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Gente, estou publicando mais, a ansiedade de vocês deve estar gigante kk.

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Estou devastada e muito cansada, mas o que mais pesa é a saudade. Semana passada, vi a mamãe pela primeira vez em um ano, no meu aniversário de 13 anos. Foi tudo muito mágico, minha irmã Katy está um neném enorme e fofo, queria passar mais tempo com elas, mas tenho que cumprir meu dever. Mamãe me disse que, independente do ano que se passou, continuo sendo uma garota doce e adorável. Fiquei feliz em saber isso, mesmo depois de algumas barbaridades que fiz. Há dois meses foi minha primeira missão, bom...fiquei apenas no carro como piloto de fuga, mas contou. Depois disso, foi minha primeira missão de luta, um dia impossível de esquecer. A madre superior em pessoa, mesma que vi apenas uma vez, disse que eu era um prodígio e que estava preparada, então fui. Não decepcionei, mas no fim, entrei para o quarto e desabei em lágrimas.

Ontem, fui à gangue rival, incrivelmente derrubei 32 homens sozinha. Eu subi de nível, fui a primeira da minha classe a ter pontuações tão excelentes no arco e flecha, luta de corpo, lance de facas e, principalmente, tiro. Me descobri boa em muitas coisas, mas uma certeza é: minha mira não falha. Mesmo assim, não consigo vencer Kilian, a guerreira do nível 8, aqui vamos até o 10, tenho muito o que aprender ainda, pelo visto.

— Lorry, você está bem, meu amor? — ouço a voz doce de Clare — fiquei sabendo que ganhou da Mayra do nível superior, você arrasou, menina, que orgulho — me levanto um pouco, para que a mesma sente-se e me deixe repousar com a cabeça em seu colo.

— Sim, só fiquei um pouco dolorida, ela é muito forte! — A loira sorri para mim, acariciando meus cabelos.

— Mas você é mais — incentiva, dou risada — quer massagem? — assinto presunçosamente, me deito de bruços na cama. Adoro as massagens de Clare, ela tem mãos de anjos, sem contar que ela sempre canta para que eu relaxe. Ela sobe em minhas costas e começa a massagem que dispersa até minha alma.— Qual vai querer? — pergunta, mesmo já sabendo a resposta.

— Bater in stereo — digo, ela ri, massageando minhas costas, sem contrariar, como sempre. Cler e eu amamos dizer que eu sou a Liv e ela a Maddie, mesmo não sendo gêmeas. 

— I'm up with the sunshine, I lace up my high tops...— relaxo ainda mais com sua canção, tanto que nem percebo a hora que dormi, somente seus abraços me rodeando em uma conchinha gostosa. Eu amo isso, ela me faz sentir segura. Aprendi que toda dor ou aflição que existir, some com uma conchinha e um abraço, foi ela quem me ensinou isso.

Um ano depois...

— Vamos, Cler, você consegue, não precisa ter medo de me machucar! — ela me olha receosa, mas ataca. Bloqueio, contornando seu corpo, derrubando-a. Depois que a levo ao chão, dou um mata-leão,  fazendo-a bater três vezes. Solto, pronta para recomeçar — Vamos, de novo, maninha! — Nos levantamos e ela ataca, mas dessa vez quem vai ao chão sou eu, com um soco impiedoso no estômago, sem esperar que eu revide, uma chave de perna me prende. Gemi com dor — Aprendeu rápido, porém... não é paria — faço voz maligna, quando consigo me soltar, subindo por cima dela, pronta para matar se não fosse apenas um treino — xeque-mate, maninha! — ela bufa indignada, mas um sorriso se abre em seu rosto quando a abraço, depositando um beijo em sua bochecha.

— Isso cansa e eu nunca vou ser boa igual a você — declara. — "E eu prefiro livros" — falo junto, rindo da frase padrão. Cler me dá um soco e caímos na gargalhada — para de me imitar — faz língua e eu retribuo. 

— Vai...vamos treinar, agora é chute, vem! E não repita essa frase horrível, você é muito melhor que eu, mesmo que seja em força mental! — A mesma sorri e me levanto, puxando-a como apoio. Eu coloco as espécies de espumas na mão para me proteger do chute e assinto como um pode ir. Ela chuta de forma correta e reveza o pé — roda e passa rasteira — segue minhas instruções, ampliando seus ataques, pulo desviando...

My wifeOnde histórias criam vida. Descubra agora