Capítulo quatro

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Desespero, medo, tremor

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Desespero, medo, tremor. Isso é tudo o que eu sinto nesse momento. A pressão das mãos dele ainda se faz presente em meu pescoço, levanto minha mão e passo devagar no local em que ele apertou.

Não consigo assimilar tudo o que acabou de acontecer, por um momento eu estava sendo quase estrupada e por outro, o temível dragão negro estava tão perto de mim.

Tento sair do lugar mas minhas pernas estão iguais gelatinas, aguardo uns minutos e aos poucos começo a caminhar, torcendo para conseguir chegar em minha casa.

Ando devagar, até que escuto Carlos me chamando.

- Estou aqui. - grito de volta para que ele me encontre.

Escuto passos fortes vindo na minha direção.

- Bri você está aí. - chega perto de mim e me aconchega em seus braços. - por favor não faça mais isso, quase me matou do coração.

- Desculpa Carlinhos, prometo que não irá se repetir.

Sinto sua mão passando em meu rosto aonde foi o tapa.

- Me desculpa. - pede com a voz aflita.

- Pelo o que Carlinhos?

- Por não conseguir te defender. - sua voz agora é chorosa.

- A culpa não é sua, você é o menos culpado nessa história toda. - o abraço e peço que me leve para casa.

Chegando em casa vou para meu quarto, aonde tirou minhas roupas e entro para o banheiro, ligo o chuveiro e a água cai sobre meu corpo e sem evitar pensamentos sobre aquele homem penetram em minha cabeça.

Sua respiração pesada em meus ouvidos e sua voz grossa me chamando de docinho, me faz arrepiar.
Não consigo entender o porque dele ter me ajudado - talvez ele não seja tão ruim como todos dizem - porém ao me lembrar de suas palavras duras porque eu me recusei a contar quem havia me batido, afasto meus pensamentos para lá.

Termino meu banho ansiosa para contar tudo a Rafaela, que vai ficar eufórica.

(...)

Acordo no outro dia, com o corpo um pouco dolorido, passo a mão em meu rosto tendo a certeza que a marca ainda está lá. Não acostumo usar óculos preto, porém hoje terei que vesti-lo para dar uma disfarçada.

Aperto no despertador, que fala as horas e ainda é muito cedo, porém preciso levantar para fazer os doces.

Depois de ter feito minhas higiene matinais vou para a cozinha e começo a produção. O cheiro de cigarro e bebida está praguejado e por isso sei que minha mãe deve estar em casa e provavelmente hoje não conseguirá ir trabalhar.

Enquanto deixo algumas coisas no fogo, tento me organizar para passar um pano no chão com um cheiro gostoso do desinfetante, para que o cheiro ruim vá embora.

Até a escuridão - série instintos - livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora