Lembro que ela havia me perguntado se havia tido contato com a Mariana, ela falou que sentia falta da "sua menina" Ela queria muito ir ver Mariana mas segundo seu médico ela estava fraca e não era bom sair muito de casa.
O carro finalmente parou, tirei o cinto e desci rapidamente do carro, conseguia ouvir os passos de Júlia atrás de mim em quanto pedia para mim esperar, mas eu precisava conversar com minha mãe e saber o que havia acontecido.
Entrei no hospital e conseguia observar médicos caminhando por todos os lados, consegui ver Jenna entrando por uma porta enorme em quanto era acompanhada por alguns médicos.
Corri até lá, mas logo senti dois seguranças segurarem meus ombros.
- Você não pode entrar. - Um deles falou e eu empurrei os dois tirando suas mãos de mim.
- Minha mãe está ali dentro, eu preciso ver ela. - Falei sem paciência.
- Mostre um documento. - O segurança falou e eu ri sarcástico e corri pelo meio dos dois.
Entrei na sala onde estava escrito "Isolamento" na porta, sentia meu corpo todo ficar fraco cada vez que me aproximava da maca.
Jenna segurava a mão de uma mulher que provavelmente era minha mãe, corri até elas e conseguia ver minha mãe com seu rosto pálido e com um pano amarrado em sua cabeça.
Ela sempre foi vaidosa e sabia que era difícil para ela se olhar em um espelho e não ter seus longos cabelos.
- Mãe... - Falei olhando todos os tubos que estavam em sua pele.
Seus olhos estavam fechados, sua pele estava fria e conseguia ver que ela estava completamente fraca.
Olhei para Jenna e ela deixou suas lágrimas escorrerem ainda mais quando me olhou nos olhos, seu corpo rapidamente andou em direção para fora da sala.
- Você precisa falar com ela, ela consegue te ouvir, mas acho difícil ela conseguir te responder. - O médico falou e se afastou de mim, deixando apenas eu e minha mãe naquela enorme sala.
Olhei para minha mãe e sorri em quanto sentia as lágrimas tomarem conta dos meus olhos, me sentia um lixo por vê-la ali e não poder fazer nada.
Mas eu sabia que ela iria ficar bem, sabia que ela iria se recuperar assim como ela sempre se recuperou.
- Mãe... É o Harry, eu tô aqui. - Falei baixinho no seu ouvido em quanto segurava sua mão gelada.
Ela não me respondeu, mas consegui ver lágrimas caírem de seus olhos em quanto ouvia o que eu falei.
- Sabe mãe, eu sei que você vai se recuperar. Você é forte, é linda, daqui a pouco vamos para casa e eu vou cuidar de você. Os médicos falaram que você não iria resistir mas eu sei que vai, você não vai me deixar não é mãezinha? - Sentia minhas lágrimas molharem sua blusa.
Sua mão segurou a minha com muita fraqueza, as lágrimas não paravam de escorrer com cada palavra que saia da minha boca, ela suspirou e deixou suas lágrimas caírem por seus olhos.
- Você está me ouvindo? Eu vi a Mariana, talvez ela venha ver você amanhã, mas você já vai estar em casa. Eu te prometo que não vou te abandonar mãe, eu te amo tanto. - Minha mão alisava seu rosto calmamente em quanto secava as lágrimas que ficavam no canto dos seus olhos.
Meu coração parece que iria se quebrar a qualquer minuto, minhas mãos soavam e eu sabia o que iria acontecer, mas eu negava para mim mesmo, porque eu não sou nada sem a minha mãe.
- Preciso que você vá para fora da sala. - O Médico pediu com uma planilha em suas mãos.
- O que vocês vão fazer com ela? - Perguntei sem conseguir fazer com que minhas lágrimas parassem de escorrer.
- Sua mãe perdeu o sentido, está vegetando. Preciso que você saía. - O Médico pediu novamente e eu senti como se uma faca fosse colocada em meu coração.
Caminhei para fora da sala em quanto sentia a pior dor do mundo se instalar dentro do meu peito.
As lágrimas escorriam por todo meu rosto, me sentia o ser humano mais fraco do mundo.
