Capítulo 64

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SOFIA D'ANGELO

- Como vocês estão? Precisam de alguma coisa? - Pietra pergunta ao sentar-se no sofá da sala

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- Como vocês estão? Precisam de alguma coisa? - Pietra pergunta ao sentar-se no sofá da sala.

É a segunda vez que ela vem nos ver; não gosto dela.

- Estamos bem, não precisamos de nada. Obrigado-Léon diz simpático demais para o meu gosto

Ela me olha, não digo nada, só observo...

- Você tem muito tempo de Cosa Nostra?- ela pergunta ao Léon, como se eu nem existisse na sala

Ele começa a contar a ela sobre como iniciou na organização. Ela também atira, participa de missões; ele ouve e comenta como se fosse maravilhoso uma mulher matar pessoas. Só reviro os olhos. Ela sempre cruzando as pernas em um minivestido vermelho, credo, super brega; cílios horríveis, maquiagem nem se fala...

- Deixa eu ver se entendi: você é segurança da Sofia?- ela pergunta ao Léon.

- Não, eu sou segurança da irmã dela, a namorada do Don Vicenzo - ele responde a ela.

- Namorada? - pergunta, como se fosse algo que ela não quisesse ouvir. Sorrio, ela é afim do Vicenzo.

-A Bella é a futura Dona da máfia-Digo,ela dá uma gargalhada alta. Léon também ri de mim.

-No caso, seria a futura Dama da máfia, mulher do Don-A nojenta diz, rindo em seguida. Sinto uma vontade de chorar.

Olho para Léon,ele ri também... Levanto.

-Com licença -falo, saindo

Subo as escadas, entro no quarto onde estou dormindo, fecho a porta com a chave e deito na cama. Começo a chorar ao imaginar que já fui igual a ela. Sinto mais vergonha ainda pelo meu passado,eu era uma escrota, idiota.

Um tempo passa. Tomo banho e deito novamente. Que ele fique lá sozinho para aprender a não rir de mim. Ouço uma batida na porta e finjo não ouvir.

-Sofia, vamos jantar. Eu fiz uma massa, você disse que gosta-Não respondo

Ouço um silêncio novamente, ele sai. Minha barriga ronca,estou com fome.

-Poderia ter ido à cozinha primeiro, sua burra - murmuro baixo

Outra batida na porta.

-Sofia, você está com fome? Almoçou pouco, que eu vi. Vamos jantar? - Não respondo - Sofia, deixa de ser criança! Eu vou arrombar a porta! -

-Me deixa em paz, Léon! Vai lá com sua amiga, aquela brega. Os cílios dela são maiores que a testa, mulher ridícula - ouço sua risada.

-Vai abrir ou eu vou arrombar? Escolhe - diz. Reviro os olhos, levanto, vou até a porta e abro. Viro e volto a deitar de costas para ele.

-Pronto, tá aberta. Não precisa ser um troglodita e arrombar a porta - digo, sinto ele sentar na cama

-Você tá chateada? -

Não falo nada...

-Desculpa por rir, acho graça você não entender nada da máfia - ele diz

-Você tem toda razão, eu não entendo nada. Não temos assunto. Vá conversar com a Gazela da Pietra; ela tem muitos assuntos com você. Até matar, ela mata - ouço sua risada baixa

- Gazela - murmura, aos risos

- Sim, uma espécie de veado chifrudo - digo, e ele ri mais alto.

- Eu não sei por que você está tão chateada. Você era dez vezes pior que ela - ele diz. Suas palavras me atingem; não gosto dele falar assim comigo, me sinto mal.

- Não precisa passar isso na minha cara toda hora, Léon. Eu já sei - começo a chorar.

- Desculpa, Sofia. Acho que peguei pesado. Você está tentando mudar e eu - pausa, fica em silêncio por um tempo - me perdoa?

- Se você fizer as refeições todos os dias durante um mês, lavar a louça e fazer o café da manhã, eu perdoo - digo.m

- Aí já é demais, não sou seu escravo - diz, levantando-se da cama. Olho para ele.

- Tá bom então - viro de costas

Ele se joga na cama e me faz cócegas... começo a rir de imediato.

- Para, Léon - falo entre as risadas.

- Só paro se me perdoar, e nada de me explorar - ele continua a fazer cócegas.

Tento segurar seus braços, mas ele segura minhas mãos em cima da cabeça. Sorrio ofegante, ele me olha estranho. Foco nos seus lábios, o tempo para por um momento. Ele se aproxima e me beija. Dou passagem para sua língua explorar minha boca; é meu primeiro beijo na vida. Ele solta minhas mãos, seguro sua nuca, ele aperta minha cintura. Sinto minha intimidade pulsar, arranho suas costas por baixo da camiseta, enquanto sua boca suga a minha. É tão gostoso, mas ele para, levanta e me olha.

-Desculpa, Sofia, isso não... -levanto e agarro ele e beijo-o novamente.

Caímos na cama, ele aperta o meu bumbum, retiro sua camiseta e tenho a visão do meu abdômen malhado. Aranho, que delícia...

-Não podemos -ele diz, beijando meu pescoço até a clavícula.

-Podemos -respondo, jogo ele de lado e sento na sua barriga.

-Não tem como, patricinha, somos de mundos diferentes -nego

-Ele não acha isso -sento no seu membro e rebolo por cima da calça de moletom; ele aumenta ainda mais o volume. Ele geme um pequeno gemido sofrido.

Ele me joga para o lado novamente...

-Estamos brincando com fogo - beija meu pescoço, segura meu seio e aperta.

- Não é ruim se queimar às vezes - digo. Ele ri e me beija.

- Vamos jantar? - levanta ofegante

- Eu queria outro jantar, Léon - ele sorri, negando(

Vou até ele, agarro-o, subo no seu colo. Ele me segura, entrelaça minhas pernas na sua cintura e beijo seu pescoço.

- Vamos dormir juntos a partir de hoje - digo, chegamos na escada.

- E aquela história de cada um no seu quarto? - desço do colo dele.

- Você não quer, então deixa - começo a descer as escadas. Ele murmura coisas, nem ligo.

- Eu quero sim, mas acho que seu pai... - interrompo-o.

- Somos noivos, Léon, noivos, esqueceu? - ele sorri e vem até a mim, já na saída da escada.

- Me faz lembrar - segura a minha cintura e me beija.

Don Vicenzo Vitale Onde histórias criam vida. Descubra agora