44. Amar 📚

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━━ 𝐕𝐈𝐂𝐓𝐎𝐑 𝐂𝐎𝐋𝐋𝐈𝐍𝐒

Me afasto do moleque, vendo ele indo embora, com o nariz sangrando e atordoado, sendo puxado pelo amigos para longe de mim e todos ao me redor me olham. Controlo minha respiração e me viro para trás, para ver se Bárbara continua onde eu a deixei, mas não encontro ela.

Revirei os olhos pela festa inteira, não encontrando Bárbara de jeito nenhum. Fui atrás dela. Onde essa menina se meteu agora? Rodei a festa inteira procurando por ela e o que me deixou mais irritado, é pelo fato de ter sumido em um piscar de olhos. Pego o celular, querendo ligar para ela, mas me lembro que deve ter me bloqueado e desisto. Saio daquela festa, procurando por todos os lados ela e fico impressionado em como pôde sumir em segundos.

Porra viu.

Tiro a chave do meu carro do bolso da calça, destravando a porta e me sentando no banco. Começo a andar pelas ruas, tentando procurar por Bárbara, na esperança de conseguir encontrá-la. Pisco e as imagens dela com aquele moleque na cama aparecem na minha cabeça e eu aperto o volante do carro. Eu quis matar aquele idiota por estar naquele quarto com ela. Será que não via que estava bêbada? Se eu não chegasse a tempo ela ia mesmo ter transado com ele?

Pisco, não querendo nem pensar nessa maldita possibilidade, que foi interrompida por mim. Rodo os olhos para fora do carro, procurando por algum sinal de Bárbara e arrisco ligar para seu celular. Nada. Ela com certeza me bloqueou de tudo e entendo seus motivos. E nem quero relembrar disso agora. Olho para o outro lado da rua, que é iluminada pelos postes de luz, até que vejo uma menina andando pela calçada, parecendo estar se esforçando para se manter em pé e eu reconheço ela na hora. Paro o carro, indo até Bárbara, que tropeça nos próprios pés e acaba caindo no chão, nitidamente bêbada.

Xinguei, correndo ela até ela, para ver se tinha se machucado, até que Bárbara simplesmente deita na calçada e vira a garrafa de bebida pra dentro, bebendo feito água. Ela é louca.

- Bárbara. - chamei. Ela ignorou. Me agachei ao seu lado, vendo que tinha piorado seu estado de embriaguez. Eu mereço. - Bárbara, levanta. - coloquei meu braço sobre suas costas e tentei levantar ela.

- Me deixa. - resmungou, tão mole, que seu corpo parecia marshmallow. Ela virou de novo a garrafa de bebida pra dentro.

- Para de beber isso. - peguei a garrafa da mãe dela e joguei para longe, escutando quebrar.

- Ei!

- Vem. - peguei ela nos braços, com dificuldade, por estar tão mole. - Vou te levar pra casa. - falei e ela não protestou, só se encaixou no meu colo e apoiou a cabeça em meu peito, fechando os olhos.

- Você é fortinho. - sorriu largo, passando a mão pelo meu peito e percebi que aos poucos ela estava adormecendo.

Abri a porta do carro, com a maior dificuldade da minha vida e a coloquei no banco do passageiro, ajeitando sua cabeça, por estar dormindo e deitei o banco, deixando mais confortável. Fechei a porta e dei a volta no carro, entrando no meu lugar e me sentando. Examinei ela, vendo que ia dormir muito por agora e então decidi ir logo para sua casa, pensando em como ia entregar ela lá. Não quero bater na porta da casa dela e entregá-la desse jeito pra mãe. Talvez a mãe dela nem esteja em casa também.

Eu mereço. E nem posso levá-la para casa também.

Durante o caminho, ela foi dormindo e eu fiquei pensando em como ia fazer para deixar ela na casa. Minha única opção, era tentar acorda-la e fazer com que entrasse para dentro de casa, onde eu sabia e me asseguraria que estaria segura. Paro o carro em frente a sua casa e desligo ele, me virando para ela, que dorme.

𝐌𝐄𝐔 𝐐𝐔𝐄𝐑𝐈𝐃𝐎 𝐏𝐑𝐎𝐅𝐄𝐒𝐒𝐎𝐑 𝐁𝐀𝐁𝐀𝐂𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora