um olhar desconhecido

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Ayla.

Ajeitei o carrinho duplo das gêmeas, e sentei elas em casa um garantindo que elas estivessem bem presas.

O clima estava agradável, e já fazia alguns tempos que ia buscar Charlie com as gêmeas.

Elas ficavam tão animadas que se não fossemos logo elas choravam e ficavam no meu pé me seguindo pra todo canto.

Decidi ir a pé buscar Charlie na escola uma vez e então a meninas só queriam ir assim.

Caminhar sempre ajudava a clarear a mente, e as meninas adoravam o passeio, apontando para tudo ao redor com risadinhas animadas.

cheguei na escola, e passei pelo portão principal indo até o pátio onde as crianças brincavam e aguardavam os pais.

Charlie me avistou imediatamente e correu em nossa direção com o sorriso largo que sempre derretia meu coração, ele ama essa escola e os amiguinhos,mas não nega que prefere ir pra casa.

Charlie Mamãe!

Charlie gritou, contornando os carrinhos abraçando minhas pernas com força.

Apenas sorri, abaixando-me para abraçá-lo.

Ayla: Oi, meu amor! Como foi o dia hoje?

Charlie:Foi divertido! A professora contou uma história de dragões, e eu desenhei um para você!

Charlie disse, animado, me mostrando uma folha com um desenho colorido.depois que ele teve contato com tinta ele ama pintar.

Charlie:oi irmãzinhas.

Charlie falou se aproximando do carrinho enquanto eu tirava sua mochila de suas costas e colocava no compartimento debaixo do carrinho.

Enquanto arrumava tudo e ele conversava com as irmãs, senti um arrepio em todo meu corpo.

Algo na atmosfera havia mudado. levantei os olhos olhando em volta e não vi nada.

Achei que fosse apenas uma paranóia então apenas pequei o saquinho com biscoito e entreguei nas mãos do Charlie saindo de dentro da escola.

Charlie:abre mamãe.

Charlie falou quando já estávamos do lado de fora, esticando a embalagem em minha direção.

Ayla:você consegue meu amor.

Falei empurrando os carrinhos.

Charlie:não mamãe,esse é difícil eu já tentei.

Charlie falou ainda com o braço esticando a  embalagem esticada em minha direção, parei e peguei a embalagem abrindo em seguida.

Sinceramente estava sim difícil de abrir,me esqueci que essa embalagem era assim, normalmente leva dentro de um potinho.

Ayla:da um pra suas irmãs.

Falei e logo Charlie entregou um a cada uma elas já haviam mamado era para apenas beliscar antes do lanche da tarde.

Olhei em volta novamente ainda com sensação de estar sendo observada, mas dessa vez vi algo muito suspeito.

Do outro lado da rua, uma mulher parada perto de uma árvore. Loira, magra e com roupas discretas, a mulher parecia deslocada, como se estivesse apenas observando de longe.

O que me deixou desconcertada foi o olhar da mulher. Ela não apenas olhava para as crianças, mas especificamente para Charlie, com uma intensidade que me fez sentir uma angústia inexplicável.

Por instinto, segurou a mão de Charlie que brincava com as meninas e segurei com mais firmeza.

Ayla:Vamos, querido. Está na hora de ir para casa.

Ajustei o carrinho das gêmeas, fazendo com que elas ficassem de frente para mim, Charlie subiu no carrinho e se segurou  como sempre, ficando em pé entre eu e Ísis e comecei a caminhar empurrando os carrinhos.

Porém, de vez em quando, olhando por cima do ombro. A mulher ainda estava lá, imóvel, com os olhos fixos nas crianças.

Não era um olhar curioso, era um olhar que nunca vi coitado totalmente ao Charlie, o que me assustou bastante.

Apenas senti um nó no estômago, uma sensação de alerta que ela não conseguia explicar.

A caminhada de volta para casa, que normalmente é tranquila, pareceu  pesada. Eu não conseguia parar de olhar para trás ocasionalmente, para ter certeza e ver se a mulher estava me seguindo, mas a rua estava vazia.

Ainda assim, me sentia vigiada então a última coisa que faria seria ir pra casa e  colocar a segurança das crianças em risco.

Demorei mais que o normal para ir pra casa, decidi parar em Burger King muito movimentado e me infiltrar com as pessoas.

Liguei para Raviel e não tive coragem de sair de lá até ele chegar.

Pedi um lanchinho pras crianças e fingi naturalidade como se fosse apenas mais um passeio.

As crianças agiam como sempre, calmante e silenciosamente, pedi a um garçom para que me ajudasse pois me sentia seguida e logo ele avisou aos seguranças que ficaram atentos

Depois de alguns minutos Raviel chegou e finalmente podemos ir pra casa, tranquei a porta e suspirei aliviada.

Charlie correu para o tapete da sala, onde já estava a caixa de brinquedos, e soltei as  gêmeas e logo começaram a brincar com ele. Mais no entanto, não conseguia relaxar.

Quem era aquela mulher? Por que estava olhando para Charlie daquele jeito? sabia que faria qualquer coisa para proteger meus filhos, mas aquela sensação de angústia não a deixava em paz.

Enquanto observava as crianças brincando,  tentei afastar os pensamentos.

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Publicado:24/12/2024

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⏰ Última atualização: Dec 24, 2024 ⏰

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