CAPÍTULO 17

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Volto para o dormitório com o coração leve e um sorriso bobo no rosto.

Ao entrar no quarto, imagens do que aconteceu na cama e no banheiro invadem minha mente e tenho que me segurar para não ligar para Ayden e exigir que ele volte imediatamente para começar tudo outra vez.

Mordo o lábio lembrando daquele maldito piercing. O garoto não facilita. Um corpo perfeito cheio de tatuagens e ainda aquela maldita apadravya ou seja lá como chame.

Deito no colchão macio e penso em como as coisas ficaram tão quentes entre Ayden e eu.

Demoro algumas horas para pegar no sono, esperando sua ligação que acaba não vindo.

Acordo com o som do alarme e praticamente pulo da cama indo direto ao banheiro para tomar um banho rápido.

Estou tão nervosa e ansiosa por encontrar Ayden, que sinto meu estômago revirando.

Demoro mais do que o normal para escolher uma roupa, e quando finalmente estou pronta, escuto o barulho da sua moto estacionando do lado de fora.

Olho as horas apenas para confirmar que o maldito é pontual.

Coloco todas as minhas coisas na bolsa e fecho a porta antes de ir até a entrada.

Tento manter a calma e respiro fundo antes de encontrar com o garoto.

Quase tenho um infarto ao ver como ele me observa como se quisesse mé comer aqui mesmo na frente de todos.

Me aproximo tentando parecer sensual e paro na sua frente.

Ayden imediatamente coloca os braços na minha cintura e cola seus lábios nos meus em um beijo suave.

— Oi... - Sussurra com sua típica voz rouca. — Como dormiu?

Levanto uma sobrancelha e ele ri divertido.

— Na verdade, dormi muito bem. E você?

Ayden duvida por alguns minutos antes de responder.

— Eu dormi mal. Fiquei a noite inteira pensando nesse seu corpo delicioso. - Confessa no meu ouvido e sinto um arrepio.

Sorrio manhosa e fecho os olhos ao sentir seus dedos apertando minha cintura.

Nos beijamos por mais alguns minutos antes de subir na moto em direção à faculdade. Observo a cidade que curiosamente parece mais colorida hoje, inclusive a demora no trânsito nem me estressa, como das outras vezes.

Suspiro algo triste quando chegamos no nosso destino e sou obrigada a descer da moto e soltar o corpo de Ayden.

Lhe entrego meu capacete como sempre e ele arruma alguns fios de cabelo rebeldes, colocando-os detrás da minha orelha.

Caminhamos até a entrada da sala e como sempre ele se despede com um beijo, mas hoje é diferente. Algo mudou, consigo sentir.

— Nos vemos na hora do almoço? - Pergunta segurando meu rosto com uma mão.

— S-sim. - Gaguejo hipnotizada pelos seus olhos castanhos claros.

— Até mais tarde então. - Murmura a centímetros da minha boca, me presenteando com outro beijo de tirar o fôlego.

Me viro para entrar na sala e me seguro para não rir da expressão das malucas que se fazem passar por minhas amigas.

Como se nada estivesse acontecendo, caminho até o meu lugar e me sento em silêncio, retirando os materiais necessários da bolsa para a primeira aula.

Acho estranho o fato de que elas demoram alguns minutos para assimilar e dizer algo.

— Oh não! - É Rachel quem finalmente quebra o silêncio.

Maldita Hipocrisia Onde histórias criam vida. Descubra agora