- Oie - cumprimento Félix, que está sentado no sofá, abraçado a Cris.
- Oi, vocês demoraram em, a escola é aqui perto, gente - comenta, mexendo no celular.
- Fizemos uma parada rápida - me olha com malícia, coro.
- O almoço está pronto, suas pestes - mamãe grita e vamos para a mesa de jantar - Oi, Henrique - acena, ele retribui.
- Henrique, você veio mesmo? - Katy se levanta em um pulo, indo até ele.
- Claro que eu vim, Joaninha. Eu te prometi, lembra? - beija sua bochecha e ela se derrete, empolgada por ele lembrar. Sorri vendo a cena, simplesmente acho eles muito fofos juntos. Nos sentamos à mesa, preenchendo quase todos os assentos, restando apenas dois lugares.
- Gente, essa mesa está faltando duas pessoas em... - observo, puxando assunto.
- Está faltando um - Hanna avisa - meu neném vai preencher em breve.
- Ué, você namora Hanna? - Henrique questiona - achei que era uma brincadeira os rumores. Quem é o sortudo?
- Me diz você, tem algum amigo para me apresentar? - diz, com um sorriso esperançoso. Cris dá uma cotovelada nada discreta e eu sorri de canto. Ciúmes de irmão ou ele ama tanto assim o cunhado, para não deixar ela querer que Henrique o apresente outro? - É brincadeira, pretendo um dia acabar com o mistério, apresentando-o à família.
- Hum... fiquei curioso, mas ok - Henrique.
- Falta o meu também. Estou aceitando um homão de presente. Alguém para me indicar um amigo mais velho? - Mamãe pergunta animada com a possibilidade. Uno as sobrancelhas, notando o quanto ainda é estranho ver mamãe falando de outro cara a não ser meu pai, mas ela tem que seguir em frente, sei disso.
- Eu tenho um "amigo", vou te apresentar, ele tem 35 anos, se não me engane. Boa pinta, bonitão, sem contar ser cheio da grana, um romântico incurável e meu braço direito.
- Ui, perfeito, faz propaganda de mim! Ou melhor, me leva um dia para conhecer onde vocês trabalham - dá a ideia, Henrique assente, sorrindo.- Henrique está de cupido hoje - brinca - mas e Rói? Ele não era seu melhor amigo e braço direito? - Félix lembra, reflito sobre realmente achar ser desta forma. Eles são tão amigos, um dos únicos que sabia que Henrique considerava ao menos.
- Sim, mas ele é meio que chefe junto comigo, acima dele, só eu. Então, acho que é mais do que braço direito na empresa. Ele é quase que meu irmão, sabe? - diz meio sem jeito, sem saber como assumir talvez. Nunca vi Henrique falar bem de alguém, não nesse sentido. Ele me disse uma vez que não tem amigos, então suponho que Rói seja a exceção, ou algo além disso, um irmão mesmo. Que fofo ele dizer isso.
- Que bonitinho - Félix implica - entendi e, inclusive, ele será minha dupla para o trabalho - Félix.
- Verdade, nós vimos. Vai ser tranquilo, então, formaram uma boa dupla.- Não brinca, devem mesmo formar uma ótima dupla - veneno no tom de Cris - Quem é Rói, posso saber? Compartilha comigo, adoro conhecer pessoas novas - O ciúme fala em nome do meu irmão.
- Um asiático de qualidade, amigo bonitão do Henrique, "a elite do colégio" - jogo lenha na fogueira, atiçando seu ciúme que, aparentemente, não precisa de muito para o feito, já que seu olhar se torna ainda mais mortal.
- Asiático e bonitão, Félix? Quer morrer agora, ou daqui a cinco minutinhos, filho da puta?
- Gente, me apresenta aí - Hanna.
- Deu a porra mesmo, não começa você também - Cris adverte, só faltando bater nela. Seguro a risada.
- Relaxa, Cris. Não é porque ele é BI e, no começo do ano, falou que super pegaria o Fé, que precisa desse estresse todo. Fique tranquilo, acho que ele até namora, não é?
- Puta que pariu, Hellory, cala a boca, porra - Félix manda, quando Cris o olha feito boneco de filme de terror.
- Cris, relaxa, irmão - Henrique fala, tirando a faca e o garfo de perto dele. - E você também, para de chamá-lo de "bonitão e asiático de qualidade", capeta - Henrique me ataca, olho-o com um sorriso amarelo, mandando beijo cinicamente e ele revira os olhos - Cris, fica suave, ele namora e é fiel até demais à mulher dele - Henrique fala e o mesmo assente, respirando fundo. Félix tenta beijar sua bochecha, mas ele se afasta.
- Gente... - mamãe chama, olhando alguma coisa no celular - Hellory, já sei o que quero, então, por favor, ande logo. Precisamos colocar em ação os planos, e estou com umas ideias tipo a da Hanna - brinca. Henrique me olha e pigarreio, discretamente, eles me olham.
- É que... eu já perdi - falo tão baixo que a voz mal sai, eles arqueiam a sobrancelha fazendo sinal de que não entenderam - já perdi...
- Fala para fora, caramba. Comeu a língua? - Hanna pede irritada, revirou os olhos e bufo.
- Já perdi essa merda - assumo minha derrota de uma vez, eles me olham e automaticamente se viram para Henrique.
- Caralho, o maluco é brabo - Félix.
- Eu acreditava nele, mas tão rápido, Hellory? - mamãe diz incrédula e eu coro, quase entrando debaixo da mesa.
- Uii, a demorada para chegar em casa, tô sabendo em - Hanna ri.
- Podem parar! Já falei que perdi, mas não preciso comentar sobre nossa vida sexual, não - digo e eles riem.
- Desculpa - Cris pede, segurando a gargalhada, ficando vermelho por isso.
Eu mereço em. Putaria. Ele ri genuinamente da minha cara e eu fico com cara de trouxa. Todos à mesa dão risada.
- Eu quero meu prêmio, hein! - Félix diz.
•••
- Tchau, amor - me despeço de Henrique com um selinho, ele me abraça e dá um tapa na bunda, como uma mania que eu realmente não acho ruim.
Já são 21:51 da noite, ele está indo para casa, está na hora eu acho, mas queria que ele ficasse comigo, me acostumei com ele. Passamos o dia inteiro juntos e com nosso filho, meu passatempo favorito com certeza é assistir série com ele, e agora, Zion também. Eles são a coisa mais fofa juntos. Henrique entra em seu carro e eu fecho a porta, voltando ao meu quarto, me jogando na cama e pensando sobre o que farei a partir de agora. Uma coisa não fica escondida por muito tempo, não é?
»»»»»»»»»»»»
No próximo capítulo, vem bomba...
Estão preparadas?
VOCÊ ESTÁ LENDO
My wife
FanfictionHellory vive uma vida dupla, entre a menina perfeita aos olhos de todos e assassina profissional procurada em todo o país. Max, sua personalidade oculta, busca vingança por suas irmãs do convento onde foi treinada, que foram assassinadas brutalmente...