Captain Park | Chaesoo (ABO)

By clarasenju

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Park Chaeyoung, mais conhecida como Capitã Park, é uma alfa lúpus completamente séria, um pouco grosseira e d... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24 (Jenlisa)
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31(Jenlisa/Satzu)
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38 (Jenlisa)
Capítulo 39 (Satzu)
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44 (Jenlisa)
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Epílogo
Capítulo Extra
Capítulo Extra 2
Capítulo Extra 3

Capítulo 20

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By clarasenju

Aqui estou eu, mais uma vez.

Link do discord no mural do meu perfil, é um meio de nos comunicarmos e etcetera.

Stream na lenda, bebês!

Park Chaeyoung

Eu realmente não queria soltá-la, se ela aceitasse ir embora comigo, eu nem ligaria de ir.

Beijo seu rosto diversas vezes, Jisoo coloca a mão em meu rosto e me dá um rápido selinho, só isso foi o suficiente para eu soltar diversos suspiros apaixonados.

Puxei a cadeira para que ela sentasse e também me sentei ao seu lado, ainda fiquei olhando para Jisoo admirando cada detalhe dela, esse corte ficou tão lindo nela, valeu a pena ter gastado quase 500 dólares.

Gastaria todo meu dinheiro com ela sem problemas nenhum.

— Você é muito linda, Jisoo. — Eu tombei a cabeça para o lado e sorri.

— Para com isso. — Ela murmurou baixo dando-me um sorriso tímido enquanto suas bochechas ficavam avermelhadas.

— Cadê a Lisa? — Jennie perguntou sentando-se ao lado da irmã.

— Ah, ela disse que ia conversar com algumas-

— Jennie Kim! — Lisa falou e logo puxou uma cadeira sentando-se ao seu lado.

Ela fez uma expressão surpresa, balançou a cabeça positivamente e por fim sorriu.

— Você está muito linda. — Ela deu aquele sorriso grande que só ela sabe dar e Jennie negou com a cabeça enquanto ria com a mão na frente do rosto.

Eu não vou tentar entender a relação delas.

— Capitã, como a senhora pode ser tão mal educada?

— Do que está falando, Soojin? — Perguntei com o cenho franzido.

— Como, do quê? Esqueceu de apresentar a senhorita Park. — Tzuyu apontou para Joy.

Eu fiquei tão enfeitiçada com Jisoo que até esqueci dela.

— É verdade, me desculpe. — Eu disse olhando para Joy que tinha expressão estranha no rosto. — Jisoo, essa é Park Sooyoung, aquela da minha antiga Divisão que falei ontem. — Jisoo assentiu olhando-a. — Ela gosta que a chamem de Joy, Joy essa é Park Jisoo, minha esposa.

— É um prazer conhecê-la. — Ela disse estendendo a mão em direção a Jisoo.

— Eu queria poder dizer o mesmo. — Jisoo falou baixo, só eu ouvi. — É um prazer também. — Elas apertaram as mãos.

Jisoo ainda deu um sorriso.

Como pode ser tão falsa?

— Acho que já vou indo.

— Ah, que isso, está cedo! — Chaeyoung disse.

— É, fique mais um pouco. — Lisa disse também entrando na onda delas. — Ainda não ouvimos suas histórias em Taiwan.

— Outro dia eu conto, agora eu realmente tenho que ir. — Joy levantou-se pegando sua bolsa. — Te vejo em nossa reunião, ChaeChae. — Eu até fiz menção em levantar para talvez abraçá-la, mas Jisoo forçou meu ombro para baixo.

Tá bom...

— Certo, até. — Ela virou-se e saiu.

— Que reunião? — Todas perguntaram ao mesmo tempo.

Todas.

Eu olhei para elas com o cenho enrugado.

— Párdon?

— Eu não gostei dela. — Jisoo falou cruzando os braços.

— Muito menos nós. — A Quinta Divisão disse ao mesmo tempo.

— Que isso, gente, ela não fez nada.

