Epílogo

                                    

                                          
Gustavo P.O.V
                          
Se passaram um mês desde aquele ocorrido na floresta, eu pensava que ela iria virar pó, igual as outras bruxas, mas não foi o que aconteceu... Eu sentia o seu corpo humano ainda frio, parecendo que ela estava realmente morta, pois seu coração não estava batendo, naquele dia eu tive uma visita muito inesperada, uma das grandes Bruxas descobriu a localização da Escolhida e como era o Eclipse Lunar, ela veio imediatamente, pois ela disse que sentia que algo estava errado... Quando a mesma chegou em minha casa eu fiquei espantado, pois não é normal uma bruxa tão poderosa sair de sua aldeia, ela me contou sobre um sonho que teve sobre a Ana e desconfiava que ela se sacrificaria para salvar aqueles que ela ama, todavia ela deveria sim, ter virado pó, mas com a ajuda de todas as Grandes Bruxas, elas fizeram um feitiço para que a fizesse ter um sono profundo, mesmo tendo seu corpo humano paralisado e sem vida...
                          
Todos os dias eu fiquei ao lado dela, conversando, contando tudo o que as outras bruxas estavam fazendo por nós, pois a carga de magia que a Ana usou foi muito grande, por conta que ela teve que matar o Harry, sendo ele um Original... Todo esse tempo eu tive esperança de que ela pudesse voltar a respirar e ficar em meus braços para sempre, mesmo meus amigos já tendo perdido suas esperanças! 
                          
– Meu amor! Daqui a uma semana é o seu aniversário de 18 anos e eu tenho a esperança, que as grandes bruxas vão conseguir reverter o que aconteceu com você, meu anjo!- afirmo segurando sua mão fria.
                          
– Gustavo!?- Vinicius me chama entrando no quarto. – Teve algum progresso?- pergunta ele olhando para a Ana.
                          
– Ainda não... Mas eu sinto que vamos ter ela novamente!- digo acariciando o rosto frio. – O corpo dela ainda continua frio e o coração ainda não tem pulsação, mas eu tenho esperança de que vamos tê-la novamente!- afirmo e ele se senta ao meu lado.
                          
– Desculpa voltar neste assunto... Mas você sabe que o aniversário dela está chegando né?- pergunta ele e eu sabia em que ponto ele queria chegar com aquela conversa. – Se ela não acordar...
                          
– Eu sei o que irá acontecer!- digo cabisbaixo. – Mas eu não vou deixar isso se concretizar! Eu tenho esperanças e eu a amo! Ela tem que voltar para mim!- afirmo com a voz embargada, só de pensar que quando ela fazer 18 anos e não estiver acordada, ela pode nunca mais voltar, isso parte meu coração em mil pedaços.
                          
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Os dias foram se passando e não estávamos tendo nenhum progresso, ficamos sabendo que o Lucas saiu da cidade, o que nos faz ficar em alerta, pois se ele souber do ocorrido, ele poderá tentar algo contra nós! Não posso deixa-lo vencer! Sei que vai querer vingança e seu principal alvo é a Ana, o que me faz ficar inquieto...
                          
Neste momento eu estava acabando de sair de um banho e deixado a Milena tomando conta da Ana, pois quando ela soube o que estávamos fazendo, ela se prontificou em ficar aqui em casa até ela acordar, mas vejo em sua face uma grande tristeza, pois todos estamos passando pelo mesmo... Me sento ao lado do corpo frio pegando sua destra, a acariciando já era de noite e seu aniversário estava cada vez mais próximo, deixando-me apavorado.
                          
– Meu bem! Por favor! Não me abandone... Eu te amo!- afirmo com os olhos lacrimejados. – Você prometeu que iria voltar, então por favor! Não me abandone! Eu não posso viver sem você!- digo deixando uma lágrima correr pelo meu rosto.
                          
Sinto um aperto fraco em minha mão, me deixando intrigado, aperto a mesma e sinto novamente, pensei que era algum reflexo, mas não era, a Ana estava lutando para tentar acordar! Deixo minhas lágrimas saírem e banharem o meu rosto ao vê-la tentar abrir os olhos.
                          
– Meu amor!- exclamo ao ver seus olhos em um tom de azul claro. 
                          
– E-Eu disse que iria voltar!- diz ela com a voz falha.