23.

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[ H A R R Y ]

Levantei devagar da cama deixando o corpo de Mariana encolhido, vesti meu casaco em quanto observava ela dormir tranquilamente, conseguia sentir um sorriso se formar no meu rosto em quanto olhava para ela e lembrava do nosso beijo à alguns minutos atrás. Suspirei e andei até a cama novamente, beijei sua testa e caminhei para fora do quarto.

Sentia que estava completo, que todo o vazio que eu sentia ela preencheu com apenas um beijo, com apenas um abraço, um sorriso, era bom saber que ela ainda sentia algo por mim, não que ela tenha falado, mas durante o beijo sentia que ela precisava daquilo, sentia que ela também esperou por isso durante dois anos. Pisei na bola com ela e me arrependo muito, mas não adianta eu ficar aqui falando que me arrependo, vou mudar isso e provar que eu mudei, se é que vou poder fazer isso. Mariana é complicada, ela pode acordar e simplesmente me mandar embora, eu não me assustaria com essa reação, até porque ter sentido sua boca junto com a minha, foi algo inexplicável, não imaginava que sentia tanto a falta dela.

Entrei no meu carro e liguei conduzindo o carro em direção a casa do babaca. Não iria deixar que esse moleque fizesse mal para ela novamente, ele precisava perceber que eu ainda estava aqui e protegeria ela em qualquer circunstância. Só sabia onde ele morava porque no dia da festa de Júlia, eu e Jenna passamos pela frente da casa dele e ele estava lá, guardando o carro.

Em poucos minutos parei em frente à casa dele e sentia minhas veias saltarem para fora de tanta raiva que eu estava sentindo. Observei a casa por um tempo e desci do carro, andei até a porta e toquei na campainha, uma mulher de idade, aparentava ter seus cinqüenta anos, abriu a porta e sorriu.

- Oi, eu sou um amigo do Math ele está em casa? - Perguntei mentindo sobre a parte do amigo.

- Sim, está sim. Pode entrar querido, ele está lá em cima no primeiro quarto a esquerda. - Ela falou e eu assenti.

Achei estranho o fato de ela simplesmente deixar eu entrar, ela não deveria ter me visto nunca na vida e só mandou eu subir.

Subi as escadas e fui em direção ao quarto que a mulher havia me explicado onde era, minhas mãos fecharam quando me aproximei do quarto dele. Abri a porta fortemente ouvindo o barulho alto da porta bater contra a parede. Ele levantou rapidamente da cama e riu sarcástico.

- Olha, vê se não é o menino órfã...- Ele cuspiu suas palavras sujas e eu levei minha mão ao encontro do seu rosto.

Dei um soco no seu olho e logo ele veio para cima de mim, empurrei seu corpo contra a parede e via sua expressão de dor ao bater suas costas.

- Isso é por você ter falado da minha mãe. - Falei e me aproximei dele. Chutei suas costas e dei outro soco na sua boca. - Isso, é por ter machucado a Mariana. - Falei e dei outro chute na sua cabeça.

Ele levantou o corpo rapidamente, e se aproximou de mim, segurei a gola da sua camiseta e cuspi no seu rosto.

- Você é um moleque, eu poderia muito bem acabar contigo agora mesmo, mas não vou perder mais tempo sujando minhas mãos. - Falei no seu rosto e ele me olhava com raiva.

- Você está bravinho? Se acalma, só fiz o que ela merecia. É uma vadia. - Ele falou me fazendo dar outro soco no seu rosto, que fez sua boca escorrer sangue.

- Vadia? Vadia porque ela não foi para a cama contigo? Vadia porque ela prefere eu do que você? Você deve ser péssimo de cama, porque quando nós namorávamos era todos os dias. - Falei rindo sarcástico.

- Vai embora, se essa vadia acha que vai ficar assim, ela está muito enganada. - Ele falou e eu ri.

- Eu vou embora sim. Mas escuta aqui. - Coloquei o dedo sobre o seu rosto. - Nunca mais encosta um dedo na Mariana, nunca mais respira perto dela, porque se eu descobrir que você fez alguma coisa para ela, eu te deixo sem dentes e quebro teus dois braços. Vira homem.

my best boyfriend ;; h.s 2° temp.Onde histórias criam vida. Descubra agora