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Gente, estou me empolgando aqui, mas bora para os capítulos extras kk.
 
Comente aí para engajar. 
 
Capítulo não revisado.
 
»»»»»»»»
 
Levo minha mão até a sua máscara e acaricio o material de alta qualidade, inspiro profundamente...

"Som de toque".
 
O seu telefone toca, me causando um susto, e eu seguro minhas mãos, apertando-as com força. Coloco o telefone no balcão com a inscrição "maninha", fecho os olhos e, de forma discreta, olho para a câmera... acho que alguém está me observando. A invasão ao sistema de câmeras padrão da casa não era tão desafiadora quanto o meu pessoal, como Rex. Era evidente que era necessário ter habilidade para tal, e certamente aquela loira que conheci tinha. Fito Max, desacordada e vulnerável... — É você, meu amor, eu tenho certeza disso.
 
Sento-me na cadeira do balcão e relaxo, segurando sua mão firmemente. Se minha passarinha estivesse quase morrendo, principalmente por minha culpa, não permitiria que ela se afastasse nem por um instante. Ela afirmou que estavam vindo buscá-la, agora é aguardar, sei que se ela me descobrir, vai querer me matar.
Meu celular vibra no meu bolso e fico paralisado ao ver a mensagem na barra de notificações. "Passarinho". Rapidamente, meus olhos se voltam para Max e eu os aperto, soltando sua mão instantaneamente. Impossível.
 
Mensagem on:
 
Hellory: Acordado? 
 
Henrique: Com certeza. Amor, me envia um áudio, gostaria de escutar a sua voz.
 
Mensagem de voz: Que lindo você querendo ouvir a minha voz, mas o que está havendo? Problemas para dormir? — Franzo o nariz e olho para a mulher que jurei ser a mesma, mas que agora está apagada. 
 
Henrique: É que eu estava pensando em algo, mas deixa isso para lá, meu amor. Você vai para a escola hoje? Ocorreu algo incomum.
 
Hellory: O que houve? Pode falar. Ou, se quiser falar na aula, você quem sabe.
 
Henrique: Eu conto mais tarde, então, vida.
 
Mensagem off.
 
Desligo a tela ao ver Max se mexendo, ela mexe as pontas dos dedos um pouco e pisca os olhos ainda fechados, três vezes, parecendo recuperar a consciência aos poucos. Quando seus olhos se separam e as pupilas verdes dilatam, ela se levanta rapidamente, olhando tudo ao redor. — Calma, está tudo bem! — tranquilizo, sem me mover, aguardando que ela se acalme. Max respira fundo e olha para a barriga, franzindo o nariz.
 
— Tem muito tempo que apaguei? — questiona, nego — obrigado, por... ter fechado.
 
— Não foi nada, mas você precisa de um médico. Quer que chame um? 
 
— Não, pelo amor de Deus! 
 
— Por que não? — finjo o sonso.
 
— Sei que sabe que sou uma assassina, Henrique, não precisa ser educado e fingir que não está pensando seriamente que posso te matar a qualquer hora — fala e eu sorri de canto.
 
— Uau, quem precisa ser educada é você — ela coloca a mão na barriga ao rir, tentando conter a dor do simples ato — a pergunta era besta, foi mal.
 
— Desculpa pela ignorância, é a dor... e vai ficar uma cicatriz linda de morrer — sorri com o péssimo trocadilho — me dá um copo de água, por favor? 
 
— Claro! — vou até a geladeira, pego a jarra e um copo de vidro, a sirvo. Ela pega o copo, levando aos lábios, sendo barrada pela máscara, e não aguento, dando uma gargalhada sincera quando ela encara o copo com raiva. Já me ocorreu isso e eu estava com sede — canudo? 
 
— Sim, com certeza — diz de bom humor, vou até a gaveta, pegando um lacrado. Ouço a mesma bufar e me viro, olhando-a entretida com algo no celular. 
 
— O que foi? — questiono, entregando o canudo. Ela descasca a embalagem e leva aos lábios por debaixo da máscara. 
 
— A polícia está no quarteirão todo à minha procura e meu parceiro não está conseguindo passar. Vou ter que atrapalhar um pouco mais seu sono, desculpa — nego, tudo bem.
 
— Estou sendo cúmplice de algum crime e não estou sabendo? — questiono, fingindo medo, e ela nega. 
 
— Não, é que eu cheguei numa farmácia assim, eles me ajudaram, mas... chamaram a polícia — ela me olha fixamente — você chamou a polícia, Sr Wistcher? — eu nego, ela aperta os olhos — bom, ela me avisaria e não seria bom para você, então realmente espero que você não tenha. 
 
— Quem? — ela toma água tranquilamente. 
 
