Perdão!

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Matteo

Quando paramos sinto o cheiro de sangue e minha mãe tira suas mãos dos meus olhos, me fazendo enxergar o cômodo escuro, iluminado por uma luz fraca, com suas paredes pintadas de vermelho, em dois tons. O cheiro de sangue entra mais forte em minhas narinas, ao adentrar mais, sendo empurrado levemente por ela.

- Feliz aniversário meu filho!  - ela sorriu largo apontando a garota que chorava amarrada em cima de um colchão. - Vamos brincar? - seu sorriso sádico espelhou o meu.

Era meu aniversário de treze  anos, e ela me trouxe mais uma garota para bricarmos juntos. Desde meus oito anos ela me fazia brincar com ela, e eu gostava, gostava de ouvir o choro agoniado das garotas, sabendo que elas mereciam, já que meu pai as fodia, traindo minha mãe.

Vermelho era tudo o que eu via, e o cheiro do sangue delas, enquanto agonizavam em nossas mãos. Sim, somos dois doentes, fodidamente perfeitos, eu e minha mãe, em nossa loucura! Ela me entendia e eu a entendia, nós nos completavamos.

- Agora é minha vez, querido! - ela me entregou uma corda e um chicote duro.

Eu os peguei, sentindo como o chicote era pesado. A amarrei como ela gostava e comecei a açoitar suas costas, deixando marcas incríveis em sua pele branca. Seus gritos ecoavam pelo cômodo, dor e prazer misturados, enquanto ela se remexia inquieta. O suor pingava por meu rosto e por meu corpo, enquanto eu a castigava mais.

Olhei a garota ainda viva, nos olhando horrorizada e sorri sentindo-me incrível. Sim, eu me sentia incrível quando a castigava, saciando seus desejos sujos e sombrios. Ouvi quando ela gozou, gritando agoniada e parei os açoites. A olhei sério e ela me sorriu cansada, me agradecendo. Eu e ela não nos tocavamos, não sexualmente, eu nunca senti nada por ela, que não fosse fraternal, mas esse era o jeito dela de brincar, e eu fazia todas as suas vontades.

Só que isso mudou quando ela, em meu aniversário de catorze anos, me pediu para fodê-la! Neguei veemente, nunca a tocaria daquela forma, e aquele foi o limite entre nós e ela entendeu e não me pediu mais. Se afastou de mim, e nós não fomos mais os mesmos. Meu pai a obrigou a procurar ajuda, mas ela não conseguia dormar seu monstro interior e no meu aniversário de quinze anos, meu presente foi ela, pendurada em uma corda!

Ao ver aquilo enlouqueci e culpei meu pai assim como me culpei. Ele, por a ter obrigado a parar de saciar seus desejos e a mim por tê-la deixado sozinha. Então ele virou meu inimigo e minha vingança foi começar a destruir a porra do seu império.

Até ele me jogar na porra daquela prisão, onde fui tratado como o monstro que sou, até que a sede de vingança passasse e eu entendesse que não foi nossa culpa, o monstro dela foi quem a matou! Conell me deu uma chance de sair daquele inferno, me levando para sua agência de segurança e eu virei a porra do melhor agente de lá.

Tirei Shammuel de lá junto comigo, mas Conell não o queria perto dele, então o mandei para o meu pai, que o aceitou com a condição de que, quando ele se aposentasse, eu assumisse seu lugar. Aceitei sabendo que iria demorar para aquilo acontecer e provavelmente ele já teria outro herdeiro, então era bem capaz de nunca acontecer.

Conheci penélope na agência, quando ela ganhou meu respeito, ao ser uma das melhores da minha equipe, quase tão boa quanto eu. Eu sabia de onde ela veio e seu nome verdadeiro, mas naquela época não fazia diferença para mim. E foi através dela que conhecei Linda, um dia quando passei em sua casa para buscá-la, para irmos a mais uma missão, conheci sua amiga, que fez meu pau ficar duro por dias, me fazendo persegui-la até conseguir que ela fosse minha.

Mas seis anos depois descobri que ela não trepava apenas comigo e a criança não era minha. Para não matá-la comecei a frequentar os ringues clandestinos de Helsinki, e depois a boate, onde meu monstro podia brincar com as garotas de lá. A morte dela me enlouqueceu, mesmo sabendo de tudo, eu ainda a queria, assim como a criança, que fazia meu coração bater feliz ao me chamar de pai.

Padre Cameron - Renda-se ao Pecado...Onde histórias criam vida. Descubra agora