Capítulo Cinco: O Dia em que Sollaria Decidiu que Odiava Receber Visitas

6.7K 847 468
                                    


NOTAS DA AUTORA

↯ Por favor, não se esqueça de deixar seu voto e seu comentário sobre o que está achando da história! ♡

↯ Oi, gente! Tudo bem?

Uma leitora sugeriu que eu criasse um grupo no Telegram para interagir com vocês, mas, por diversas razões, achei melhor criar uma conta no Twitter!

O nome do usuário é @/thevilevillager. Eu ACABEI de criar, então ainda não tem nada kkkkkkk

Como ainda sou meio traumatizada com hate~ sugeriram que eu criasse a conta privada. Assim, se você quiser me seguir no Twitter, por favor, me mande mensagem no mural falando quem você é pra eu poder te aceitar 🥺🤏🏼❤️ Obs: Não vou aceitar ninguém sem saber quem é <3

________

Ela não sabia quando é que havia adormecido. Sabia que passavam das cinco horas da manhã, mas não se lembra quando foi que os sonhos sobre jardins secretos e mundos mágicos escondidos em guarda-roupas se transformaram em completa escuridão, fria e absolutamente... vazia. Não havia nada ali. Não havia ninguém.

Sollaria estava sozinha.

A garota contraiu os dedos dos pés, que pareciam feitos de gelo àquela altura. Ela caminhou com cuidado, sem entender em quê é que estava pisando. Não havia nada sob seus pés, apenas o vazio, assustador e desconhecido. Não havia luz.

Ela não tinha certeza se gostaria de ficar com os olhos abertos. Talvez fosse melhor ficar com os olhos bem fechados. Ter que encarar algo assustador como o desconhecido talvez fosse pior do que estar em um ambiente totalmente escuro.

Ela considerou ficar parada até aquilo tudo passar. A possibilidade de ter haver alguma coisa ou alguém apenas esperando para atacá-la fez com que ela se sentisse extremamente exposta e vulnerável. Ela fechou os olhos e apertou as mãos em punho ao lado do corpo, como se isso pudesse de algum modo afastar o frio que estava sentindo.

"Onde eu estou?" Ela queria gritar, mas temia que alguém a respondesse. E isso seria ainda pior, então ela apenas ficou ali, imóvel, esperando que aquele pesadelo passasse.

Sua cabeça já ardia e a ponta de seu nariz estava congelada de tanto ela forçar os olhos a ficarem bem fechados. Não os abriu, nem mesmo quando ouviu alguém chamar por ela. Bom, não dava para afirmar que estavam gritando seu nome, mas foi o que lhe pareceu. Não ficou muito claro, porque logo a voz cessou e parecia que quem quer que estivesse lhe chamando estava muito longe.

"Sollaria!" A voz era de um homem. Não se podia negar; estavam chamando por ela. A voz soou mais próxima quando disse:

"Sollaria! Até que enfim!"

Estava tudo escuro, mas ela reconhecia o dono daquela voz.

Era o Rapaz, ou, pelo menos, ela esperava que fosse.

Não havia luz, mas, de algum modo, quando ela se permitiu abrir os olhos, conseguiu enxergar nitidamente (e com alívio) a figura que se aproximavam no Vazio. Aparentemente, o Rapaz também a enxergava, porque assim que seus olhares se encontraram, ele correu até ela e então parou e apoiou as mãos no joelho em busca de ar. Pareceu a Sollaria que ele havia percorrido um longo caminho até encontrá-la.

Agora que estavam mais perto um do outro, ela pôde ver que ele não parecia ser mais velho que Bill. Tinha os cabelos negros bagunçados, como se tivesse acabado de descer de uma vassoura. Ele era vagamente familiar, embora ela não soubesse realmente dizer de onde poderia conhecê-lo.

Children of Dawn [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora