|Capítulo 05|

                                    

                                          
"Não posso contar os dragões que matei
Você pode dar tudo que você tem."
"Porque o ódio está correndo em minhas veias
Este dragão não pode ser domesticado
Tem fogo no meu sangue."

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Já havia se passado uma semana desde o seu pequeno surto, os guardas a mando do rei o trancaram aqui mais do que ele já estava. Ninguém tinha a permissão de entrar, só os maesters para trocar os seus curativos, de madrugada ele podia ouvir a rainha Alicent deste mundo implorando aos guardas para entrar, mais sempre é negada.
A doce sensação de arrancar os sangue da puta despareceu, essa Rhaenyra não era quem ele queria enforcar com as próprias mãos, essa Rhaenyra era só uma princesa mimada achando que tem o mundo nas mãos e seus segredos seguros. Durante a guerra além de sonhar constantemente em matar Daemon, ele também queria matar Rhaenyra, ele achou que ela lutaria as suas próprias lutas já que ela lutava para ter o trono, ele queria ter ao menos uma chance para Rhaenyra ter o mesmo destino que ele destinou a Lucerys.
Porém, a puta fez com que outras pessoas lutassem a sua guerra, fez com que outras pessoas morressem em prol do nome dela em vão. Ela faz homens irem para guerra enquanto ficava confortavelmente em Pedra do Dragão, se fartando em comida e gastando o fundo de dinheiro que ainda tinha em Pedra do Dragão até acabar. E até no desespero fez com que bastardos da casa Targaryen montassem dragões, algo que só os Targaryen tinham o privilégio, mais o que esperar de uma mulher que teve três bastardos publicamente sendo uma herdeira.
No fim foi só uma satisfação passageira bater nela, e nesse mundo ninguém entenderia a sua raiva e ódio. Era isso que mais revoltava ele, está em mundo sendo o único com a vivência do lado mais cruel monstruoso de toda a "família".
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Mais duas semanas se passaram quando finalmente ele teve a grande "benevolência" do rei para voltar a socializar no castelo, a desculpa pública dita pelo rei era que ele teve um surto psicótico causado pelo choque. 
Desde o momento que ele teve permissão para ir para os seus próprios quartos e sair da enfermaria, a rainha não soltava dele nem um minuto. Era estanho ter a cópia da sua verdadeira mãe sendo tão explícita em seus sentimentos por ele, Aemond só realmente obteve a atenção da mãe quando perdeu o olho, e então os olhos de Alicent se desgrudaram de Aegon e foram para ele. Porém, durante a guerra o relacionamento deles esfriou e rachou, a sua mãe o viu com outros olhos depois dele matar Lucerys, e piorou depois da morte de Jaehaerys. E quando ele partiu para Harreral atrás de Daemon, ele não se despediu de ninguém, só saiu na calada da noite com o coração apertado.
Então era um eufemismo dizer o quanto ele estava desconfortável, então ele ficava o mais tempo possível nos seus aposentos com dois guardas em sua porta. Ele também começou a tratar sozinho dos seus machucados, ele já sabia de cor como cuidar do seu olho perdido, então desprezou e dispensou os maesters do seu tratamento, o seu pulso também estava curando só restando uma cicatriz distorcida visível em sua pele.
Ele estava aéreo sobre os últimos acontecimentos da sua vida, era desnorteate ser forçado a viver uma vida a qual ele deixou de querer a muito tempo.
Então em um dia sombrio e chuvoso, ele teve uma vista que o deixou com as pernas trêmulas a ponto de desabar a qualquer momento. Helaena apareceu no seu quarto como uma sombra quieta, mal fazendo barulho, ele só percebeu que tinha alguém no seu quarto quando ouviu ela o chamando.