Pov's Christopher Von Uckermann.
"Boa tarde Dr. Uckermann"
Ouvia os cumprimentos pelos corredores e dava um sorriso como resposta. Minha mala arrastava pelo chão com um som irritante, estava na hora de trocá-la.
Antônio, o médico de plantão da semana, precisou voltar para casa devido a problemas familiares. --- haviam outros que podiam substituí-lo, porém sempre ocupados com suas famílias e lares.
Eu agradecia por isso, era melhor "morar no hospital", que aturar minha esposa insatisfeita e meus fantasmas interiores.
Me instalei no estar da clínica pediátrica e em seguida fui até o posto de enfermagem.
Núbia: Bem vindo novamente, Christopher. --- disse a enfermeira de plantão.
--- Obrigado, preciso de uma relação nominal. Podemos começar?
Núbia: Mas já? Você acabou de chegar.
--- Meu plantão iniciou a 20 minutos --- pisquei enquanto colocava o jaleco e o estetoscópio.
Meu celular então começou a vibrar, olhei o visor, era Maite ligando.
--- Só mais cinco minutos. -- sorri para Núbia e atendi. --- Alô.
~ Oi, vou ser breve. Eu sei que você não tem nada a ver com o que vou te contar, mas ainda acho necessário que saiba.
--- Quê?
~ Só cale a boca e me escute.
--- Está me deixando preocupado.
~ Eu também estou, oras.
Só poderia se tratar do Guilherme ou Christian.
~ Tia Blanca está aqui em casa. --- falou em um tom mais baixo.
--- May, você sab...
~ Eu mandei você ficar calado! --- ordenou e eu sabia que ela estava batendo o pé muito irritada naquele momento.
Também reparei que ela estava nervosa.
--- O que houve?
~ O tio Fernando sofreu um infarto.
Dulce.
Era egoísta, --- confesso. --- mas foi o primeiro pensamento que me veio a mente. Ela era muito apegada ao pai.
~ Ucker? Está aí?
--- Sim, sim... Ehr... E Como ele está? --- balancei a cabeça tentando focar.
~ Mal, está na uti.
Eu não sabia o que dizer, era um choque até para mim.
--- Em que hospital ele está internado?
~ No dos seus pais. Foi transferido para a capital na noite anterior. Escuta, pelo que entendi, as filhas não estão aqui, talvez queira ir vê-lo. Eu sei que suas famílias eram próximas.
--- Sim, faço questão de ir vê-lo. Obrigada, May.
~ Você não soube por mim, não esqueça!
--- Está bem... --- prendi o ar e o soltei com força. --- Pensei que ela estaria aqui em uma situação como essa.
~ Nós não sabemos o mot... Bom, na verdade, sabemos. Mas não importa.
--- Talvez não tenha sido só ela a se enganar. Dulce está sendo egoísta. É o pai dela!
~ Christopher, você não precisa de ressentimentos... O Guilherme acordou. Tenho que desligar, só me garanta que não fará bobagem.
--- Não se preocupe. --- desliguei.
As visitas levaram quase uma hora. --- a clínica estava lotada. --- Alguns pacientes eu havia atendido no último plantão que havia encerrado à dois dias.
Comecei a prescrever algumas altas, mas minha mente estava longe, pensando no que Maite havia dito.
Eu queria ir visitar Fernando, mas não conseguia, era como se algo me prendesse.
Núbia: Christopher, ligaram a pouco da cardiologia houve um acidente e eles querem um parecer de mais um pediatria.
--- Okay. Avise-os que em cinco minutos eu subo.
O quadro de médicos teria que aumentar o quanto antes.
...
Gabriel: Infelizmente precisamos esperar estabilizar para poder levá-lo para a sala de cirurgia.
--- É arriscado, mas se não o levarem o quanto antes ele morre.
Gabriel: A equipe está ciente e o monitorando.
Essa era a parte ruim de nossa profissão.
Gabriel: Eu preciso voltar para o atendimento. --- se despedindo com um aperto de mão.
--- É, eu também.
Era raro eu ir até essa ala do hospital, geralmente meus pacientes vinham encaminhados depois de passarem pelo médico especialista daqui.
Segui para a entrada observando cada detalhe, porém um chamou minha atenção fazendo-me parar.
Fernando Saviñón
401.Esse era o quarto do pai da Dulce.
Abri a porta e me deparei com Fernando entubado, uma imagem que nunca pensei presenciar. Meu tio, agora parecia tão vulnerável, sozinho ali e com vários equipamentos ligados a seu corpo.
Me sentia pior ao saber que talvez nunca tivesse a oportunidade de lhe pedir desculpa pelo mal que causei a Dulce, ele devia me odiar.
"Voltamos, foi difícil, mas conseguimos encontrar as favoritas da mamãe e com tod...."
O barulho de vidro quebrando ecoou pela sala. --- eu teria me assustado se não estivesse paralisado.
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Aprendendo a Amar - VONDY. - CONCLUÍDA ✔
FanfictionDulce é apaixonada por Christopher, desde a sua adolescência, porém o mesmo nunca correspondeu. Dulce pensou que fosse apenas uma confusão de sua cabeça por serem tão próximos. 10 anos se passaram e o sentimento continuava intacto. Não queria ser ta...