— Mas bem que queria, não é? — Jennie perguntou.

— Não, claro que não! Somos amigas, nada além disso. — Jisoo revirou os olhos.

(...)

Depois que Joy foi embora, não demoramos muito para virmos também, e como tudo acabou? Simplesmente, Jennie e Lisa quase se matando de novo.

Como isso ocorreu? Nem eu mesma entendi, quando olhamos para elas, Jennie e Lisa estavam discutindo do lado de fora do bar e eu nem quis buscar entender o que aconteceu, estou tão cansada, só queria minha cama mesmo.

Eu tomei um banho rápido e logo deitei para dormir.

Não era novidade para mim que Joy nutria sentimentos por mim, inclusive eu também tinha uma certa queda por ela, mas talvez seja porque ela era a ômega que eu mais tinha contato, sendo assim uma coisa levou a outra. Só que eu não podia fazer isso, decerto eu poderia começar a nutrir sentimentos mais fortes por ela e ela também, ocasionando então a minha vontade em terminar meu noivado.

Claro que eu não ia conseguir isso, e acho que mesmo querendo, eu não iria contra meu pai e avô.

Ah, eu não sei...

Se bem que no momento exato em que vi Jisoo, eu já senti algo diferente e eu nem fazia ideia de quem era ela, apenas senti.

O dia amanheceu e eu estava prestes a levantar quando Jisoo colocou os braços em volta de meu pescoço, ela começou a me apertar com força, não que estivesse me sufocando ou algo do tipo, mas seu aperto era forte.

Seu corpo também tremia, parecia suar frio e ela também fechava os olhos fortemente.

— Jisoo, eu preciso ir. — Segurei sua cintura e tentei afastá-la de mim. — Hey... — Mexi em seus cabelos. — Amor, me solta, eu tenho que ir. — Jisoo não me soltou, ela apertou mais ainda meu pescoço e veio para meu colo.

Respirei fundo.

Eram 06h20AM, eu tinha que fazê-la me soltar antes das 07h30AM.

Eu tentei de tudo, mas ela não me soltou, eu ainda não tinha entendido exatamente o que estava acontecendo, então estava prestes a perder a paciência que tinha, mas através de seu cheiro era nítido que ela estava com medo de algo.

Com certeza havia tido um pesadelo, bem que ela estava muito agitada essa noite...

Também por eu tê-la mordido, eu consigo saber o que ela está sentindo, por isso não me deixei ser dominada pela impaciência nem nada do tipo.

Ela é minha ômega, nós alfas somos naturalmente super protetores com nossos ômegas, sendo assim, eu não posso dar mais motivos para ela ficar assim.

Eu decidi me render ao sono que eu ainda sentia e dormi com ela em meu colo mesmo, acordei de novo 09h35AM.

— Jisoo? — Balancei levemente seu corpo. — Eu preciso tomar banho.

— Eu não quero que você vá. — Ela murmurou em meu pescoço.

— Eu juro que vou só tomar banho. — Mesmo que eu quisesse ir, já passou da hora há muito tempo.

Jisoo pareceu um pouco insegura e incerta, mas afrouxou seu aperto e eu a coloquei em nossa cama.

— Quando eu sair, você vem.

Eu fechei a porta, liguei a torneira e joguei água em meu rosto.

Por que será que ela está assim?

(...)

Jisoo saiu do banheiro já vestida com calça moletom e um casaco, a temperatura caiu drasticamente, até eu estava com esses trajes. Ela logo veio e agarrou meu pescoço de novo.

— Ok...

Eu a segurei exatamente no estilo noiva e fomos para o andar debaixo, Jisoo colocou os braços em volta de meu pescoço, ela é bem leve para mim, sendo assim não vi problema em ficar com ela assim.

Conseguia apoiá-la até mesmo em uma só mão.

Eu fiz menção em deixá-la no sofá e ela não quis me soltar, simplesmente se agarrou mais à mim, deixei escapar um suspiro, mas não a soltei.

