Capítulo 31

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Russo 🇷🇺

- Não estou entendendo onde você quer chegar com essas perguntas. - Luma ficou me encarando

- São apenas perguntas, loira. - pisquei o olho

- Eu não sabia que ele era casado, se eu soubesse jamais iria me envolver com ele. - respondeu olhando para baixo

- E que ele era polícia? vai meter caô e dizer que não sabia? - perguntei na lata

- Sabia, Russo. - ela respondeu e tudo começou a fazer sentido na minha mente

- Que coincidência do caralho não é, loira? De repente você que morava aqui a supostamente 4 anos e não era conhecida por quase ninguém, depois você começa a ficar próxima de toda a minha família e do nada você aparece com a porra de umas fotos mostrando toda a minha família - bati no sofá e ela se assustou

- Russo, pelo amor de Deus. - Luma levantou e ficou em pé na minha frente

- Você tá envolvida nessa porra do Santiago? Você tá envolvida em tudo que fizeram com Tainá? - levantei também

Parecia que tudo tava fazendo sentido, Luma vive na pista e conhece vários playboys e as patricinhas, conheceu o Natan e quando ele descobriu que ela morava aqui no morro, viu um jeito de impressionar o pai e ofereceu um dinheiro em troca de informações.

Luma tava precisando de dinheiro para organizar as coisas na casa dela, os 12 mil que eu dei não era suficiente para comprar tudo para a casa dela.

Caralho, não acredito que essa piranha teve coragem de fazer tudo isso.

- Eu juro pela vida do meu filho que nunca faria isso com vocês, eu tenho um filho, russo. - ela falou chorando - Eu nunca me envolveria em nada que prejudicasse vocês sabendo que isso poderia afetar na vida do meu filho

- Não acredito em uma palavra que sai da tua boca, vagabunda - gritei

- Não faz nada comigo, eu não estou envolvida em nada e jamais sabia que ele era filho do Santiago. - gritou chorando - Ele me falou que tinha acabado de entrar na PM e era policial de Niterói, ele nem sabia que eu morava aqui no morro e nas duas vezes que a gente saiu ele me deixou no apartamento de uma amiga

- Quem me garante isso? - perguntei encarnando ela

- Eu sabia que ele era policial, por isso não falei que morava aqui. Se você quiser eu ligo para minha amiga agora e pergunto toda a história para confirmar. - ela respondeu estirando o celular

- E se vocês já deixou combinado tudo isso? - falei sem acreditar nela

- Acredita em mim, por favor. - ela implorou mais uma vez

Eu to cheio de ódio, confiei em colocar uma piranha dessa dentro da minha casa e ela arma tudo isso.

Liguei para a amiga dela e mandei ela falar algumas coisas, vai que elas tinham algum código ou algo assim.

Assim a garota atendeu puxei a arma e coloquei na cabeça dela.

Luma esta tremendo tanto que quase não consegue segurar o celular na mão.

Ligação on📞

- O Natan é policial de onde? - Luma perguntou tremendo

- Oi amiga, de Niterói ué. Igual o Felipe, eles trabalham juntos ne? - a garota respondeu sem entender

- Ele sabe que eu moro no morro? - perguntou engolindo o choro

- Vai sair com ele de novo? Acho que não vou estar em casa hoje, então deixo a chave para você fingir que estava abrindo o portão do prédio. - respondeu

- Ele sabe que eu moro no morro? - perguntou de novo

- Claro que não, acho que ele acreditou que você mora comigo aqui. - ela respondeu

Ligação off 📞

Eu mandei ela desligar e assim ela fez.

- Ta vendo, eu não fiz nada e ela confirmou tudo que eu disse. - Luma continuou chorando

- Você teve sorte, mas agora eu quero você longe da minha família. - dei umas batidas de leve com a arma na cabeça dela - Se a Fernanda falar com você, não responde, fica longe da minha casa e se acontecer qualquer bagulho, eu mato você e seu filho.

Gritei e meti o pé da casa dela.

A amiga confirmou, mas eu ainda estou desconfiado, vou colocar uns manos na cola da loira e ver se consigo clonar o celular dela.

Quero saber cada passo dela, porque uma hora ela vai vacilar e eu vou poder pegar ela.

Até agora não tava tendo sinal de nenhum cabueta aqui dentro da minha favela, agora já to no pé de alguns para ter certeza de que não tão tramando nada nas minhas costas.

Tava boladão com esses bagulho da loira, os manos tão tudo andando de lancha e vagabundo resolvendo bo da favela toda.

Vai achando que ser dono dessa porra é tranqulinho legal, é só problema na vida do sujeito. Quando a gente pensa que vai ficar tudo em paz, uma bomba nova explode e sujeito tem que ir resolver.

Lance Eterno [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora