Capítulo 4

                                    

                                          
Comentários são necessários para eu saber se a história está agradando vocês, se devo parar. Por favor, comentem para me ajudar a melhorar. Beijos no coração.
                          
Clarke 
                          
Ter sido arrastada por grounders desagradáveis que ficavam fazendo perguntas não foi a pior parte da noite de Clarke. A pior parte foi ter sido levada para onde estava Lexa. Assim que o capuz foi retirado, Clarke olhou para o rosto da comandante, ela queria ver raiva lá ou indiferença, mas o que Clarke viu era algo entre o alívio e o pesar. Mas ela não deixou que isso a fizesse se sentir mal, o que ela queria era distância da comandante. Mas a única coisa que fez foi olhar para ela. 
Quando a surpresa inicial passou, Lexa puxou uma faca e cortou as cordas que prendiam os pulsos de Clarke, o material áspero e o nó apertado tinham causado arranhões em seus pulsos. Ela esfregou os pulsos para aliviar a dor:
- Obrigada. - agradeceu, sua voz puro sarcasmo. - Que honrado da sua parte.
                          
- Está ferida? - a comandante perguntou, a sky girl tentou não se abalar com o tom preocupado que a commander usara. 
                          
- Não. - ela respondeu seca e a comandante apenas assentiu e se virou para a mulher que estava em silêncio observando a cena, intrigada. 
                          
- Nádia, o que você estava pensando? - Lexa falou enquanto se aproximava da mulher, o tom de voz da comandante era cortante e fez a mulher se encolher. 
                          
- Pensei que ela fosse sua inimiga, eu sou do que aconteceu e ai ela estava sozinha no seu território... - A mulher tentou falar despreocupadamente, mas sua postura repentinamente rígida mostrava que ela estava nervosa. 
Lexa se aproximou ainda mais dela e falou ameaçadoramente:
                          
- Você melhor do que ninguém sabe que ninguém entra no meu território sem permissão, aqueles que ousam não saem de lá com vida. - A voz de Lexa estava carregada de autoridade e até Clarke quis se encolher. 
A mulher acertou a postura e encarou a comandante:
- Com todo respeito, Heda - sua voz era sarcástica - você a abandonou para morrer, como eu poderia supor que se preocupava com ela? 
                          
Clarke sentiu o gosto de fel. Ali estava a dura verdade. Clarke imaginou que Lexa fosse tirar a espada e colocar no pescoço da mulher, mas ao invés disso ela falou, tão baixo que Clarke precisou se esforçar para escutar:
                          
- Você não tem autoridade para falar comigo assim, Nádia. Não confunda aliança com amizade. - as palavras de Lexa.
                          
- Me desculpe, Heda. Não acontecerá novamente. - Nádia respondeu entredentes.
Clarke notou que a postura das duas mulheres a sua frente estavam tensas, elas tiveram problemas pessoais? Deve ter sido algo sério, Clarke pensou. 
- Era só isso? - Lexa perguntou para a mulher. 
- Gostaria de falar em particular Heda, gostaria de lhe pedir um favor. - a mulher falou quase gentilmente. 
Lexa não pareceu surpresa:
                          
- Pode esperar até amanhã? 
- Claro, se me permite, vou aproveitar a festa, Heda. - a mulher falou com Lexa e saiu sem dirigir um olhar sequer a Clarke. 
A loira quase desejou que Nádia voltasse, assim não precisaria ficar sozinha com a comandante. Nenhuma das duas parecia disposta a iniciar uma conversa, então a comandante a tratou como convidada:
                          
- Posso encontrar um lugar para você ficar essa noite. - disse sem olhar para Clarke - O banquete vai ser anunciado em breve, pode se juntar a nós, se quiser. 
- Obrigada. - Clarke sussurrou. Seu interior vazio. Queria gritar, espernear  e bater na comandante antes, mas agora sentia como se o esforço fosse demais.