Com ela em meu colo, eu tive que fazer tudo.

Colocar a cama do Dante para dentro, como está frio, eu prefiro deixá-lo aqui nesses tempos, embora a garagem seja fechada. Também coloquei sua água e ração.

Para fazer nosso café da manhã, foi um pouco complicado, mas eu também consegui e eu tive que dar tudo em sua boca.

Sentei na cadeira em frente à mesa, ficava revezando entre lhe dar o café e as outras coisas de comer, como pão e algumas frutas que tinham aqui em casa. Eu também estava comendo enquanto ela continuava apoiada em meu peito e com um olhar cabisbaixo.

Que droga essa mulher sonhou?

Eu coloquei tudo na lava louça, porque não conseguiria lavar normalmente na pia com Jisoo em meu colo.

Falando nela, ela pareceu dormir depois de comer, eu meio que puxei o sofá deixando-o como uma cama e me deitei com ela entre minhas pernas, então liguei a televisão, Dante subiu no sofá também e ficou deitado com o queixo apoiado em nossas pernas.

Eu fiquei fazendo carinho no topo de sua cabeça.

Os dois seres mais importantes da minha vida praticamente dormindo em meu colo.

Peguei meu telefone para enviar mensagem para as meninas.

"Não pude ir hoje, Jisoo não quer me soltar."

"Ué, como assim?" Tzuyu perguntou.

"Nem eu sei exatamente... Só treinem aquelas táticas e depois das 2PM estão liberadas. Lisa, você está no comando hoje."

"Certo."

Que isso gente?

"Nenhuma piada hoje?"

"Não."

"O que rolou?"

"Ela ainda está afetada por ontem, e nós também não sabemos o que aconteceu, mas foi feio." Soojin disse.

"Parem de falar como se eu não estivesse aqui."

"Então nos conte." Chaeyoung pediu.

"Não."

"Então vai à merda!" Tzuyu disse e eu tive que rir.

Jisoo apenas cochilou em meu colo, com o início da tarde, eu tive que fazer o almoço também, só que dessa vezes eu não poderia fazer com ela em meus braços.

Eu tentei levantar e ela logo grudou em mim de novo.

— Tudo bem, mas você pode ficar nas minhas costas? É que você no meu colo é difícil fazer alguma coisa. — Ela concordou.

Eu me sentei na ponta do sofá, ela colocou os braços em volta do meu pescoço e entrelaçou as pernas em minha cintura.

Com a Jisoo igual a bebê coala em minhas costas, eu comecei a preparar as coisas para fazer o almoço.

Claro que ela não me incomodou em nada, eu nem sentiria ela em meus ombros se não fosse por ela estar se mexendo ao se ajeitar. Eu fiz lasanha, enquanto fazia o molho, eu pegava um pouco na colher e levava até sua boca para saber se estava aprovado, Jisoo apenas assentia.

Mais uma vez, eu tive que levar tudo até a boca dela, não estou reclamando, realmente não ligo de estar cuidando da minha esposa assim e cuidarei de novo quando for preciso. Mais uma vez coloquei tudo na lava louças, subi as escadas para ir até o banheiro para nossa higiene bucal e ela quem escovou os próprios dentes.

Ficamos alguns bons longos minutos em nosso quarto, eu estava quase dormindo de novo, ainda mais que a chuva caia fortemente e isso me dava mais sono ainda.

Foi aí que eu lembrei do pedido da Coronel, pedido não, ordem.

Com Jisoo em meu colo, eu fui até meu escritório, para entrar precisa da senha ou pode destrancá-la com minha digital e com minha voz.

— Você disse que ela destranca com sua digital.

— E voz. — Eu coloquei minha mão, o dispositivo analisou e logo destravou a porta. — Mas eu não gosto de destravar com minha voz. — Ela riu.

Eu coloquei a opção de adicionar mais uma digital e o dispositivo pediu que colocasse a mão para a nova digital de salva. Segurei seu pulso da mão direita, abri sua mão e a coloquei lá, logo ele fez toda uma análise e a digital dela foi salva.

