58 Capítulo

4.2K 348 183
                                    








Donatella Rossi



















Desde que saímos do hospital com os meus exames em mãos, eu não parava de gargalhar da cara do Eros. Eu nunca havia o visto tão desnorteado.

— E eu achando que a deusa aqui que ia ficar perplexa. _Comento, ironicamente.

— Qual a probabilidade de ter dado errado? _Me olhou e por um segundo separou os lábios em um sorriso sensual. Esse homem é perfeito. Droga!

— Amor, é de sangue... impossível ter dado errado. _Volto a sorrir.

— Estou desesperado.

— Estou vendo.

Ele estacionou o carro em frente à mansão Ndrangheta e saiu do carro, dando a volta e sendo o cavaleiro de sempre, abrindo a porta para mim.

— E você? _Olhou-me contemplativo. Eu pisco, desentendida. — Tudo bem quanto ao positivo em negrito?

— Você está receoso por mim. _Não foi uma pergunta. Ele realmente estava confuso por mim. Eu fui a única que há um tempinho falou sobre aborto e não ter certeza se queria ter filho. — Tirando a parte ruim. Estou muito tranquila quanto a está esperando um filho seu.

Recebo um beijo na testa e uma carícia no pescoço.

Parte ruim. Estou sentindo que vou passar mal até os três meses de gestação, pois nem bem tem um mês e vivo enjoada por tudo.

— Mesmo? _Ele riu lindamente e eu soube que ele estava tão feliz quanto eu, apesar de não demonstrar por ser cauteloso e não querer que eu perceba isso. O Eros era aquela pessoa que só transparecia algo quando tinha certeza que era o que o outro também queria. Ele odiava quando tínhamos desentendimento e eu ficava quieta. Ele sempre gostava de enxergar o que deve ser transparente. Isso fazia parte do nosso combinado sobre sinceridade e honestidade um com o outro, e não se aplicava só em conversas sérias. Era dessa forma na cama. Não era um quer e os dois fazem. Era sempre os dois querem. Ele morria de medo que eu ficasse com ele só para agrada-lo.

Como não querer ficar com um homem que exala sexualidade até no olhar? Impossível.

— Amor. Não desconfie. Eu estou muito contente, porém, com medo. _Confesso. — Sei lá, medo do parto, medo de não dá conta, de ser uma péssima mãe e uma infinidade de coisas. _Suspiro.

— Você cuida de mim muito bem. Será a melhor mãe do mundo. _Uniu nossas testas. — Nós dois vivemos ao meio de inúmeras inseguranças, vamos tentar deixar isso de lado e focar no que realmente importa? _Beijou meus cabelos. — Apesar das nossas mágoas, podemos escolher afasta-las para não vir a contaminar nosso lacinho.

Meu riso cresce.

Lacinho...

Oh meu Deus!

É óbvio que esse homem vai ser um babão.

— Eu te ajudo e você me ajuda.

— É, podemos fazer um bom negócio juntos. _Me deu um selinho rápido. — Estou muito ansioso. Acho que vai ser bem complicado esperar ver o rostinho.

Abro a boca.

— Achei que diria que seria complicado esperar saber se é menino ou menina. _Exponho para ver sua reação.

— Importa para você?

— Definitivamente? Não. Nenhum pouco. Eu só quero que venha cheio de saúde e que tenha a sua boca. _Revelo apaixonada por tudo e exclusivamente esse momento. Um neném nosso com sua boca encantadora.

LUZ SOMBRIA (2)Onde histórias criam vida. Descubra agora