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Desabafo da autora rapidinho...

Gente, estava conversando com uma "conselheira" e a gata falou assim: seu psicológico está abalado e você tem que parar de escrever essas coisas. Você sabe que a cada página é um crime diferente, né? Então, você vai dar um tempo e parar de escrever, ao menos, um mês para descanso. Eu fiquei tipo: como é, amiga? Eu não preciso de descanso, eu preciso de respostas e minhas leitoras também. Imagina sumir e deixar vocês querendo saber o final?

Ela está lutando contra o nosso sucesso aqui kkkk e só de revolta, vamos a mais capítulos hoje, porque hoje estou do jeitinho que o hospício gosta 🤝😁.

Sextou 🥳🙅.

»»»»»»»»»»»»»»»

Estava entediada e com vontade de tomar um banho, então, mesmo que as roupas não tenham chegado, tomei um banho quente e demorado. Enrolo-me na toalha e fico lendo um livro que achei na pequena estante, é interessante de verdade para ser sincera.
 
"Barulho de arranhado na porta".
 
Franzi o nariz, querendo saber que tipo de esquizofrenia é essa, e me levanto, indo até a porta. Giro a maçaneta e dou de cara com um tigre, bem maior do que a última vez que eu o vi, olha que nem foi há tanto tempo assim. Ele cresceu muito. Zion pula em cima de mim, me derrubando no chão, me recepcionando com tamanho alegria que nenhum humano seria capaz. — Oi, meu bebê, que saudade, amor da minha vida... meu Deus, como você está enorme — acaricio seu pelo. — Onde você estava, que não veio me ver antes? Já estava achando que o maluco do Henrique tinha te vendido — sussurrou em brincadeira por saber que ele nunca faria isso, mas não pude vê-lo antes porque de fato a merda dessa casa é uma fortaleza — está fazendo cócegas — dou risada e ele continua lambendo meu rosto. Me sinto observada e me inclino para o lado, vendo Henrique parado de frente para nós, encostado na parede, me fitando tranquilamente — Own... — fecho minhas pernas rapidamente, envergonhada — onde ele estava?
 
— Uma espécie de pet shop para porte grande — explica e abraço Zion.
 
— Por isso você está tão cheiroso, coisa mais fofa de mamãe — beijo seu pescoço e ele se joga em mim, querendo mais carinho — você está pesado, não consigo mais te levantar — ele me lambe — Saudades da mamãe, meu amor?
 
— Ah, ele sentiu sim, dava para ver — olho para Henrique, que fala de braços cruzados, olhando-nos — foi crueldade ter-nos abandonado.
 
— Primeiro: eu deixei você, não ele; e segundo: eu já pretendia levá-lo comigo, não ia deixá-lo aqui.
 
— E você acha que conseguiria levar meu filho de mim? — pergunta.
 
— Meu filho!
 
— Nosso filho! — deixa bem claro, em tom de quem não aceita uma discussão sobre, e eu reviro os olhos.
 
— O que faz aqui, Henrique? — questiono em tom seco.
 
— Suas roupas chegaram, gatinha. Quer ver, ou prefere ficar de toalha? Eu não vou achar ruim não — malícia explícita.
 
— Claro que não — rosno e ele sorri de canto — mas o que quer dizer com ir ver? Ah, vou pegar as sacolas, saquei — me levanto.
 
— Não, já está tudo no closet — eu me inclino para trás, vendo a porta de meu closet fechada e franzo o nariz, me questionando como ele colocou roupas ali — no nosso closet, meu bem. Vão ficar no nosso quarto, já poupando tempo de mudança depois.
 
— Não mesmo, quero aqui, é aqui onde vou ficar sempre, até desistir e me soltar. — Ele cerra o maxilar e suspira fundo.
 
— Você tem duas opções: aceita que ficará lá ou se nega e continua andando de toalha pela casa. Qual escolhe? — pergunta sem brechas para discussão, me mordo de raiva.
 
— Aff, você é insuportável! — me levanto, consertando minha toalha, e caminho até o quarto dele, sentindo seus braços rodearem meus ombros, me puxando para perto.
 
— Eu sei, gatinha, mas eu não vou te soltar e muito menos desistir de você — beija minha bochecha — mas confesso que queria que optasse pela segunda opção. Podemos fazer uma coisa mais Largados e Pelados, o que acha? Já me sinto em uma selva mesmo, não é, Zion? — Zion ruge e eu não contenho a risada.
 
— Para com essas ideias tortas, Henrique — dou uma cotovelada nele, mas não para doer, e ele ri.
 
— Mas não é uma péssima ideia — soa tranquilo e entramos no seu quarto.
 
— Ah tá, vou fingir que concordo — saio de seu abraço e vou até o closet. Adentro o cômodo e abro minha boca instantaneamente ao ver tudo aquilo.

My wifeOnde histórias criam vida. Descubra agora