— Agora você pode abrir também. — Eu bati a porta trancando-a e coloquei sua mão no dispositivo que logo autorizou e destravou.

Nós entramos em meu escritório, eu fechei a porta atrás de mim, fui até minha mesa e sentei-me na cadeira, Jisoo logo ajeitou-se em meu colo.

Liguei o computador e esperei pacientemente pela inicialização do sistema.

— Você tem um violão. — Ela apontou.

— É, meu melhor amigo me ensinou a tocar violão, mas faz tempo que não o faço, talvez tenha perdido o jeito. — Eu disse me aproximando do computador.

Coloquei a senha.

Abri meus e-mails e lá estava o relatório da nossa missão, aquela depois do meu casamento com Jisoo.

— O que é isso?

— É o relatório da missão que fiz depois que nos casamos. — Eu respondi, no mouse eu desci um pouco a tela.

Eu já sabia de tudo o que tinha acontecido, então desci para ver as fotos que foram tiradas do local por alguns agentes.

As fotos dos dois e de toda a quadrilha sendo presa, também haviam fotos dos dois locais, os cadáveres sendo recolhidos, alguns veículos e armas jogadas pelos chão.

Armas...

Cliquei em uma das fotos que mostrava algumas dela no chão, dei um leve zoom e franzi o cenho.

Minimizei a aba e abri o aplicativo do quartel.

— O que foi? — Jisoo perguntou.

— Espere um momento.

Coloquei todos meus dados e fui até a opção de controle do armazém.

Liguei meu telefone e enviei uma mensagem, logo fui respondida com um enorme código de acesso.

— Por que você tem acesso a isso?

— A partir da terceira geração de militares em uma família, ela obtém uma insígnia e a família começa a ser respeitada e conhecida no meio militar, sendo assim, gera a confiança do país com aquela família e até mesmo do próprio quartel. — Expliquei. — Essa é a insígnia dos Park's. — Apontei para a imagem da águia.

— Isso quer significar algo diretamente falando?

— Não exatamente, só que a família é bem influente e tem a confiança do país, em casos de guerra, seríamos convocados para dar nossa opinião em relação a posicionamentos e outras coisas, inclusive em caso de proteção a Primeira Ministra em outro país talvez, poderíamos ser solicitados. — Ela assentiu entendendo. — Por termos confiança de todo o exército no país, eu tenho acesso ao armazém de armas do meu quartel, cada batalhão tem um integrante de uma família influente e com isso o acesso é passado para ele.

— Entendi.

— A Coronel pediu para eu mandar um relatório, só que tem algo me incomodando.

— Como assim? O que está te incomodando?

— Lembra quando eu disse que eu e Joy aprontávamos no quartel? — Ela revirou os olhos, mas concordou. — Por conta disso, eu acabava tomando muita punição e castigos, um desses castigos era arrumar todas as armas do quartel em classificações e também ficar registrando tudo. — Eu disse. — De tanto vê-las passei a perceber uma coisa.

— O quê? — Jisoo perguntou e eu apontei. — O que é isso?

— São códigos, todas as armas que recebemos tem esses códigos.

Afastei um pouco a cadeira e me levantei indo até a parede pegar uma arma, peguei um fuzil qualquer e sentei-me de novo.

— Está vendo? — Apontei. — Aqui acima do gatilho? — Jisoo negou. Segurei seu dedo e passei por ali. — Conseguiu sentir como se tivesse algo escrito?

— Sim, parece uma combinação aleatória.

— E é. — Eu o coloquei em cima da minha mesa. — Eu o ganhei após minha formatura como Tenente, a Coronel quem me deu e é era do nosso armazém. — Levantei de novo pegando um parecido. — Coloque o dedo acima do gatilho dessa. — Jisoo o fez.

— Não tem nada.

