Capítulo 80

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Pouco mais de duas horas depois sobrevoando de Manhattan à Chicago, Illinois, pousamos na pista e imediatamente seguimos para o carro que nos aguardava a alguns metros de distância do recomendado em uma pista de pouso

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Pouco mais de duas horas depois sobrevoando de Manhattan à Chicago, Illinois, pousamos na pista e imediatamente seguimos para o carro que nos aguardava a alguns metros de distância do recomendado em uma pista de pouso. A primeira parada e mais decisiva, seria, como havia sido planejado, no laboratório que fica exatamente no meu antigo ambiente de trabalho. O carro seguiu caminho sem nenhum problema aparente, mas, a todo momento prestei atenção nos automóveis que passavam pelo nosso carro, e até mesmo os dois carros de escolta que cercavam a parte da frente e a traseira. A princípio, não me preocupei com ataques, já que, além de estar cercado por uma escolta fortemente armada e preparada, esse carro comprado para atividades fora do ambiente comum em que trabalho possuí a lataria revestida por camadas e mais camadas espessas de chapas de aço, placas de um composto plástico e vidros recheados com mais plástico ainda. A junção reforçada desses materiais resiste muito bem a disparos sucessivos de uma arma de alto calibre, como os fuzis.

O motor melhorado para aguentar os mais de oitocentos quilos de blindagem nos dão uma moderada garantia de sairmos ilesos dessas retaliações mais pesadas. Entretanto, isso não é sinônimo de despreocupação. O motor, por mais que tenha sido mexido e potencializado para aguentar um carro tão pesado, não nos garante uma corrida absolutamente segura. Diante disso, a atenção precisa ser redobrada inclusive por eu estar no ambiente em que o desprezível que assassinou a minha família tinha os planos de me apagar também.

O percurso foi completamente silencioso, Adan mencionava um comentário ou outro sobre algumas mudanças de infraestrutura da cidade, mas eu apenas conseguia me concentrar nos próximos passos a serem tomados quando conseguisse o nome, rosto e endereço de um dos filhos da puta que participaram do estupro coletivo e assassinato dos meus filhos e da mãe deles. A certeza de que eu farei o melhor para tornar tudo o mais doloroso possível é inquestionável, mas... Até que ponto precisarei perder tempo em busca de verdades? Quanto de tortura é necessário para fazer subordinados desistirem da fidelidade? O que eu precisarei fazer, quem terei que tocar, para fazê-los abrirem a porra da boca? As perguntas são consideráveis, mas de nenhuma forma serei clemente. Eu quero e vou me vingar deles, um a um ou em pares. No todo, eu apenas sei que haverá muito sangue e violência para serem eclodidos quando o primeiro descer naquele subsolo preparado e tão quase exclusivamente aguardado.

Uns vinte minutos após a saída da pista de pouso nos deparamos com o grande local, totalmente reformado e diferente do que me lembrava. Entramos pela parte de trás, onde fica realmente a sala de necropsia e encaminhamentos para exames laboratoriais, e a medida que os carros iam entrando os seguranças do lugar se reuniam e empunhavam as armas esperando o que aconteceria a seguir; a forma como se armam para proteger a porta do instituto é decepcionantemente despreparada e se eu quisesse entrar sem precisar me comunicar seria tão fácil quanto disparar em um alvo a menos de dez metros de distância. Tiros com revólveres contendo silenciadores poderiam me ajudar nesse momento, no entanto, não estou nenhum pouco afim de chamar atenção para notícias locais. Com esses seguranças irei proceder da forma como sei que é infalível...

A VINGANÇA DO CAPO - PARTE 1Onde histórias criam vida. Descubra agora