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Jade
                          
Olho pra ele com ódio, vendo ele tomar um gole do refri e dar mais uma garfada no pudim.
                          
Aquilo era pra ser meu.
                          
Babaca.
                          
– Ainda tá com raiva? - falou com um sorriso de divertimento. - supera isso.
                          
– Isso era pra ser meu! - falei com raiva e dei outra garfada e coloquei o meu pudim da cômoda e encarei ele de novo.
                          
– Para de ser egoísta, olha o tamanho do pudim. - apontou pra penteadeira que tinha a metade do pudim ainda intacta  porém continuei com minha cara feia.
                          
Eu ia comer tudo ué.
                          
É comida.
                          
– Era pra eu comer tudo Poseidon, não você. - ele riu colocando o pudim na outra cômoda e se jogou em cima de mim olhando no fundo dos meus fazendo meu estômago revirar novamente.
                          
Qual é Jade? Você ainda tá com fome?
                          
– Vai ficar me chamando de Poseidon agora? - ele falou com um grave rouco e eu sentia que aqueles olhos verdes poderiam me perfurar a qualquer momento. 
                          
– Esse é o seu nome não é? - sorri e ele sorriu junto.
                          
Por que o sorriso dele tinha que ser tão perfeito?
                          
Fica quieta mulher.
                          
– Não era Pinguim? - neguei.
                          
– Poseidon é melhor, ou você prefere Marjorie? - ele riu.
                          
– Vai se fuder. - se aproximou mais do meu rosto me fazendo arrepiar com a proximidade da nossas bocas, qualquer movimento poderia fazer a gente se beijar agora.
                          
– Aqui e agora? - sorri mas logo me arrependi de ter dito isso vendo o sorriso dele.
                          
Por que eu falei isso?
                          
– É pra já. - ele ia me beijar nas eu tapei a boca dele e o mesmo me olhou com confusão.
                          
– Tá louco? - tirei a mão da boca dele.
                          
– Você que pediu. - sorriu saindo de cima de mim e indo dar outra garfada no pudim.
                          
– Eu tava brincando otário. - ele riu e eu voltei a comer o pudim.
                          
– E o seu encontro? - Ah é... Nem lembrava mais. - você ainda vai? Por que se não ainda tá de pé a gente sair.
                          
– Eu não sei. Espero que aconteça um imprevisto pra eu não ir mais. - ele assentiu.
                          
– Se você quiser eu crio um imprevisto. - sorriu como se tivesse tramando algo.
                          
– Ah, tanto faz pra mim. - levantei indo pegar mais pudim, já que eu tinha terminado.
                          
– Ok... Sobre seu pai... 
                          
– Não. - olhei pra ele rapidamente. - Esse assunto ainda não, ok?
                          
– Ainda? - assinto.
                          
– Mas podemos falar do seu... - falei sujestiva e ele negou.
                          
– Esse assunto agora não, ok? - me imitou e eu revirei os olhos.
                          
– Engraçadinho. 
                          
– Muito. - levantou. - vamos sair. - olhei pra ele confusa.
                          
– Sair pra onde? 
                          
– Sei lá, só vamos.
                          
– Mas... - interrompeu e pegou na minha mão.
                          
– Sem "mas", só vamos. - assenti.