— Exato, nem todos os soldados podem usar suas armas fora do quartel, principalmente os novatos e mais novos. — Peguei uma chave de fenda, tirei o cartucho e a coloquei na dentro, logo um pequeno chip caiu. — Todas têm um chip de identificação, quando o soldado a pega, ele entrega sua identificação e eles registram que a arma está com ele, para que o soldado continue com ela, ele meio que faz uma renovação a cada catorze dias. — A ômega assentiu entendendo.

— Alguém da Quinta Divisão usa a arma do quartel?

— Apenas a Chaeyoung, quando ela for promovida, eu a presentearei com uma própria. As outras três não usam, Soojin mesmo fui eu quem presenteei ela, consigo um preço melhor por elas por causa da família Park.

— Entendi, mas ainda não entendi exatamente aonde você quer chegar.

Eu voltei para a aba do relatório.

— Você não consegue ver, mas aqui acima do gatilho há alguns códigos. — Apontei para a tela.

Era uma das armas daquele dia, eu bem que tinha achado elas familiares.

— Esses códigos significam alguma coisa?

— São combinações aleatórias, mas é através delas que sabemos que está vindo de nosso fornecedor geral, é tipo o símbolo deles, só quem realmente trabalha nessa área tem conhecimento disso.

— Os soldados sabem que você tem acesso ao controle do arsenal do quartel? — Neguei.

— Não, só a Coronel e ela também tem acesso, é tipo uma coroa passada de pai para filho nas família influentes, meu pai quem me passou o acesso, mas continuamente a senha é trocada. Essas armas, — Apontei mais uma vez. — tem exatamente a marca dos nossos fornecedores.

Olhei as informações do arsenal atual do quartel.

— Tem alguma coisa errada. — Peguei meu walkie-talkie. — Sargento Chou e Seo, na escuta?

— Estamos aqui.

— Vão até o armazém, contem as armas e me enviem as informações.

— Sim, senhora!

Aqui está dizendo que o último carregamento de armas foi há cinco semanas atrás, meu casamento foi há cinco semanas atrás também. Tínhamos em nosso arsenal antes do recebimento, 11 fuzis e 9 pistolas, agora saíram de lá para cá 20 fuzis de assalto, 15 pistolas, algumas granadas e bombas fumaças.

Então devemos ter um total de 31 fuzis e 24 pistolas, certo?

Nós temos acesso as informações do mandante, ou seja, temos a exata quantidade de carga que mandaram e quando passam pela porta do armazém, o chip é detectado e logo é registrado no sistema.

No computador consta que nosso arsenal atualmente conta com 19 fuzis e 12 pistolas, boa parte está em uso pelos soldados.

— Capitã Park?

— Estou ouvindo.

— Há 31 fuzis e 24 pistolas.

— Obrigado, Sargento. — Respirei fundo.

Isso não faz sentido.

Aqui está dizendo ter menos e lá ter mais.

A menos que...

— Isso não pode estar acontecendo, estão desviando armas do quartel.

— Como? O carregamento bate com a quantidade.

— Bate sim, mas não consta no sistema. — Eu disse. — O chip quando passa pela porta, logo é registrado, essas armas não são de nossos fornecedores, por isso não estão aparecendo aqui. — Indiquei com o mouse. — Deveria estar escrito 31 fuzis e 24 pistolas, somando com as que já tínhamos, mas aqui está dizendo que temos 19 fuzis e 12 pistolas. — Respirei fundo. — Estão desviando e repondo, talvez com réplicas ou armas defeituosas, por isso tivemos um carregamento maior em pouco tempo, muitos soldados estavam reclamando de suas armas estarem falhando.

Então foi por isso.

Eu tenho que descobrir quem está fazendo esses desvios, preciso investigar, felizmente ninguém sabe dessa informação se não a pessoa pode escapar.

(...)

Decidi enviar o relatório para a Coronel como ela pediu, claro que sem dizer nada do que descobrimos.

Agora estamos na sala novamente, Jisoo ainda continua grudada em mim como um filhote de coala.

