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aqui vamos ter um ENORME spoiler de "Como Eu Era Antes Você", então, se você tem um pingo de tristeza, pule na primeira oportunidade!

boa leitura!

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— Eu vou sair sim.

— Não, você não vai sair daqui, senhor Dener. - O empurro de volta para o sofá com dificuldade. — Olha essa chuva, homem!

Ele se senta contragosto e me encara, como se eu fosse louca.

— Uma chuva não vai me matar. - Ironiza.

— Mas um raio sim, então, silêncio.

Dou minha última palavra e parto para fechar as janelas da casa, começando com o quarto.

— Coloca ele embaixo da sua cama, vai evitar mais sofrimento. — A voz grossa de Dener me assusta.

Anoto mentalmente: comprar aqueles tampões para animais.

Fecho a janela e passo a cortina rapidamente, com medo dos clarões que estavam dando, e volto para perto do animalzinho que, por algum milagre, dormia.

Faço os mínimos movimentos arrastando a pequena cama para baixo da minha cama.

Hmmm... Dener não pode dormir no sofá. Obviamente vai ficar extremamente desconfortável. Homem grande das cavernas.

— Está pensando em quê? - Pergunta, curioso.

Ele cruza seus braços, e se encosta no batente da porta.

— Estou vendo onde você irá dormir.

Ele ri, como se eu fosse uma palhaça.

Argh!

— Quem disse que eu vou dormir aqui, Ayana?

— Nessa chuva você não vai sair daqui, maluco! - Tento argumentar.

— E nem vou dormir no seu sofá. Não posso ser tão humilhado assim.

— Você pode dormir na-

Sou interrompida bruscamente pelo homem em minha frente.

— Meu bem... - Ri, chegando perigosamente perto de mim. — Você realmente acha que se eu me deitar nessa cama com você, vamos dormir?

Meu Deus do céu!

Fico morrendo de vergonha, e convenhamos, exitada só de imaginar inúmeras coisas várias e várias vezes.

— Você tem que parar com essas brincadeiras, Dener... – Estou rindo, mas de nervoso.

— Você já me viu brincar alguma vez, Ayana?

Ele tem um ponto.

Se desse para aproximar mais, iríamos nos tornar um só.

Dener coloca suas mãos, uma em cada lado do meu rosto, e vai descendo vagarosamente. Pescoço, ombros e quando chega na cintura, aperta com força.

Minha respiração estava ofegante. Meu coração estava quase pulando para fora, descia e subia em ritmo forte.

— Daqui vinte minutos, se ainda estiver chovendo, eu fico. – Sua fala vem em seguida de um pequeno selinho, me deixando surpresa. — Agora eu tô com fome, posso estar falando de comida, mas também posso estar me referindo a você.

Guerreiro GanaOnde histórias criam vida. Descubra agora