- Até ontem você me beijava, você sentiu ciúmes de sua irmã comigo, você disse que não conseguia me tirar da sua cabeça, porque está me dizendo que agora vai casar?!

- Porque eu vou, é tão difícil entender isso?

- Não, não é possível você mudar de um dia pro outro. - Eu não conseguia acreditar.

- Mas acredite, é verdade. - Agora sua voz adquiriu um tom de melancolia. - Vai embora, Chaeyoung.

- É com Jisung?

- Sim - Respondeu e se sentou. - Mais alguma coisa? - Essa indiferença toda não podia ser Mina, ela não era assim.

- Olhe nos meus olhos e diga que você quer casar com ele. - Mina se levantou e veio até minha frente. Sim, ela chorou.

- Chaeyoung, eu quero me casar com Jisung. - Mina falou olhando nos meus olhos e uma lágrima escorreu de seu olho.

Nessa hora eu já estava segurando o choro, que estava entalado na garganta.

- Então só me resta desejar felicidades. - Me virei e sai correndo daquela maltida sala, daquela maldita mulher, daquele maldito sentimento.

(...)

Pov Mina

- Você pegou pesado com ela, a bichinha saiu chorando daqui. - Dahyun estava na minha sala.

Enxuguei minha milésima lágrima daquele dia e suspirei, Chaeyoung estava sofrendo e por minha causa.

- Não tive escolha Dahyun, você sabe disso. - Minha amiga assentiu.

- Você não me contou detalhadamente o que houve ontem, quer conversar? - Ontem de noite liguei para Dahyun contando o que havia acontecido.

- Não sei, só de lembrar me sobre uma raiva e uma tristeza. - Voltei a chorar e minha amiga veio do meu lado me dando um abraço carinhoso.

- Não precisa contar se não quiser. - Ela enxugou minha lágrima.

- Eu conto. - Respirei fundo e comecei a contar.

No dia anterior...

- Vocês se acertaram? - Miyeon perguntou quando Chaeyoung foi embora.

- Sim, e porque você beijou ela?? - Taquei minha toalha em cima dela, que começou a rir.

- Eu queria te provocar, eu notei que seu ciúmes era mais por ela do que por mim, só queria ver sua cara, você tava possuída, não sabia que era assim.

- E eu não sou, bom, não até conhecer Chaeyoung direito. Você é uma péssima irmā, sabia? - Mostrei minha língua e ela riu.

- Eu queria ter filmado isso. - Revirei meus olhos e a campainha tocou. - Ué, será que ela esqueceu algo?

- Vou lá atender. - Falei e fui em direção a porta, já com o sorriso no rosto, por pensar ser Chaeyoung de novo. - Ah, tio? - Meu tio estava parado em frente a porta.

- Oi, minha querida, posso entrar?

- Oh, sim, fique à vontade. - Dei espaço pra ele entrar. - Então porque o senhor veio aqui a essa hora? - Não queria parecer grosseira, mas já estava tarde.

- Tio? - Miyeon apareceu na sala e foi logo dar um abraço nele.

- Sobrinha linda. - Retribuiu o abraço. - Vim ter uma conversa pendente com Mina. -Respondeu minha pergunta pra minha irmã que já ia perguntar a mesma coisa.

- Ah sim, assuntos da empresa, eu tô fora. - Demos risada e Miyeon subiu pro seu quarto.

- Pode se sentar tio. - Apontei pra poltrona perto do sofá. Me sentei no sofá. - Sobre o que queria falar?

- Eu vou ser direto, Mina. - Adquiriu uma expressão séria. - Você vai se casar com Jisung. - Olhei bem pro meu tio, e comecei a rir tamanho absurdo.

- Não tio, eu não vou, a propósito eu nem namoro ele, quanto mais casar.

- Não foi uma pergunta. - Meu tio estava com um olhar ameaçador. - Você acha que eu sou muito tapado? Achou que eu não ia descobrir com quem você fez sexo na sua sala?! Você não me conhece, minha cara. - Todos os pelos do meu corpo se levantaram, minhas mãos começaram a tremer, e fiquei de olhos arregalados, meu tio sabia, meu deus.

- C-como assim? - Foi a única coisa que saiu da minha boca.

- Um empregado conseguiu recuperar as imagens da câmera do seu corredor naquele dia, eu vi com meus olhos a tal Chaeyoung entrar na sua sala um pouco antes de eu ligar para você. Sério Mina? Uma reles faxineira? - Meu tio fez uma cara de deboche, me deixando mais nervosa do que com medo.

- Você não se atreva a falar mal de Chaeyoung! - Apontei o dedo para ele que riu.

- Não vim aqui pra discutir seus gostos, apenas te dar um aviso. Jisung me ligou, isso mesmo, temos conversado nesse meio tempo, ele gosta muito de você.

- Não, eu nunca vou casar com ele. - Falei totalmente brava. - O senhor não pode me obrigar a isso.

- Eu só penso no seu bem, o que diriam as pessoas se soubessem do seu caso coma faxineira da empresa?! - Ele não pensava no meu bem, e sim na empresa.

- Meu bem?! Para de ser cínico, você só está pensando no seu bem.

- Não vim aqui pra ser maltratado com sua selvageria. - Se levantou e olhou nos meus olhos de forma maligna, me assustando. - Acertaremos os detalhes amanhã, e se você não aceitar, Chaeyoung e sua família perdem seu emprego amanhã mesmo, e você sabe como eles precisam desses empregos, ne? - Abriu um sorriso debochado. - Ah e não é só isso não. - Não podia ficar pior, por favor. - Você quase desmoralizou essa empresa, se seu casinho viesse à tona, o prestígio estaria perdido, se não aceitar, eu demito os 3 sem dó nem piedade, porque eu ainda sou o dono daquilo, e posso muito bem mandar meus homens cuidarem de Chaeyoung. - Meu coração parou, minha respiração estava quase nula.

- V-você n-não pode fazer isso. - Sussurrei com lágrimas nos meus olhos.

- Oh minha querida. - Veio pra perto de mim e acariciou meu rosto, dei um tapa em sua mão. - Mal criada, eu não acabei. - Ajeitou seu óculos no rosto. - Contanto que você aceite se casar. - Se afastou de mim, me deixando com meus pensamentos a mil. - Nos vemos amanhã minha querida sobrinha. - Deu um sorriso vitorioso e saiu da minha casa, me deixando com medo por Chaeyoung e sua família e com raiva de ter que me casar com uma pessoa que não amo, sendo que eu tinha admitido pra mim mesma, nessa noite, que estava apaixonada por Chaeyoung.

Dia seguinte...

- O seu tio é o próprio Diabo, Mina. - Dahyun estava de boca aberta diante dos detalhes de ontem.

- Sim, eu agi assim com Chaeyoung pra ela ter raiva de mim, porque se ela continuar vindo até mim, eu não vou aguentar. - Comecei a chorar de novo.

- Oh minha amiga. - Dahyun ficou me consolando mais um tempo, até que a porta foi aberta.

- Com licença. - Jisung passou pela porta todo sorridente. - Podemos conversar, Mina? - Deus me dê forças pra aguentar tudo isso.

Myoui's Company | Michaeng G!POnde histórias criam vida. Descubra agora