— Por que só viu isso agora? — Ela perguntou e eu a olhei.

Eu me senti na obrigação de rir.

— Está mesmo me perguntando isso? — Perguntei sarcástica. — Bem, eu não tive tempo para olhar nada, sempre que eu chegava em casa eu tinha você, então não poderia simplesmente descer para o escritório.

— Poderia sim se quisesse. — Franzi o cenho. — Não gosta de dizer que seu trabalho é sua prioridade? Está insinuando que eu tirei seu foco? — Começou.

Eu suspirei pesadamente.

— É, mesmo Jisoo? De fato, talvez ele realmente deveria ser, assim quem sabe eu teria descoberto isso mais cedo e já estaria tudo resolvido.

Jisoo ergueu o corpo, mas ainda sem tirar os braços do meu pescoço.

—Está querendo dizer que eu atrapalhei você? — Eu revirei os olhos e bufei.

— Você não me atrapalhou.

— Tem razão, Chaeyoung. — Ela disse. — Eu quem te arrastei para viajarmos, depois você ficou doente porque eu fui embora, você tem se atrasado um pouco para o trabalho e, como você disse, quando você chega você tem a obrigação de me dar atenção.

— Hey, não coloque palavras na minha boca! Eu nunca disse isso! — Jisoo me empurrou e saiu de meu colo. — Park Jisoo. — A chamei.

— Quer saber? Não permita mais que eu tire seu foco, aproveite que vou para a Coréia e se afogue em trabalho!

Ela não está dizendo isso...

— Não preciso dizer para você fazer dele sua prioridade, você já faz isso por conta própria! — Ela gritou.

— Faço? Se eu fizesse, acha mesmo que eu me atrasaria como nos últimos dias? Te levaria para ficar comigo? Óbvio que não, eu teria deixado você aqui para ficar 100% focada, porque você rouba minha atenção.

— Roubo mesmo? Então porque eu tive que ir embora para você falar que não vai mais dar tanta atenção ao trabalho?

— Porque eu aprendi com meu erro, antes não me doía e doeu, portanto não quero mais sentir essa dor! — Eu gritei de volta, anteriormente eu estava em um tom normal, mas não dá para continuar com isso. — E outra, eu fiquei aqui com você!

— E mesmo assim foi olhar assuntos do trabalho!

— Mas eu estava com você! Eu cuidei de você! Faltei por você e nem um "obrigado" você me deu!

— Dá próxima vez, não se incomode! Use sua voz de alfa e me faça largá-la, assim não terá que faltar droga nenhuma! — Ela gritou.

— Talvez eu faça isso mesmo, obrigado pela ideia incrível, Park Jisoo! — Eu gritei.

— Você é uma idiota! — Jisoo começou a subir as escadas e eu a segui.

— Atualize sua lista de xingamentos, eu ouvi isso outro dia!

Ela parou em nossa porta e olhou para mim com o rosto todo molhado pelas lágrimas.

— Eu me arrependo de ter casado com você e se pudesse, nunca teria casado!

— Oh, que coincidência, eu também me arrependo de ter casado com você!

Jisoo deu um grito e bateu a porta com força.

Eu fui até lá e tentei abrir a porta, mas ela trancou.

— Abre essa porta, Jisoo. — Eu pedi entre os dentes. — Eu não vou pedir de novo.

Dante que estava atrás de mim o tempo todo, começou a meio que arranhar a porta enquanto chorava.

Ouvi a porta ser destrancada, ele passou e quando eu ia passar, ela fechou de novo.

Na minha cara.

— Dante, seu traidorzinho.

Se eu quiser, eu posso muito bem derrubar essa porta ou quebrar essa maçaneta.

Desci as escadas pisando forte, cocei a nuca pelo nervosismo que passava pelo meu corpo e um raio cortou o céu, logo veio o estrondo.

