3.0 | HURRICANE AGATHA

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{ Furacão Agatha }

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{ Furacão Agatha }


Maze Jules Maybank -MJ

Quando saí para fora do castelo, a primeira coisa que notei foi a desordem — o furacão tinha passado, e o que ele deixou era uma cena de puro caos. Árvores enormes estavam caídas, arrancadas do chão como se fossem brinquedos quebrados. As folhas cobriam tudo, espalhadas sobre a terra molhada, que exalava aquele cheiro forte de natureza bruta. Galhos estavam espalhados para todos os lados, e troncos partidos deixavam claro que o vento tinha sido forte o suficiente para desafiar até as raízes mais antigas.

Ao meu lado, John B olhava para o cenário com um ar meio sério. Não era surpresa para ninguém o estrago — todos sabíamos que um furacão nunca passa sem deixar marcas. Mas, mesmo assim, ver de perto era outra história. A cena parecia surreal, quase como se a própria natureza tivesse decidido virar tudo de ponta-cabeça só para testar nossa paciência.

— Isso vai dar um trabalhão. — murmurei, avaliando a quantidade de coisas que precisaríamos arrumar.

JB deu um suspiro leve e assentiu, observando tudo à nossa frente sob a luz da manhã. O céu, limpo e sem nuvens, parecia em contraste completo com a destruição ao redor. Depois de uma noite agitada, a calmaria agora parecia quase irônica.

— É, nada que a gente não resolva — respondeu ele, com aquele jeito casual, mas sem tirar os olhos do que estava à nossa frente.

O sol da batia nas folhas espalhadas e nas árvores caídas, e o cenário parecia até mais bagunçado com toda essa luz. Mas não adiantava ficar ali só olhando. Eu sabia que aquele era o momento de começar a colocar tudo de volta no lugar.

Até que ouvi o barulho de passos se aproximando e, em seguida, JJ apareceu na porta do castelo, com o cabelo bagunçado e a cara de quem acabou de acordar. Ele acendeu um cigarro e comentou, com a voz ainda sonolenta, mas com aquele tom sarcástico típico:

— Caramba... a Agatha mandou ver, hein?

Ele olhou para o cenário com um sorriso meio sem graça, tentando disfarçar o quanto estava surpreso, mas sem esconder a leveza que encarava a situação.

— A natureza fez a parte dela, mas agora é a nossa vez de colocar ordem nisso aqui. — Eu não consegui segurar o riso, mesmo com tudo em volta parecendo um campo de guerra.

JJ deu uma risadinha enquanto chutava um tronco caído e depois se virou para nós.

— Isso aqui tá um caos.

— Um caos que vamos ter que arrumar. — John B não perdeu tempo e já entregou uma pá na mão dele, como quem diz: "sem desculpas".

— A gente vai ter que fazer o trabalho pesado, né? Mas tudo bem, nada que um pouco de atitude não resolva. — Ele deu uma tragada no cigarro, analisando o cenário com um toque de ironia. — Bom, pelo menos o dia tá bonito. Não vai ser o pior dia da nossa vida, vai?

HEART'S CRIES, Rafe CameronOnde histórias criam vida. Descubra agora