Que fofo.

– Com que frequência isso acontece? - falei tentando esconder o ciúmes que tava praticamente nítido.

Por que você tá ciúmes sua puta?

– Sei lá. - coçou a cabeça de novo...

Ele tá com piolho?

Que clima...

– Vou me vestir, me espera aí. - antes que eu perguntasse o motivo ele sumiu pra dentro do closet.

Oxi.

Ok né...

···

– Então quer dizer que você não aguenta comer os oitos pastéis que você pediu? - falou com um sorriso divertido e eu revirei os olhos.

– Consigo sim idiota, você que tá com pressa, não faz nem meia hora que você trouxe o meu prêmio pra cá  - sorri e dei uma mordida no meu pastel de frango e depois um gole no caldo de cana.

– Compreensível. - deu uma olhada na televisão que passava um desenho de um bicho que eu não sei dizer se era um tucano ou um avestruz conversando com um elefante...  Eu nunca tinha visto nada assim.

– Aonde você arrumou tão rápido? - falei me referindo aos pastéis e os caldos de canas.

– Não foi eu que arrumei. - falou simples ainda com a atenção na televisão.

Ah é, claro... Bilionário.

– Hm, tá... Por que eu ainda tô aqui?

– Porque eu pedi, e eu mando você obedece. - brincou e eu gargalhei.

– Tá tão engraçadinho hoje né seu filha duma puta? - ele riu. - Você falou pra gente ir juntos pra escola amanhã mas não vai rolar. - ele fez uma cara confusa.

– Por que não? - me encarou.

– Não tem roupa pra mim ir amanhã e... Bom, eu não quero.

– Tá bom, vai embora. - falou sério mas eu podia ver o divertimento em seus olhos. Eu ri e olhei pro desenho estranho e depois pra ele.

– Tá tchau.

– Mas nem se eu comprar uma roupa pra você? - falou quando viu eu saindo sofá e indo em direção a porta.

– Não. - ele fez uma cara triste. - Minha mãe vai me matar se eu ficar três dias fora de casa.

– Avisa ela. - insistiu.

– Não. - sorri. - Eu já vou indo. - voltei pra sala indo em direção a mesa de vidro que fica no meio da sala por que lembrei que não podia deixar o meu prêmio aqui

Peguei meus cinco pastéis já que eu já tinha comido três e as minhas quatro garrafas de caldo de cana, já que eu já tinha acabado uma.

– Não é mais fácil colocar numa sacola? - falou óbvio e eu assenti.

– Sim, seria. - coloquei as coisas em cima da mesinha novamente enquanto ele assentiu e chamou alguém que em instantes trouxe duas sacolas e colocou os pastéis em uma e as garrafas em outra e me entregou com um sorriso gentil logo saindo.

Ele insistiu pra mim ficar mais um pouco mas quando viu que não ia adiantar ele desistiu.

Entrei no carro e vi os dois pacotes de camisinhas no banco do passageiro e bufei revirando os olhos.

Eu passei aquela vergonha por nada?

Peguei meu celular e digitei pro otário lá.

— Passei vergonha por nada é isso mesmo?


Alex: Tá drogada?

*foto dos dois pacotes*

— Isso te lembra alguma coisa?


Alex: Foi vc que esqueceu...

— VOCÊ NÃO ME LEMBROU ARROMBADO!


Alex: Ah, mas... Fodasse agr já era. - revirei os olhos.

— Claro, n Foi vc que passou vergonha.


Alex: Para de drama, nem é uma coisa tão grave assim.
Alex: Deixa pra uma próxima oportunidade...

— Vai te fuder.


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Muleque idiota.

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