— Que ela não seja como a Kate. — Murmurei, sentando-me no sofá enquanto batia o pé no chão. — Por que eu me importo? Eu não vou pedir desculpas, ela quem começou. — Cruzei os braços bufando de raiva. — A culpa é toda dela, ela foi idiota primeiro.

Eu não vou pedir desculpas.

Continuei naquele dilema por longos minutos, a chuva caía fortemente e os trovões estavam bem altos, eu conseguia sentir a energia dela, ela estava chorando, estava triste e provavelmente também me sentia com raiva.

Por que ela está assim hoje? Foi ela quem começou e do nada, ainda falou que eu disse coisas que eu não disse.

E outra, por que isso está me incomodando? Por que eu me importo com ela estar triste sendo que foi culpa dela isso tudo?

Eu quis gritar em uma almofada ou simplesmente destruir alguma coisa para descontar toda minha raiva, eu precisava sumir com aquele sentimento logo. Eu senti meus olhos acenderem e uma certa angustia dentro de mim, uma angustia que só crescia.

Ela não vai abrir a porta para me ouvir.

Por que eu me casei com uma ômega tão complicada?

Eu bufei pela décima vez e me levantei, eu nunca pensei que teria que fazer isso, mas espero que reproduzir a cena daquele filme me ajude.

Desci até meu escritório, olhei para o violão e o peguei, fazia tempo que eu não tocava, entretanto eu jamais esqueceria os acordes da primeira música que consegui tocar por completo.

Passei os dedos pelas cordas, estavam um pouco desafinado, felizmente eu sei afiná-lo.

Com ele em minhas mãos, eu subi as escadas novamente e me sentei encostada na porta.

Comecei a passar o dedo pelas cordas enquanto colocava os outros nas casas do violão.

Encostei a cabeça na porta e suspirei.

Será que ômegas gostam de coisas clichês?

Bem, de qualquer forma, não há como se tivesse alguma volta.

— When I was younger I saw, my daddy cry and curse at the wind. — Comecei a cantar. — He broke his own heart and I watched, as he tried to reassemble it and my momma swore that she would never let herself forget and that was the day that I promised i'd never sing of love if it does not exist.

Quando eu era mais jovem eu vi
Meu pai chorar e xingar o vento
Ele partiu seu próprio coração e eu assisti
Enquanto ele tentava juntar os pedaços
E a minha mãe jurou que ela
Nunca mais se permitiria esquecer
E foi nesse dia que eu prometi
Que eu nunca cantaria sobre amor se ele não existisse

Virei o rosto encostada na porta.

— But, darling, you are the only exception.

Mas, querida
Você é a única exceção

Se isso não estiver funcionando, eu vou me achar a maior trouxa do mundo.

Maybe I know, somewhere deep in my soul, that love never lasts... — É, tinha um pingo de verdade na letra. — And we've got to find other ways to make it alone or keep a straight face and I've always lived like this. — Antes de você... — Keeping a comfortable distance and up until now I had sworn to myself, that I'm content with loneliness because none of it was ever worth the risk.

Talvez eu saiba, em algum lugar
Bem lá no fundo da minha alma, que o amor nunca dura
E temos que achar outras maneiras
De permanecermos sozinhos ou fingir estar feliz
E eu sempre vivi assim
Mantendo uma distância confortável
E até agora eu tinha jurado a mim mesma
Que eu estava satisfeita com a solidão
Porque nada disso algum dia valeu o risco

Well, you are the only exception... — Quem eu quero enganar? — You are the only exception, You are the only exception, You are the only exception.

— Vai embora, eu não quero ver você. — Ouvi-a dizer lá dentro e eu soltei uma risada nasal enquanto negava com a cabeça.

Que ideia idiota, mas vale o risco.

— E, se... — Engoli. — E se você abrir a porta de olhinhos fechados? — Mordi o lábio enquanto continuava a melodia no violão.

Vai Jisoo, abre a porta.

Eu ouvi seus passos no carpete, logo a fechadura ser destrancada, eu levantei e vi Jisoo abrir a porta com a mão nos olhos e uma feição emburrada.

