Capítulo 69

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FABRIZIO GALARETTO

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FABRIZIO GALARETTO

—Cazzo – grito, socando o volante do meu carro. Olho para trás

Merda, eu o tive na mira. Agora sou um homem caçado e preciso pensar direito. Primeiro, vou ao meu apartamento pegar dinheiro e meus documentos. Preciso fugir. Saio em alta velocidade, paro em frente ao meu prédio, subo até meu apartamento, pego dinheiro, uma bolsa, soco algumas peças de roupa ali, pego mais munições e saio de lá o mais rápido possível. Dirijo até um local afastado e paro o carro. Decido ligar para Vladimir e pedir ajuda  só ele pode me ajudar agora.

— Alô — diz ele ao atender

–Vladimir, sou eu, Fabrizio. Deu merda, o Vicenzo sabe de tudo. Eu preciso de ajuda — peço, ouço sua gargalhada

—E eu com isso? Se vira! Não somos aliados, você é um idiota que não sabe fazer nada direito – diz ele em um tom de deboche

—Você disse que éramos aliados, não tem palavra – falo, alterado

—Olha como falta comigo! Quer duas máfias querendo seu pescoço – diz com a voz alta

—Não, desculpa – digo. Ele fica em silêncio, ouço uma espécie de gole; deve estar bebendo.

—E seu aliado, Augusto Monti? Peça ajuda dele, não são tão próximos. Pensei que a relação de vocês era de amizade, pois juntos foram falsos com a Cosa Nostra – ele diz

—Augusto foi morto. Vicenzo matou ele—ele gargalha novamente. Cazzo, vontade de matar esse desgraçado, mas não posso me alterar.

—Estou gostando desse Vicenzo,quero conhecê-lo pessoalmente. Quem sabe viramos aliados? Não seria má ideia—diz

—Você disse que queria a destruição da Cosa Nostra, que iria me ajudar a destruir o Don Vicenzo, e agora quer se aliar a ele? É isso mesmo que ouvi? — digo nervoso

—Vicenzo, como eu, somos herdeiros de uma máfia. Você não entenderia, pois não é um. Temos que nos aliar — miserável

—Ok, obrigado, Vladimir. Até mais – desligo

—Desgraçado! — Odeio aquele maledetto. Tive ele nas minhas mãos,aquela garota infeliz atrapalhou.

Volto a ligar para o carro, saindo daquele local. Estou sozinho, não sei o que fazer. Tenho dinheiro guardado em uma conta em um paraíso fiscal, posso fugir por um tempo para um lugar de difícil acesso. Depois, eu volto e mato todos...

Mas preciso levá-la comigo. A Sofia é minha, mas como vou saber onde ela está? Ela sumiu, ninguém me diz nada sobre ela. Dirijo até a casa dela, paro o carro a uma distância e espero. Dois carros chegam, um segurança sai, vai até a guarita e abre o portão. Ele entra novamente, e os carros entram na casa. Não posso ficar aqui muito tempo. Saio, dou várias voltas na cidade, me alimento. Cerca de duas horas depois, eu volto, estaciono distante e espero. Alguma empregada irá sair de lá,quem sabe uma não me diz o que eu quero saber. Cerca de uma hora depois, vejo uma moça sair. Ela está de uniforme, é minha deixa. Ela sobe a rua e dobra a esquina. Vou atrás dela, paro o carro e ela se assusta. Saio e aponto a arma para ela.

—Vem comigo e fica calada — digo. Ela fica pálida no mesmo instante.

Abro a porta do carro, ela entra, dou a volta e entro também. Ela chora, acelero...

—É o seguinte: me diz onde está Sofia D'Angelo, ou me diz ou você morre. Te mato agora mesmo — falo, segurando a arma na direção dela enquanto minha outra mão dirijo.

—Eu não sei, senhor — diz, em pânico. Seus olhos não mentem.

–Você acha que sou idiota? Sei que quem mais sabe dos patrões são os empregados. Desembucha para onde foi a Sofia — grito praticamente

—Ela... — engole em seco

— Cazzo, fala logo — falo. Ela se astuta.

—Ela está em Las Vegas, Estados Unidos — diz, sorrio

Paro o carro, mando ela sair. Ela sai, acelero em direção ao aeroporto. Sei muito bem onde ela está: é na casa do infeliz. Eu investiguei ele para matá-lo há um tempo atrás. Sei onde é a casa.

Espera, meu amor, estou chegando...

Don Vicenzo Vitale Onde histórias criam vida. Descubra agora