Pergunta 12:

                                    

                                          

Pergunta 12: Se você pudesse acordar amanhã tendo ganho uma qualidade ou habilidade, qual seria?
            O gato estava escondido com o rabo de fora: Kurt sabia o maior segredo de Blaine em relação ao seu relacionamento com Sebastian.  Talvez ele não soubesse todos os detalhes, mas ele não pressionou Blaine para saber mais e Blaine não queria falar sobre isso de todo o jeito. A única coisa que mudou no comportamento de Kurt foi escolher passar o Natal sozinho com Blaine em Nova York em vez de ir ver a sua família. 
            Blaine tinha decidido que não iria para Westerville porque ele não queria enfrentar seu pai. Depois de contar isso a Kurt, o outro garoto, do nada, decidiu também ficar em Nova York, alegando que as passagens aéreas estavam muito caras. Era um sonho virando realidade para Blaine, mas ele não disse nada para o seu colega de apartamento.
            De repente, já era a Véspera do Natal e os dois garotos estavam decorando a árvore e ouvindo canções de Natal. Kurt deu um sorriso malicioso e foi para o seu quarto. Blaine estava intrigado e chamou por ele:
            — O que você está aprontando?
            Kurt gritou sua resposta ainda do quarto:
            — Você vai ver...
            Ele estava cada vez mais curioso, mas respeitou a privacidade do amigo. Kurt voltou mal conseguindo conter seus sorrisos e escondendo alguma coisa nas costas. 
            — Eu ia esperar até você pegar no sono e fingir que foi o Papai Noel, mas eu não me aguento. Olha!
            Kurt colocou os braços na frente do corpo e lá estavam presentes. No plural. Os lábios de Blaine formaram um "o":
            — Presentes?
            Kurt fez que sim com a cabeça com entusiasmo:
            — Eu mandei mensagens para as nossas famílias dizendo que ficaríamos sozinhos no Natal e eles todos concordaram em nos mandar alguma coisa. Tem mais no meu armário; vou lá buscar.
            — Viu? Sabia que a gente encontraria uma utilidade para o seu armário grande do jeito que ele é.
            Kurt voltou trazendo ainda mais pacotes e mostrando a língua para Blaine. Blaine riu da situação e começou a se desculpar:
            — Estou sendo mal-educado, desculpe. Você foi maravilhoso, Kurt. Vai ser um Natal muito feliz de verdade. É como se você fosse o próprio Papai Noel.
            — Um Papai Noel sexy?
            O queixo de Blaine caiu dessa vez:
            — COMO?
            Kurt o dispensou balançando a cabeça:
            — Não liga não, só estou lembrando uns erros do passado. Eu te contei do ano em que eu trabalhei em uma loja como um elfo?
            Uma história envolvendo Kurt em uma calça de lycra justa de elfo e um Papai Noel sexy não era uma que Blaine quisesse ouvir.
            — Não, mas vamos voltar ao assunto: nós não vamos abrir os presentes essa noite.
            Kurt começou a fazer um biquinho, mas transformou em um sorriso de lábios juntos:
            — Por quê?
            — Por que? Por causa das tradições de Natal, é claro! Eu achava que você era o louco por Natal nessa casa.
            — E sou! Pode-se dizer que eu tenho um entusiasmo quase infantil, pelo Natal... Por isso, fui incapaz de esconder os presentes! Quero ver o que tem dentro.