa cujo destino iria usar para unir novamente nosso grupo.
- Eu não sei, Harry... - Liam não parece certo quanto a possibilidade de ainda se resolver com o Zayn
- Eu vou marcar uma reunião com os cinco lá em casa. Vai ser uma boa oportunidade para relembrar os bons tempos colegiais, e quem sabe, vocês dois tenham algum tempo para conversar longe de toda essa loucura - Eu digo apontando para o quadro à nossa frente.
Dizem que quando olhamos demais para uma imagem grotesca, ela vai perdendo o impacto, e é exatamente assim que me sinto, quando estou dando conselhos amorosos e combinando um happy hour a frente de mais de 40 fotos de pessoas mutiladas.
Antes que Liam tenha tempo de pensar ou negar, somos interrompidos pelo retorno de Thomas à sala. Entretanto, ao contrário do que eu esperava, ele não retornou à sala com uma xícara de chá calmante para o Liam, mas com uma pasta parda na mão.
- Chefe... - ele entra chamando nossa atenção - Desculpa interromper a conversa, mas saiu o relatório da perícia legal e autópsia da Alison. Descobrimos exatamente a arma usada.
- Ótimo! - Liam se coloca de pé, esticando a mão em direção ao detetive para alcançar a pasta.
- Foi usada uma faca no abdômen e pescoço dela, que causaram as primeiras hemorragias, quando ela se sentiu fraca pela perda de sangue rápida na jugular, e então o W utilizou um Machado, provavelmente de lâmina 4,5. Por isso, ele conseguiu quebrar os ossos com facilidade.
Enquanto Liam abria a pasta para ver as informações que Thomas descrevia, eu me espichei para ver tudo sobre os ombros dele. Obviamente em breve eu teria acesso à mesma pasta, já que essas informações são essenciais para a minha pesquisa, mas eu não conseguia segurar a minha própria curiosidade para ver junto do Payne.
Mas não foram as informações sobre a perícia que chamaram minha atenção, assim que coloquei meu olhos sobre a ficha que cobria a primeira página do relatório.
Assim que me estiquei e li os dados pessoais da garota, que até então não tinha me atentado, percebi que lá estava escrito: "Filiação: Celeste Thompson e Alex Thompson".
- Ei! Eu conheço o pai dela! - Eu digo chamando a atenção dos outros para mim - Esse é aquele canibal preso no Hospital Psiquiátrico Forense que eu entrevistei durante minha pesquisa de mestrado.
- Alex Thompson? - Liam pergunta arqueando as sobrancelhas - Eu lembro dele! Ele foi preso aqui em Chicago tentando copiar o modo de atuação de um outro canibal famoso!
- Exatamente - Eu concordei puxando a pasta para mim e falando um pouco mais alto e agudo do que realmente desejava, mal controlando a mim mesmo, por saber que essa informação poderia ser um ponto relevante - Esse cara é um escroto, ele tentou me machucar quando eu estava trabalhando no caso dele lá no hospital. - Então eu paro e olho para Liam - Eu sinto que esta pode ser uma informação importante. Seria muita coincidência um serial killer matar a filha de outro serial.
- Com certeza deve ter algo relevante nisso - Liam concorda.
- Precisamos voltar lá no Hospital Psiquiátrico agora. A gente precisa falar com ele urgentemente. - Eu completo encarando os olhos escuros do meu amigo.
***
E ai? o que estão achando?
Acho que ainda estou esquentando! Não desistam de mim! E por favor, não esqueçam de votar! Beijos