Cap 027

                                    

                                          

Dulce:  Any, até que enfim! – Entrou apressada no banheiro a procura de Anahí e se sentiu aliviada ao encontrá-la. – O que deu em você pra sair daquele jeito?
Anahí:  Nada. – Virou-se para esconder os olhos vermelhos.
Dulce:  Como nada? Olha pra mim. – Apoiou uma mão no ombro dela e Anahí se virou, com um sorriso forçado no rosto. – Amiga...
Anahí:  Não foi nada, Dul, estou bem. – Mentiu, realmente não queria falar sobre isso.
Dulce:  Ficamos preocupados com você.
Anahí:  Desculpe, não liga para as minhas loucuras. – Forçou mais um sorriso.
Dulce:  Sim, você é louca! Não faça mais isso! – A abraçou. – Bebi um pouco além da conta pra ficar correndo atrás de você. – Brincou.
Anahí:  Tudo bem. – Riu. – Me desculpe.
Dulce:  Vamos voltar, daqui a pouco estamos indo embora.
Quando voltaram Anahí obrigou-se a olhar para onde Alfonso estava antes, mas não o viu.
Anahí:  Ancho que já vou pessoal...
Ucker:  Poncho acabou de ir, pediu para levar você. – Avisou, abraçado a namorada. Se antes Anahí estava mal, ouvir aquilo só serviu como mais um tapa. Era claro que ele havia ido e não foi sozinho.
Anahí:  Não precisa se preocupar comigo. – Pegou sua bolsa. – Continue curtindo e comemorando seu aniversário. – Tentou sorrir.
Dulce:  Amiga, a gente te leva...
Anahí:  Não, podem ficar. – Insistiu. – Sério, não se preocupem.
Maite:  Eu vou com você, Any, já estava quase indo mesmo. – Levantou-se, se despediram dos amigos e saíram juntas para pegar um táxi. – Está tudo bem?
Anahí:  Sim. – Respondeu sem olhá-la.
Maite:  Mas não é o que parece... Quer me contar? – Insistiu.
Anahí:  Eu só... Só estou cansada. – Suspirou.
Maite:  E esse cansaço seria por que não admite que gosta do melhor amigo e não suportou vê-lo com outra pessoa? – Jogou as palavras como se estivessem escritas na testa de Any.
Anahí:  O quê? – Arregalou os olhos, desviando em seguida. – Você está bêbada? Depois fala que não gosta de exagerar no álcool...
Maite:  Pode parar, Any. – Virou os olhos com impaciência. – Acha mesmo que eu não percebo nada? Acha mesmo que você consegue disfarçar sua cara de boba quando vê o Poncho, ou esconder quando se chateia por ver ele com outras? – Disse, vendo Any ficar constrangida, mas continuou. – Pois se acha que consegue disfarçar, sinto muito em lhe informar, mas não, você não consegue. Pelo menos eu, já há muito tempo, consigo ver como você se sente a respeito dele.
A única reação que Anahí teve foi ficar encarando o chão. Tanto tempo tentando esconder e agora Mai lhe jogara tudo na cara, tudo o que ela sentia e lutava tanto para guardar, sua amiga havia enxergado. Estava tudo tão evidente assim? Mais alguém teria percebido? Ou melhor, Alfonso percebia? Ao que parece não, tudo mudaria se ele soubesse e não seria para melhor. Pelo menos era o que ela pensava.
Maite:  Não precisa esconder de mim, até porque eu consigo ver o quanto você gosta do Poncho, só de olhar pra você. – Colocou a mão no ombro de Any.