╭── ⋅ ⋅ ── 29. Corações pertencentes ── ⋅ ⋅ ──╮
Sarah's Point Of View
Retirei o capacete da minha cabeça e coloquei ele no banco de couro, no momento em que pisei no Complexo, tirei minhas botas de salto e me joguei em cima da Wanda que estava deitada no sofá.
Wanda: Tu pesa, criatura.
Eu: Eu nunca mais vou em missão com salto. Eles são o cúmulo do meu ódio!
Natasha: Eu avisei que não era uma boa ideia. Se bem que salto é bom quando tem que chutar a cara de um idiota.
Wanda: Ou bunda. - rimos juntas, sentei melhor no sofá olhando fixamente pra TV. - rastro de Rumlow?
Eu: Nadinha de nada. Mas estou sentindo que isso vai acabar logo, logo. - levantei indo até Nat e pegando a barra de cereal que ela comia.
Natasha: Sua vaca. - corri pro corredor mais estreito do Complexo antes que ela viesse atrás de mim.
Desviei meu olhar pra frente no momento em que meu corpo foi de encontro com um poste, quase cai no chão se não fosse os seus braços me segurando antes do impacto.
Eu: Olha pra onde anda. - reclamei voltando a ficar em pé.
Steve: Eu estava. Mas você, aparentemente, não. - revirei os olhos.
17 dias sem nenhum contanto visual direito, nenhuma palavra sequer trocada, pra quando acontecesse, fosse num esbarrão onde nós nos respondemos com uma super gentileza. Desde o Natal, eu evitei Steve de todas as formas, o que foi bem difícil pois o quarto dele fica ao lado do meu. Graças à Deus a Sharon Carter não deu as caras aqui no Complexo, pois no final de uma noite natalina, eu apenas respondi suas perguntas desinteressantes com um carão bem dado.
Sim, eu explodi igual uma bomba só que não nos braços de Steve, e sim no colo de Natasha, Wanda e Pepper que tentaram amenizar as minhas lágrimas com compras e até uma moto.
Posso parecer dramática e mimada, mas foram meses que se passaram desde Jacob, eu tendo Steve sempre ao meu lado ouvindo suas palavras de carinho, amor e apoio para mim. Ou foi o que eu pensava.
Steve: Sarah, nós precisamos conversar. - falou com tanta convicção, que minha cara de deboche foi o que ele recebeu. - é sério.
Eu: Não temos nada pra conversar, Rogers. Tudo foi bem esclarecido no Natal.
Steve: Não, não foi. Eu queria explicar o que aconteceu lá.
Eu: Explica, Steve, explica. Porque na minha perspectiva estava claro que vocês se beijaram. E pra ela ter voltado por você depois de tanto tempo, isso significa que você continuou mantendo contato com ela e criando expectativas.
Steve: Eu nunca dei! Sim, eu conversava com ela por mensagem, mas deixava bem claro que estava com você. - cruzei meus braços, esperando ele prosseguir com a explicação. - ela e Romanoff estavam brigando, eu não queria que elas acabassem numa luta então decidir dá um fim nisso.
Eu: Com a língua dela na sua?
Steve: Nós nem nos beijamos direito, aquilo nem pode ser considerado um beijo. Foi contra a minha vontade.
Eu: Hum, ata. - dei as costas, começando a andar.
Steve: Por que diabos você não para de insistir que eu estou falando mentira? Estou sendo sincero. Estou cansado de passar horas tentando cruzar pelo menos os nossos olhares e nada. Eu estou apaixonado por você, Sarah. E é horrível saber que a mulher por quem eu estou, me evita todos os santos dias e até sai por uma semana em missão pra não esbarrar comigo.
Eu: Não... Fale... Que está apaixonado por mim.
Steve: Eu estou, estou apaixonado. - ele segurou meu antebraço, segundos depois ele já estava no chão comigo por cima dele. - Sarah... - meus olhos se encheram de água ao perceber que os deles também.
Eu: Não! Não vou chorar por causa de Sharon Carter! Agente 13, mimada e ganhou tudo por causa daquele sobrenome de merda, enquanto eu corria atrás dos meus objetivos. Quem é Sharon na fila dos meus problemas? Não vou me rebaixar pra uma mulher que com um estalar de dedos meus, morre, seu coração congela e se destrói em pedacinhos. - falei mais pra mim mesma, saindo de cima de Steve e voltando a andar. - você teve meu coração em mãos, fez o que quisesse com ele e agora tem que lidar com as consequências.
