22. Festa 📚

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Me olhei no espelho, me analisando de cima a baixo, usando o vestido que Carol insistiu para mim usar. Vir me arrumar na sua casa, para irmos juntas depois à festa. Vi sua boca se abrir, formam um "O" gigante, estando chocada o quanto me caiu bem o vestido. Fiquei linda, tenho que confessar.

— Amiga, ficou incrível em você! — exclamou Carol, me olhando pelo espelho, ainda de boca aberta.

— Não acha que é exagero? — me viro, abaixando a cabeça e vendo meu corpo com o vestido. — Está vulgar, não acha?

— É claro que não! Está linda!

— Não é um pouco curto demais? — faço careta, me envergonhando por estar usando aquilo. Não é do meu tipo usar vestidos um pouco mais curtos.

— Amiga, para de pôr defeito. — me repreendeu, vindo até mim, deixando a chapinha de lado e segurou meus braços, fazendo contato visual comigo. — Você ficou linda e não vai tirar o vestido. E quer saber de uma coisa? Ficou muito melhor em você do que em mim.

— Não exagera. — fiz careta.

— Verdade! Você ficou linda. Com certeza vai chamar atenção lá. E posso apostar cem dólares que vários meninos vão olhar pra você e certeza que vão querer ficar com você.

— Aí você já está exagerando. — me afastei dela, indo até a cama, para pegar minha maquiagens e dela.

— Exagerando nada. Certeza que quando chegar lá, vai ter um monte de olhares em cima de você. — afirmou, como se tivesse total certeza daqui e eu apenas concordei, sabendo que não ia acontecer isso.

Ela voltou a fazer a chapinha no cabelo e eu fui para o banheiro, para começar a me maquiar.

....

Dito e feito, todos olhavam pra mim.

O clube era enorme, rodeado de coisas para se fazer, como mesas de sinuca, dardos, rodas de gente brincando com bebidas, uma pequena pista de dança e fora, tinha uma piscina grande, mas ninguém utilizava.  O lugar estava lotado, com pessoas andando, dançando, curtindo, se divertindo e bebendo para todo o lado. Era tanta gente que me sentia perdida. Carol puxou minha mão, me levando para algum lugar daquela multidão toda. Dando uma olhada geral no espaço todo, me deparei com um menino que servia nos copos uma bebida azul. Carol pegou um copo e esperou ser servida. Fiquei olhando, vendo que o menino que servia as pessoas me olhava, parecendo que eu chamei sua atenção.

— Não vai beber, linda? — ele perguntou, depois que serviu Carol com a bebida.

— Não. — sorri gentil, sendo educada, quando na verdade aumentei seu interesse comigo. — Não vou beber por agora.

— Ah, vamos lá, essa daqui não tem tanto álcool. — insistiu, dando um sorriso sacana pra mim. Acho que não notou que não estou interessada.

— Não quero. Vou beber outra hora.

— Tá bom, né. — deu de ombros, colocando o restante da bebida em seu copo.

— Vem, amiga. — Carol me puxou, com seu copo cheio na outra mão e então fomos para onde tinha várias pessoas brincando em roda, parecendo estar brincando de verdade ou desafio.

Ficamos ali por perto, vendo as pessoas jogarem, igual a todos que não estavam brincando. Os jogarodes faziam as perguntas, verdade ou desafio e o outro jogador respindia e aquilo serviu de uma ótima distração para nós. Gostava de ver jogos assim, muito mais quando eram jogos mais ousados como esse. Era um festa, então as perguntas e desafios eram bem ousados.

— Vamos jogar? — Carol perguntou, quando o representante do jogo disse que havia acabado e que iam começar uma nova rodada, com mais gente.

— O quê? Não. — neguei, sem querer participar daquilo, não estando no clima. Não quero exagerar e fazer nada meio errado nessa festa.

𝐌𝐄𝐔 𝐐𝐔𝐄𝐑𝐈𝐃𝐎 𝐏𝐑𝐎𝐅𝐄𝐒𝐒𝐎𝐑 𝐁𝐀𝐁𝐀𝐂𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora