No dia seguinte tudo voltou ao normal, Poncho deixou Any na faculdade pela manhã e seguiu para empresa.
Dulce: Amiga! – Abriu os braços e esperou Any se aproximar quando a viu.
Anahi: Como vai? – A abraçou.
Dulce: Bem! – Foram caminhando para sala em seguida. – Como foi ontem? Poncho está bem?
Anahi: Ah, foi igual a todos os anos... Ele ficou abatido e prendeu os sentimentos dentro dele, como sempre. – Torceu a boca. – Não sei por que ele insiste em fazer isso se eu vejo que ele não se sente bem assim.
Dulce: Ele é assim, amiga. – Passou a mão em seu ombro. – O que podemos fazer? Nada.
Anahi: Poncho é um cabeça dura, sempre se fazendo de durão. – Balançou a cabeça em negação. – E pra completar também tem o pai dele que não ajuda. Acredita que ele falou coisas horríveis pro o Poncho?!
Dulce: Ai, mas esse velho chato, não muda? – Virou os olhos. – O ele disse?
Anahi: Que o Poncho não devia ter faltado na empresa por bobagem, que ele devia aceitar que a mãe dele morreu... – Bufou. – Como um pai pode tratar o próprio filho assim, com tanta ignorância?
Dulce: Que homem sem coração! – Disse boquiaberta. – O Poncho deve ter ficado ainda mais chateado.
Anahi: Claro que ficou. – Entram na sala. – Às vezes eu tenho vontade de ir até o pai dele e dizer poucas e boas, só não fiz ainda por respeito. – Sentou-se em seu lugar. – Mas você vai ver, qualquer dia minha paciência acaba. Detesto ver o Poncho mal.
Dulce: Não vá arrumar confusão.
Anahi: É pelo Poncho, então não prometo nada. – Deu de ombros.
Dulce: Ah, claro! Esqueci que pelo seu "bebê" você faz qualquer coisa. – Riu baixo.
Anahi: Sim, porque ele sempre faz tudo por mim.
Dulce: Vocês se amam e não assumem.
Anahi: Que chato, vocês sempre arrumam um jeito de levar o assunto para esse lado. Poncho e eu somos amigos e um defender o outro não quer dizer que temos que nos tornar namorados. – Virou os olhos. Apesar de pensar exatamente o contrário do que acabou de dizer. Amava Poncho sim, um amor que ia muito além da amizade. Ser namorada dele seria um sonho.
Dulce: Eu sei, não precisa ficar assim. – Foi até ela e deu um abraço. – Sabe que eu adoro a maneira como vocês cuidam um do outro, defendem um ao outro, os ciúmes que sentem... Eu acho que vocês simplesmente foram feitos um para o outro, só acho. – Levantou as mãos, divertida. E Any virou os olhos rindo.
Anahi: Vamos parar de papo e me passa tudo que perdi ontem. – Pegou seu iPad na bolsa.
**
Ucker: Ah, aí está você! – Disse ao encontrar Alfonso acabando de passar pela recepção.
Alfonso: E aí? – Apertou a mão do amigo. – Muito trabalho?
Ucker: O suficiente pra ocupar todo nosso tempo. – Deu de ombros.
Alfonso: É, muito. – Fez careta.
Ucker: Seu pai entregou uma pilha de relatórios para deixar na sua sala ontem. Ele procurou por você pela manhã, quando viu que você não estava parece que não gostou muito.
Alfonso: Já esperava, mas se ele pensa que comigo pode fazer o que quer, está muito enganado. – Apertou o botão do elevador já nervoso. – Eu não tenho que fazer o que ele determina aqui dentro. A mesma autoridade que ele tem, eu também tenho.
Ucker: Mas antes de qualquer discussão, lembre-se que ele é seu pai.
Alfonso: Ah, faça-me um favor! Armando nunca se portou como pai para que eu deva me lembrar disso. – Entrou em sua sala.
Ucker: Eu entendo, cara. – Disse vindo logo atrás. – Mas você sabe que ele não vai dar ouvidos e a única coisa que vai acontecer é uma discussão entre vocês dois.
Alfonso: Mas que palhaçada! – Não dando ouvidos ao amigo, olhava para pilha de documentos em sua mesa. - Ele só pode estar ficando louco. – Riu sem humor, pegou todos aquelas pastas e saiu rumo a sala de Armando.
Ucker: Confusãoem plena manhã. – Disse sozinho, fazendo uma careta de tédio.
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Everything Has Changed
RomanceAnahí e Alfonso são amigos desde a adolescência, se conheceram quando ela se mudou para o mesmo condomínio onde Alfonso morava. Desde então, a amizade de ambos cresceu ao longo do tempo e hoje são inseparáveis. Ela, para ele, é a pessoa que trouxe c...