Conseguia ver Júlia, Louis e Jenna parados em frente ao balcão do hospital, caminhei até eles e Júlia me abraçou, em quanto sentia suas lágrimas molharem minha camiseta.
Abracei seu corpo é chorei junto com ela, Júlia e minha mãe sempre foram muito amigas, e Júlia deve estar mal também, diante de tudo isso.
Me separei dela e sentei na poltrona, coloquei meus braços em meus joelhos em quanto segurava minha cabeça.
Já estava ficando impaciente sem notícia de como estava minha mãe, me levantei ao ver o doutor passar com a planilha preta em suas mãos.
- Doutor? Anne Styles, como ela está? - Perguntei sentindo uma enorme dor na minha cabeça.
- Espere um pouco, já trago notícias. - Ele respondeu e eu assenti.
Sentei novamente em quanto sentia minha cabeça latejar, Louis sentou ao meu lado e suspirou.
- Você não quer ir para casa descansar? Você já está aqui a horas sem comer nada. - Ele falou e eu neguei.
- Não estou precisando de nada. - Falei e Louis suspirou.
- Eu e Jenna vamos ir pegar um refri, vou ver se pego algo para você. - Ele falou e eu Assenti. - Júlia vai ficar aqui com você. - Ele continou.
Ele saiu e Jenna foi com ele, Júlia sentou ao meu lado e segurou minha mão.
- Vai dar tudo cer... - Ela começou a falar e o doutor apareceu.
Me levantei não deixando Júlia terminar sua frase.
- Infelismente ela não resistiu. Sua mãe entrou em óbito.
Negava com a cabeça rapidamente em quanto as lágrimas voltaram aos meus olhos, minha cabeça doía mais que o normal, e meu coração estava completamente destruído.
- MINHA MÃE NÃO MORREU. - Gritei e corri para a sala onde ela estava.
A cama estava vazia, suas roupas estavam ali em cima, me ajoelhei na frente da cama em quanto peguei sua blusa.
- Volta mãe, por favor não me deixa mãe, eu preciso tanto de você. - Me abracei em sua blusa em quanto soluçava.
- Harry, por favor vamos sair daqui. - Júlia pediu com suas mãos nos meus ombros.
- Mãezinha, volta... Eu preciso de você mãe...- Soluçava contra sua roupa que ainda estava com seu cheiro doce.
Era como se cada parte de mim estivesse morrido junto com ela, era como se toda a porcentagem de amor que existia em meu corpo estivesse morta. É uma dor que nunca ninguém vai entender, é um aperto no coração onde você quer que pare, mas não tem como. O que mais dói, é que o cheiro dela, o sorriso doce, a alma generosa que ela tinha, morreu ali, com ela. Dói saber que não vou mais poder deitar no seu colo e sentir suas mãos em meus cabelos falando o quanto meu cabelo estava grande.
Eu não queria acreditar, não antes de ver seu corpo, eu precisava dela do mesmo jeito que preciso de oxigênio.
Minha visão ficou embaçada, o chão frio fazendo contacto com a minha pele e a última coisa que eu ouvi, foi a voz de Júlia falando que iria chamar a Mariana.
Perder parentes próximos sempre é doloroso, mas perder a mãe, é uma dor onde apenas quem perde sabe como é, é uma dor onde parece que rasga tudo o que tem dentro de nós, cada porcentagem de esperança e de fé, é acabada quando enxergarmos o nosso primeiro amor dentro de um caixão... Você foi o meu primeiro amor, mãe.
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Na minha opinião os capítulos estão ficando cada vez piores, vocês não acham? Parece que me sinto obrigada sempre a vir escrever, e ultimamente minha criatividade anda baixa demais.
Tento escrever e passar a emoção da história para vocês, mas parece que to falhando ultimamente... Bom, espero que gostem e me desculpem para quem achou uma merda o capítulo, precisava atualizar e tentar escrever algo válido para vocês!
thai 💕
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my best boyfriend ;; h.s 2° temp.
RomanceVocê me pediu para recomeçar, mas recomeçar o que? Tudo já havia acabado a dois anos atrás quando você resolveu ir embora e fugir dos seus problemas. Poderíamos ter tido um final feliz, porém, infelizmente a vida não é eterna. copyright © 2016 @lar...