— Ela é hacker, e das boas — acena para a câmera, confirmando minha teoria. 
 
— Credo, agora estou começando a ficar com medo. Inclusive, como sabe meu nome, Max? Ela é a outra Max? — questiono em provocação sutil, seu olhar escurece, marejando a tristeza.
 
— Não. De Max, agora só eu, graças ao filho da puta que me fez isso — aponta para si mesma, ensanguentada — sobre você, é um milionário famoso, raro quem não te conhece. 
 
— É... pode ser — ouço uma risada sua. 
 
— Sabe o que é engraçado? — Nego — Você está na lista de suspeitos da polícia, você de fato fisicamente se parece com ele, mas de jeito, é completamente diferente. Chega a ser pecado a comparação. — Sorrio com o fato de conseguir enganar tão bem, sem nem me esforçar.
 
— Devo me sentir elogiado ou ofendido? 
 
— Bom... meio termo — franzo o nariz.
 
— Vai ter que explicar agora — ela assente.
 
— Com certeza, elogiado por ele ser babaca, assassino, um cuzão total — arqueio a sobrancelha — mas nem tanto, por ele ao menos ser bom no que faz e com estilo. Se bem que é bom em todos os sentidos você não fazer as mesmas coisas que ele, mesmo que com qualidade, ele mata friamente.
 
— Saquei. Porém, você faz o mesmo de certa forma, não faz? Por que só ele o condenado, julgar com hipocrisia é sacanagem! — ela suspira com a pergunta. 
 
— Eu não o julgo, na verdade, até o admiro — reviro os olhos por sua admiração ser demonstrada de forma diferente, ela ri — Ei, é sério. Não sou hipócrita. Desde que eu comecei a treinar e fiquei boa, ninguém sobrevive a mim, mas ele sim. Ele é o oponente mais forte que encontrei e isso me admira. Até gostaria dele como pessoa se ele não fosse a porra de um filho da puta que matou minha irmã.
 
— Que amor ele deve ser — debocho.
 
— Ah, ele é sim. O filho da puta tirou uma coleira do rabo e me perseguiu numa floresta, ele tem problema, só pode. Entretanto, toda via, eu até gosto disso, mesmo com vontade de virar agricultora e plantar a mão na cara dele — dou risada — adrenalina, já sentiu fazendo algo? — assinto e ela sorri — acredite, não é tão dopante quanto fugir dele, a experiência é unicamente terrível. Deve me achar louca, só pode.
 
— Que isso, nunca — brinco, ela ri, parecendo bem à vontade em minha presença e, pelo que conheço de Max, ela não é assim. Aperto meus olhos e resolvo perguntar — eu te conheço, Max? — ela pensa, seus olhos congelam.
 
— Como assim? 
 
— Sem máscara, eu te conheço? Não precisa dizer quem é, mas te conheço, né? — Ela olha para baixo e nega, antes de retornar aos meus olhos.
 
— Eu não! — não parece mentira, sim um enigma sobre sua personalidade. O que quis dizer com "eu não".
 
Um toque é presente.
 
Ela pega o celular e inclina a cabeça para trás, ouvindo com atenção o que lhe dizem — até que fim, achei que minha próxima instrução para ele seria como me enterrar sem acharem que foi ele quem matou. Estou fazendo hora extra na terra já — sorri de canto, ela escuta algo e assente, mesmo que ele não veja — tá bom, também amo você — desliga e eu vou até ela, ajudando-a a descer do balcão.
 
— Namorado? 
 
— Com certeza não — ela ri e fico sem entender, mas deve ser porque não gosta de se imaginar com ele — meu namorado, se soubesse, não me deixaria na casa de outro. 
 
— Me identifiquei — confesso, escorando-a até a porta, abro para ela e vejo um homem entrando tranquilamente pelo portão — eu preciso reforçar minha segurança. 
 
— Não, não precisa. Nós que somos bons demais no que fazemos — se gaba — obrigado, Henrique. Desculpe pela sua cozinha ensanguentada e seu sono interrompido. 
 
— Imagina, volte sempre — ironizo e ela ri — espero que fique bem! 
 
— Vou sim.
 
— Boa noite! — o homem mascarado fala comigo e a pega nos braços.
 
— Boa noite — digo, em seguida entro para dentro, tranco a porta e caminho até meu quarto, um lugar afastado de câmeras — Max, Max, hoje foi por pouco, diabinha — pego meu celular e ligo para Rói.
 
Ligação on:
 
 
Rói: Fala! 
 
Henrique: Investigue todas as mulheres da lista que vou te mandar e minha passarinho é a primeira.
 
 

My wifeOnde histórias criam vida. Descubra agora