Christopher tinha até companhia, mas não lembrava se sua nova amiga chamava-se Helida, Érica ou algo do tipo. Entretanto, não o importava, tinha planos para noite. --- E melhor, Belinda estava de fora.
Dulce deu a desculpa que iria retocar a maquiagem, assim podendo se livrar de Pablo. --- pelo menos por uns instantes. --- As tentativas de beijá-la deixaram-na mais aborrecida com sua ousadia, sequer estavam juntos. --- Outra mulher em seu lugar, ficaria feliz em ser cortejada por Pablo Lyle, mas não ela.
Dulce: Você não vai fraquejar, Dulce María. --- repetia para si olhando no espelho. --- Pablo é um cara legal e você não pode dispensá-lo assim. Está na hora de pensar em você e deixar a teimosia de lado... Ele não é pra você, nunca vai ser. --- quem a ouvisse acharia que estava louca, falando sozinha no banheiro.
Deu um grito quando a porta fechou com força.
Dulce: Quer me matar, Uckermann? --- falou ao vê-lo parado atrás frente a porta.
Christopher estava com cara de poucos amigos.
Christopher: O que pensa que está fazendo? Esse joguinho te diverte? Gosta de me ver assim?
Dulce: Eu que pergunto a você. Se não sabe o banheiro masculino é do outro lado... --- estalou os dedos. --- Ah, já sei. Resolveu fraquejar pro lado oposto, né. --- balançou a cabeça rindo. --- Minhas suspeitas nunca falham, estou dizendo, meu gaydar é certeiro!
Christopher puxou-a pelo braço e a encostou no grande espelho.
Christopher: Sabe muito bem ao que me refiro. --- ergueu a perna dela de encontro ao seu quadril. --- E também sabe que tenho um lado definido ou já esqueceu? Porque se quiser, eu posso te lembrar aqui mesmo. --- sentindo o perfume dela.
Dulce: Me larga! Está me machucando. --- ele a largou mesmo contra sua vontade e Dulce se afastou. --- Não, obrigada. Eu dispenso.
Christopher: Não é o que seu corpo diz. --- circulou ao redor do tórax e Dulce arregalou os olhos, cobrindo o busto com as mãos.
Christopher sustentava um olhar triufante e o sorriso descarado.
Dulce: Foi o espelho gelado, choque de temperatura. Já ouviu falar? --- continuou. --- Olha, todo mundo tem seu momento de insanidade, não é? --- disse para ver se conseguia atingí-lo, mas sua expressão continuou a mesma. --- Anda, sai daqui! Isso pode pegar mal, você no banheiro feminino comigo... Hum, se sua namoradinha souber... Coitado de você e Adeus hospital, não é isso? Ah, sim, lembrei... Você se vendeu!
Christopher: Eu não tive opção e quem me aconselhou a isso, foi você, Dulce! --- acusou-a.
Dulce: Claro, e como eu mando em você. --- largou a bolsa de mão sobre a pia e voltou aproximar-se dele. --- Não sei quem é o mais idiota aqui.
Christopher: Não tem o direito de falar assim comigo!
Dulce: Esqueci que você é o meu chefe, minha opinião aqui não vale nada. --- cuspiu as palavras irritada.
Christopher: Por que Belinda te incomoda tanto? --- indagou.
Dulce: Me incomoda? Não. Não, não. A mim só causa risadas. Sabe, na verdade tenho pena dela. Deve ser a chifruda do ano. --- enfatizou com as mãos.
Christopher: Belinda me disse que você gosta de mim, Dulce. --- caminhou até ela --- E eu sinceramente, acho que ela tem razão. --- entrelaçou seus dedos aos delas e roçou-as no rosto.
Dulce: Sua namorada é uma louca, aonde já se viu? --- riu nervosa. --- Agora começou inventar histórias e o tonto sempre cai. Como você é ingênuo, Christopher!
Christopher: Sou é? Então negue. --- falou com poucos centímetros de distância da boca dela.
Dulce: Claro que é mentira. --- virou o rosto e fitou a parede.
Christopher: Por quê não tem coragem de me olhar? --- segurou o rosto dela. --- É só me olhar e eu vou saber.
Dulce: Olha, Christopher. O tempo que passa com Belinda vêm te afetando. Esperava mais de você. --- afastando-se e voltando para perto do espelho.
Christopher: Pois saiba que eu também esperava mais de você. Desde quando trata seus amigos com tanta intimidade? Eleazar, Pablo... --- contando nos dedos. --- Quem mais? Talvez o Poncho? Não, já sei! O Christian? --- levou um tapa como resposta.
Dulce: Nunca, me ouve bem...Nunca mais me falte com o respeito. Se houve um amigo que eu passei dos limites da amizade, esse foi você! E não sabe o quanto me arrependo. --- Não era verdade, jamais poderia se arrepender.
Queria apenas machucá-lo.
Christopher: Não foi o que pareceu. Também usa a mesma desculpa com o Lyle? O quê? Assim faz com que ele fique babando aos seus pés? --- massageando o local vermelho onde a pouco ela lhe acertou.
Dulce: CALA ESSA BOCA! --- gritou.--- Agora sou eu que pergunto, por que o Pablo te incomoda? Por acaso, está com ciúme, Christopher? --- ele riu debochado e negou.
Christopher: Qual é, Dulce? Se eu tivesse ao menos motivos que valessem a pena. Isso não passa de mais um romance adolescente, --- deu a volta ao seu redor. --- como foram todos os seus relacionamentos... Mas logo ele cansa e vai atrás de outra menina ingênua.
Dulce: Ótimo então, faz um favor? --- não esperou resposta. --- Não se meta no meu romance adolescente. Bom, pelo menos até ele cansar. --- cínica.
Christopher: Não, não, nem sonhe. Eu sim, tenho um relacionamento de verdade. Não tenho tempo para bobagens.
Batidas apressadas vieram do lado de fora e os dois assustaram-se.
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Aprendendo a Amar - VONDY. - CONCLUÍDA ✔
FanfictionDulce é apaixonada por Christopher, desde a sua adolescência, porém o mesmo nunca correspondeu. Dulce pensou que fosse apenas uma confusão de sua cabeça por serem tão próximos. 10 anos se passaram e o sentimento continuava intacto. Não queria ser ta...