Jisoo voltou para a cama e eu entrei em nosso quarto, assim que entrei, Dante pulou da cama e saiu deixando-nos a sós. Ela deitou de barriga para baixo e com o braço na frente dos olhos, Jisoo estava deitada em meu travesseiro, eu me aproximei e sentei-me ao seu lado.

— I've got a tight grip on reality, but I can't let go of what's in front of me here... — Por que eu sinto que estou tentando esconder algo? — I know you're leaving in the morning, when you wake up, leave me with some kind of proof it's not a dream, whoa

Eu tenho muita noção de realidade, mas eu não consigo
Deixar o que está bem na minha frente partir
Eu sei que você estará partindo quando acordar de manhã
Me deixe com algum tipo de prova de que isso não é um sonho

— You are the only exception. — Ela é a única que eu tenho medo de perder. — You are the only exception. — Ela é a única que me faz ir contra meu orgulho. — You are the only exception. — Ela é a única que virá na frente de tudo e todos. — You are the only exception

Você é a única exceção
Você é a única exceção
Você é a única exceção
Você é a única exceção

— And I'm on my way to believing

E eu estou prestes a acreditar

Continuei a tocar as cordas mesmo que a música já tenha acabado, aos poucos fui parando enquanto a olhava.

Deixei o violão ali no canto e mexi em seus cabelos.

Obrigado pela ideia, Disney.

Ela tirou a mão da frente do rosto e abriu os olhos, aqueles castanhos que eu mais amava no mundo, seus olhos estavam um pouco vermelhos também por ela ter chorado.

— Amor, me perdoa, eu não quero ficar assim com você. — Eu disse, mesmo que não tenha sido minha culpa a princípio.

— Você disse que se arrepende de ter casado comigo. — Ela começou a chorar de novo no meio da fala e eu logo a puxei para meu colo.

Quem falou primeiro?

Se eu perguntar isso, ela vai chorar mais ainda.

Eu sei que não deveria ser assim, mas seu drama e manha estão querendo me fazer rir.

— Você se arrepende? — Eu neguei com a cabeça.

Jisoo estava com o queixo em meu ombro e os braços em volta de meu pescoço.

— Não, amor. — Beijo seu rosto. — Claro que não. — Jisoo se afasta um pouco para me encarar. — Você foi a melhor coisa que me aconteceu e eu não me arrependo de ter casado com você.

Ela fez um beicinho e olhou para baixo.

— Eu sonhei que você me deixava e não voltava mais. — Ah, então foi por isso o grude de hoje. — Eu gritava por você, mas você não me ouvia ou se ouvia, estava me ignorando. — Eu coloquei uma mecha atrás de sua orelha. — Você me deixou sozinha, Chaeyoung, você me abandonou. — Ela mais uma vez deitou em meu ombro e eu abracei sua cintura.

— Amor, é mais fácil você me deixar. — Eu disse querendo rir.

Jisoo apoiou sua testa na minha e eu fiquei olhando em seus olhos.

— Eu nunca vou te deixar, ok? — Beijei sua testa. — Eu nunca vou te trocar e eu nunca a deixarei sozinha.

— Você promete? — Perguntou com aquele beicinho.

Suas bochechas estavam até um pouco gordinhas.

— Eu prometo.

— De dedinho? — Ela perguntou olhando em meus olhos e eu assenti.

— De dedinho. — Levantei o dedo e ela os entrelaçou.

Selamos uma promessa.

Essa mulher está me deixando estupidamente boba e idiota.

É talvez eu tenha percebido que não tem escapatória e nem meios de esconder.

Eu amo você, Park Jisoo...

FIM DO CAPÍTULO

Esse capítulo foi aquele que eu mais imaginei acontecendo KKKKKKKK ele ta muito cuti-cuti, mas não será only love.

Captain Park será adaptada para Siyoon, uhul!

Mais uma vez, servidor no Discord para vocês interagirem comigo, link no mural.

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