Epílogo

                                    

                                          

                            

                                
                            
                              
                                  
                              
                              
                                
                                  
                                  
                                
                              
                             
                            
                            
                          
                          
Pov Tom: 
Oito meses se passaram. Oito meses desde que meu pai me expulsou de casa e vim morar com minha mãe e meu irmão em um bairro mais ou menos de classe alta em Hamburgo. Lembro-me perfeitamente dos meus dias nas favelas de Stuttgart, passando horas ociosas na rua com meus colegas, transando com outras pessoas, machucando pessoas, fazendo sexo violento com garotas fácies e não tão fácies. Afinal, era hora de voltar. 
Bill quebrou meu nariz. Eu nunca teria pensado que teria coragem e força para fazer isso. Foi sem dúvidas o pior golpe que recebi na vida, o mais brutal, o que mais estragos me causou. Por um momento, eu estava prestes a desmaiar com o golpe. 
Quando cheguei na casa da Simone, comecei arrumar tudo. Troquei de camisa e me olhei no espelho do banheiro. Meu nariz estava completamente esmagado e não parava de sangrar. Outra pessoa teria ido ao hospital, não eu. 
Levei a mão ao nariz, segurei-o com força e coloquei de volta no lugar, como fazia quando meu ombro saltava depois de uma luta. Eu gritei assim que coloquei. Isso tinha sido muito mais doloroso do que colocar um ombro, e eu nem sabia se tinha feito direito. Mas pelo menos o sangramento parou.
Peguei as sacolas e as arrastei para o carro. Minha mãe observava cada movimento meu, com os braços cruzados na porta. 
Por um momento, quando vi a Gibson de graça, pensei em deixá-la ali, onde estava, mas só iria incomodar o Bill, então peguei também. 
Quando pensei que não havia mais nada, lembrei-me daquele moletom, aquele que emprestei ao meu irmão naquele primeiro dia para ele não pegar resfriado e que ele sempre tinha debaixo do travesseiro.
Eu sabia desde o primeiro dia. 
Lembro que ele ficou vermelho quando o peguei e comecei a provocá-lo dizendo que com certeza ele usaria para se lembrar de mim enquanto se masturbava. Depois disso, deixei ficar. Era divertido ve-lo dormir com os braços em volta dele. Mas agora era minha vez de recuperá-lo. 
Quando peguei furtivamente o moletom, lembrei quantas vezes eu tinha fodido com ele na cama, como ele gritava, como gostava, como me deixava fazer, como levantava a bunda e esfregava no meu pau, querendo fazer o que eu quisesse, fazer com ele, inclusive bater nele e insultá-lo. Sim, especialmente isso. 
Ele adorava se sentir dominado, isso o deixava totalmente excitado, como uma puta bem treinada.
Eu tive que correr para fora de seu quarto para não ficar de pau duro pensando em sua cara de enquanto eu estava o fodendo. 
Quando peguei tudo, entrei no carro e parti, saindo rapidamente dali sem dar uma última olhada em tudo que aquela casa representava para mim. 
Sem olhar para minha mãe, nem sequer uma vez, sem trocar uma palavra. Ainda bem que Bill não estava lá. 
Eu me pergunto, como teria sido se eu nunca tivesse transado com ele? Certamente não tão divertido ou emocionalmente quanto o que sentimos. 
Agora, era a minha vez de volta para o meu lugar. O lugar que eu nunca deveria ter deixado. Eu tinha que pegar de volta o que era meu. 

                            

                                
                            
                              
                                  
                              
                              
                                
                                  
                                  
                                
                              
                             
                            
                            
                          
                          
-Andy... - Coloquei o fone no ouvido enquanto fazia uma cruva à esquerda. Andreas respondeu imediatamente, feliz por me ouvir. -Estou voltando para casa, para sempre... Sim, bom, não era meu lugar. Não cabia ali... Você está com o Ricky...? Então não diga a ninguém que estou voltando. Será... - Sorri, olhando-me pelo espelho retrovisor. -... Uma surpresa. - Desliguei o telefone e joguei no banco do passageiro. 
Eu estava prestes a acender um cigarro quando meu celular começou a tocar. 
Olhei para a tela com o canto do olho. 
Boneca... 
Não, Bill... Por favor, pare com isso já. Pare de se humilhar. Não vale a pena me ligar e te arrastar para mim. Me deixa agora... 
Mas ele não deixou. 
Meus dedos ficaram brancos com a força com que eu segurava o volante toda vez que uma ligação terminava e outra recomeçava. 
Na nona, parei o carro na beira da estrada. Peguei o celular e arranquei a bateria, jogando-o nos brancos traseiros. 
Apoiei a cabaça no volante, apoiando a testa nele, suspirando, exausto. De repente tive que sair do carro guiado por uma necessidade vital e me inclinei para a frente, vomitando tudo até que só saiu bile do meu estômago. 
Nunca me senti tão maluco...
______________________________________
2 temporada no meu perfil, claro depois de algumas semanas, mas vai sair. Votem🌟! Foi muito bom traduzir essa fic para o wattpad. Leiam as outras traduções que posto. Espero postar mais fics esse ano. Quase em todos os capítulos recebi ajuda de KauannyRodrigues075 para traduzir, muito obriga Kauã, e obrigada pelas pessoas que leram até o final e que votam e comentem, amo vocês ❤ᥫ᭡. Até a próxima... Beijinhos! 💞💕ꨄ