Capítulo 3

                                    

                                          
Continuava a correr, mas já foi mais rápido chegar à porta destinada. Abri-a devagar com receio do que podia aparecer. E lá estava eu novamente a brincar com o meu amigo de infância, mas desta vez foi diferente... Eu do nada desapareci. O rapaz foi à minha procura mas não me encontrou. A imagem escureceu e quando voltou a clarear ele estava a escrever num livro qualquer. Deu-me um pequeno arrepio e voltou a escurecer.
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- Bom dia Mika. Ontem ligou para a academia para saber se já há professores?
- O menino Misaki-kun não me avisou de nada.
- Ah, pois, não faz mal!
- Mas quer que eu ligue agora?
- Não, não vale a pena. Vou agora para a academia.
- Okey. Tenha cuidado!
                          
O que se passa comigo! Porque carga de água não me lembrei de ligar para a escola!? Tem calma Misaki! Não te chateies logo de manhã!
                          
- Misaki-chan! Espera por mim e a Ur! - Travei os passos nesse momento e olhei para trás com um sorriso um pouco esforçado.
- Bom dia Suzuki-senpai, Ur. 
- Boas notícias! - Falou Ur sorridente - Depois da Suzuki falar comigo sobre seres o 4 diretor do concelho estudantil, eu acho uma ótima ideia! Só temos de falar com o Ryuzaki para confirmar a tua inscrição!
                          
Deu-me um 'clik' mas desta vez sabia do que se tratava.
                          
- Ah, é verdade, o que se passa com o Ryusaki-san? Aconteceu alguma coisa?
Elas olharam uma para a outra e a Suzuki-senpai falou:
- Não se passa nada. Pelo menos á nossa frente... Mas porque o que ele fez?
- Eu foi á biblioteca da academia quando o vi. Disse 'bom dia' e afirmai que não sabia que ele gostava de ler. E ele começou a falar friamente comigo.
- Não se parece nada com feitio do Ryusaki. E não sei o que possa ter acontecido. 
- Acham que lhe pergunte? - Perguntei-lhes voltando a ter o humor habitual.
- Acho que seria melhor.
- Então okey. Eu pergunto quando o vir. Só mais alguma coisa, ele alguma vez falou com vocês sobre uma espécie... de... tipo, amigo de infância, ou algo parecido?
- Acho que houve uma vez que ele falou sobre um amigo que teve, mas já não me lembro bem, já foi à 1 ano. - Disse Suzuki-senpai pensativa olhando para Ur.
-Trinnnn!..
- Está a tocar. Falamos melhor mais tarde. Pode ser ás 3 horas na biblioteca?
- Sim, claro. Até logo.
- Até logo. - Disse e foi para a sala rapidamente.
As aulas voltaram a decorrer normalmente e fiquei a saber que continuavamos sem professores, 'mantendo a mesma regra' de não podemos sairmos do colégio até acabar as horas escolares.
Almocei no colégio sozinho (era esparguete com almôndegas) e quando olhei para as horas faltava um quarto de hora para as 3, por isso decidi ir indo para a biblioteca que não ficava longe do refeitório.
                          
Será que elas falaram com o Ryusaki-san?
                          
- Olá meninas, já aqui? Só combinamos as 3.
- Nós não gostamos de nos atrasar.
- Já falaram com o Ryusaki-san?
- Ainda não o vimos hoje... 
- Quem é que ainda não viram? - Olhamos para trás de repente e lá esta o Ryusaki-san.
- Olá! - Gritamos todos eu coro parecendo pela cara dele que sabia que estávamos a esconder algo.
- E então? Quem é que ainda não viram? - Voltou a perguntar enquanto se sentava e pegava nos livros com a síntese triste.
- Ah, estávamos apenas a dizer que... - Começou Ur.
- Que ainda não vimos a auxiliar da biblioteca! Anda a faltar muito não achas?. - Salvo-nos a Suzuki-senpai.
O Ryusaki-san olhou para o lugar a onde devia estar a auxiliar e voltou a olhar para nós. Deu de ombros e voltou á sua leitura.
                          
Agora é a melhor altura para saber o que se passa com ele!
                          
Olhei para as melhores amigas fazendo já especie de sinal para lhes avisar que lhe ia perguntar. Elas afirmam com a cabeça, dei um passo em frente e deixei sair:
- Ah, Ryusaki-san?
- Hein?
- Eu bem gostava de saber, ou melhor, nós gostávamos saber se está tudo bem. - Ele levantou devagar a cabeça do livro e olhou para mim.
- Pensei que soubesses a razão.
                          
Como? Saber a razão? 
                          
- Eu não sei...
- Bem, parece mesmo que não vais lá sozinho. Meninas podem sair um pouco?
- Sim, mas...
- Vamos Suzuki...
Ele continua a olhar para mim enquanto esperava que as raparigas saíssem. Aquele olhar incomodava-me.
- Então tu não tens ideia nenhuma, pois não?
                          
Eu realmente não sei...
                          
- Mas que ideia!? Afinal o quê que se passa!?
- Como é que eu posso dizer... Bem tu reconhecesse - Ele colocou a mão dentro da sua mala e foi tirando algo de lá. - isto?
                          
A minha pulsação começou a disparar. As minhas mão temiam como se não houvesse amanhã.
                          
- Onde é que arranjas-te isso!?
- Sabes um amigo deu-me...
                          
O quê!?? Não, não posso acreditar!! Ele é o meu amigo de infacia no 3/4 ano!? Como é que isto é possível!?
                          
- Então. Já te lembras de mim agora?
- Porque que não me disseste logo?
- Porque nunca pensei que te esquecesses de mim. Mas estive enganado durante muito tempo.
- Não! Eu não me esqueci de ti. Eu ainda tenho o diário que compramos juntos no 3 ano. E tu também mudas-te muito desde a última vez que te vi.
- Pois... Também gostava de saber a razão por teres ido embora.
- Tu sabes bem que que eu foi a um campeonato de....
- E o quê que interessa esse campeonato?! - Ele levantou a voz estremecendo os livros á sua volta. - Foste para os Estados Unidos e nunca mais voltaste! Pensei que fosse mais importante a nossa amizade... E nunca quiseste voltar para me encontrares.
- Desculpa, eu não sabia que te sentida assim... Desculpa...
- Não peças descula. Agora já não se pode voltar a trás.
- Mas como é que te posso compensar? Eu realmente lamento.
- Bem, o passado fica no passado, mas acho que podes mudar o presente.
- Como?
Ele fechou o livro ainda aberto e foi na minha direção.
- Assim.
Ele pegou no meu queixo e deu-me um beijo prolongado que me fez estremecer todo por dentro, e quando nos finalmente nos separamos eu não conseguia dizer nada. Mas as minhas bochechas falaram por mim quando fiquei completamente corado.
- Ah, e mai uma coisa. Ouvi falar que queres ser o 4 membro do concelho estudantil. Bem, eu quero receber-te de braços aberto. Bom, tenho de ir. Xau! - Ele saiu a correr da biblioteca.
                          
Como? Ele... beijo-me?..
                          
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Vala! Não sejas piegas Misaki!
Espero que tenham gostado.
                          
Bijus!..