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                               💫Estrella💫
25 anos na cara e ainda sou a escrava do meu irmão.
Ele esqueceu o celular na casa dele e me ligou do celular de outra pessoa pra eu ir pegar na casa dele e trazer no galpão.
O filho da mãe tem a porcaria de uma moto, mas me vez subir até aqui pra trazer essa porcaria.
Entro no galpão e faço careta, me sinto estranha rodeada de drogas e armas.
Anna: Davi? - começo a andar até o final do local- Davi? 
Tomo um susto  quando alguém no canto em pé atrás de uma mesa me responde.
Ret: foi resolver um negócio, logo tá aí.
Anna: hmm- encaro o celular na minha mão. Não vou voltar aqui.-  vou deixar o celular aqui, depois você avisa pra ele.
Me aproximo da mesa e deixo o celular em cima dela. Juro que não tô bisbilhotando mas foi impossível não notar o saquinho aberto com o pózinho branco.
Ele vai usar?
Que se foda! Não é da minha conta.
Viro as costas e começo a andar ma direção da saída.
Merda! 
Alguém por favor me mata ( dê preferência de uma forma indolor)
Volto e pego o celular.
Anna: na verdade eu vou esperar por ele bem aqui, não tenho nada melhor pra fazer.
Ret: pode deixar aí que eu aviso quando ele voltar.
Anna: não será necessário, eu mesma vou entregar.
Eu não consigo. Eu sei que eu devo ignorar e seguiu com a minha vida porque isso com certeza não é da minha conta, mas eu não consigo ser tão babaca.
Por mais que eu odeie admitir tem uma parte minha( uma minúscula) que se importa com o bem estar dele, que está feliz que ele parou de usar e não quer que ele volte de jeito nenhum.
Anna: e aí, o que você tá fazendo?
Ret: isso é conversa fiada? Eu odeio essa merda.
Anna: novidade, você é um idiota que odeia tudo e todos.
Ele me encara com tédio.
Anna: mas tudo bem, é normal as pessoa de mais idade se estressarem com facilidade, faz parte do ciclo da vida.
Ret: eu sou só 5 anos mais  velhos que você, deixa de ser rosto ridícula.
Anna: há um abismo enorme entre os 25 e os 30, não sei explicar, só sei que existe. Eu sou uma melhor bonita e nova, você é um cara que já tem  que economizar para as fraldas geriátricas 
Ret: via se foder!
Anna: então, o que você tá fazendo?
Ret: trabalhando.
Anna: agora você também empacota a droga?  - ele me encara em silêncio- esse pacotinho aí tá aberto. Pensei que essa função era de outra pessoa.
Ret: que caralho, o que você quer aqui ?
Ana:  só estou esperando o meu irmão, vim trazer o celular dele.
Se um olhar  fosse capaz de matar eu estria bem fodida.
Anna: você não ia usar, né? Não vale a pena, você não passou por todo o processo de desintoxicação pra começar a usar de novo, isso não é legal.
Ret: minha vida não é da sua conta.- ele diz me encarando visivelmente irritado.
Anna: tudo bem- me aproximo um pouco mais da mesa - você tem razão, a vida é sua. Na verdade eu acho que também preciso de um pouquinho mais de adrenalina.
Sem pensar duas vezes enfio o indicador no saquinho com a coca e tiro ele que agora  está coberto pelo pózinho branco.
Ergo até a boca e quando estou prontinha pra esfregar na gengiva Filipe da um tapa na minha mão me impedindo.
Ret: tá maluca, porra? Não se brinca com isso.
Anna: por quê?
Ret: porque essa merda vicia e não te quero  nem perto disso.
Anna: que pena, porque estou animada pra usar junto com você.
O que eu tô fazendo? Nem eu sei, mas tá tudo bem( ou pelo menos a gente vai fingir que tá.
Ret: para de palhaçada.
Anna: não faz com a Tatiane o que você fez comigo, ela gosta muito de você pra ter que lidar com o Ret que se droga e vira um grande cretino.
Ret: não tenho nada com ela, se iludiu sozinha porque quis.
Será que ele pensou s mesma coisa de mim na época que a gente ficava?
Quero a resposta mas  ao mesmo tempo não quero me sentir  pior ainda.
Anna: você é um ogro que não sabe se portar como uma pessoa decente
Ret: eu não sou uma pessoa decente, não tem porque fingir que sou uma.
Odeio admitir mas eu tô bem chateada com ele. Ele sabe o porquê eu fui embora, sabe que me tratou que nem lixo, mas no lugar de dizer que sente muito só quer me por como a vilã da história.
Eu não sou a errada, sou? 
Anna: só estou comentando. Toma  cuidado, as drogas ainda vão acabar fodendo com a sua vida.
Ele ri sozinho como se tivesse achado graça de alguma coisa.
Ret: faz tempo que eu não uso.
Anna:   Fico satisfeita que você finalmente tenha posto seu bem estar em primeiro lugar e optado por largar essa merda.
Ret:  bem estar? Viajou legal, Anna.  Eu achei que você tinha ido embora por causa das drogas então na minha na cabeça se eu parasse você ia volta, foi uma ideia muito burra, mas faz parte.
Anna: isso isso foi péssimo!
Ret:  o que?- ele pisca confuso.
Anna: é ridículo! Nem sei como descrever o ódio que estou sentido, você me teve e não deu importância nenhuma, aí eu fui embora você magicamente queria que eu voltasse.  Você realmente me quis de verdade em algum momento ou eu fui apenas  um passatempo  sádico para você?
Ret: você nunca foi um passatempo e nunca devia ter considerado as merdas que eu disse quando estava fora de mim.
Anna: acho melhor eu deixar o celular aqui e dar no pé.- essa conversa tá ficando estranha  e eu não sei se gosto.
Ret: fica, quero que tu fique.
Hmm, ficar não aprece uma ideia racional.
                                      (...)
Até amanhã.❤️