Apressei meus passos até o meu quarto, corri pro banheiro antes que eu começasse a chorar no meio do corredor e não conseguisse chegar ao meu destino. Entrando no box, deixei as lágrimas caírem quando senti a água batendo na minha pele fazendo arder cada ferimento da minha pele. Mas não chorei apenas pela ardência, foi pela dor que se estalou no meu peito.
Desde que eu era jovem, nunca liguei para romances e nem imaginava ter um, nunca liguei pra esse papo clichê de filme. Mas agora... Que eu me deixei levar pelos sentimentos platônicos dentro de mim, a decepção veio junto.
E eu deveria saber disso.
Tomei um susto quando braços envolveram a minha cintura, o corpo de Steve se colou com as minhas costas e fechei os meus olhos após o mesmo deixar um beijo na minha nuca.
Steve: Meu coração é seu, Sarah. E de mais ninguém. Pode fazer o que quiser com ele, quebrar, amassar, beijar, qualquer coisa. Ele é e sempre será apenas seu. Eu não mereço suas lágrimas, querida. Me desculpa, Sarah, põe favor. - fiquei de frente para ele, que me prensava na parede do banheiro. - eu estou apaixonado por você, e é isso que um homem apaixonado faz: entrega seu coração. Porquê... Eu te amo, Sarah Stone, e tu o que eu mais quero é o seu perdão.
Seus olhos azuis esverdeados me fitavam de uma maneira extremamente suplicante, eu conseguia ler seus pensamentos apenas por cruzar nossos olhares. Por alguns segundos, meus olhos brilharam com tais palavras, não acreditando direito no que ele estava falando.
Era mentira? Não... Eu consigo sentir, por alguma razão, eu sei que é verdade.
Eu: Meu coração é seu, Steve, sempre foi e ele já te perdoou. Porquê... Eu te amo, Steven Rogers. - fui direta, suplicando pelo mesma coisa que o loiro queria.
Juntamos nossos lábios rapidamente, aproveitando cada detalhe do beijo e toques que ocorriam naquele momento, sua mão se espalmou na minha costa colando mais nossos corpos lentamente. Passei meus braços pelo seu pescoço ajudando na hora em que dei um pequeno pulinho pra entrelaçar minhas pernas em sua cintura.
Sua mão descia e subia pela minha costa, cintura e quadril, apenas separando nossas bocas para que ele espalhasse beijos pelo meu pescoço. O loiro grudou novamente minhas costas com a parede, gememos juntos quando Steve penetrou lentamente seu membro em minha intimidade.
Iniciamos movimentos lentos, sem selvageria ou luxúria, apenas a apreciação de temos nossos corpos juntos novamente depois de tanto tempo. Eu fazia um vai e vem devagar, sem pressa, igual nossas línguas e lábios colados.
Era uma sincronia perfeita, nossos corpos se chocando romanticamente, minhas mãos em seus cabelos e seus dedos passeando por todo o meu corpo. Desci minha boca até seu pescoço, afogando minha cabeça alí enquanto me delirava nas sensações sentidas.
Minhas pernas e corpo tremeram, arfei pesadamente já sabendo o que viria. Steve continuou no mesmo ritmo, mas aprofundando a intensidade das estocadas. O homem colocou as mãos em meus seios, meus batimentos aumentaram de imediato assim que cheguei ao meu primeiro orgasmo.
Eu queria mais. E não pararia por alí.
Ainda tentando me manter firme, desliguei a água do chuveiro e ainda no colo de Steve, ele nos guiou até a cama. Outra penetração lenta mas com a mesma sincronia e desejo, abracei seu pescoço pra poder sentir seu corpo mais colado ao meu.
Fiz certos movimentos com o quadril implorando por mais, sem um sexo selvagem, e sim cheio de química. Prendi mais forte minhas pernas em sua cintura quando ele beijou toda extensão do meu pescoço, arranhei suas costas e agarrei seus cabelos.
Nossos corpos tremeram no mesmo segundo, chegamos ao ápice juntos quando o líquido quente me preencheu por inteira. Steve tirou os cabelos do meu rosto e sorrimos minimamente, juntando nossos lábios em um beijo.
E pela primeira vez, tínhamos feito amor.
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Stevah de volta e um hot de presente. Amo vocês.
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Beijinhos, leitores de plantão. 💙