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𝓐pós passar horas frente a uma tela de computador com Elysha, escolhendo nossos vestidos, saí de casa. Até tinha sido divertido, tinha que admitir, e mesmo sendo sexta feira a noite, a modista tinha dito que às seis da noite do dia seguinte, os vestidos estariam em nossa casa. Pela primeira vez pensei sobre o quanto Elysha, e consequentemente eu, era rica. Somente pessoas com um poder aquisitivo muito alto poderiam ter uma casa como aquela, ou até mesmo encomendar vestidos para o dia seguinte sem nenhuma preocupação com o tempo ou com o quanto custaria.
Caminhei em passos comedidos pelos jardins, aproveitando a brisa fresca da noite depois de tanto tempo enfurnada em casa. Sob um grande pinheiro, acendi um cigarro enquanto observava o movimento da Corte, que crescia cada vez mais noite a dentro. Não foi surpresa quando Darkless passou acompanhado por mais três vampiros, e mesmo há mais de duzentos metros, pude vê-lo franzir as narinas e olhar para o lado, arqueando as sobrancelhas ao me ver com o cigarro entre os dedos. Felizmente, seu olhar foi rápido e ele voltou a caminhar em passos rápidos para qualquer que fosse seu destino.
Também não foi surpresa quando Alex apareceu ao meu lado, fungando. Pelo visto, os vampiros tinham um olfato muito aguçado, porque mesmo depois de ter apagado o cigarro, Alex farejou o cheiro.
— Você estava fumando?
— Sim. — Respondi com desinteresse. Se Elysha, minha irmã e atual responsável por mim, não ligava para os cigarros, Alex não tinha absolutamente nada para falar sobre isso. Por um momento, um flash de minha mãe e eu fumando na varanda do apartamento passou por minha mente, mas o afastei rápido antes que a tristeza me tomasse. As últimas semanas eram cheias de lembranças, mas eu as rapidamente enfiava numa caixa forte dentro do meu cérebro e me impedia de lamentar a morte de quem me deu a luz. Algumas pessoas poderiam pensar que eu superei rápido, mas a verdade, é que eu não estava nem perto de superar, porque não me permitia sequer pensar no assunto. — Indo para algum lugar?
Alex pareceu pensar por um momento, coçando a cabeça sem jeito.
— Estava indo pegar um casaco em casa antes ir para a Demons.
— Demons?
— É, a boate da Corte. — Alex abriu um sorriso sem graça. — Você quer ir comigo? Vai ser divertido. Prometo não deixar você se meter em encrenca.
Eu ri baixo, lembrando de como tinha sido nosso primeiro encontro. Bêbada e quase estuprada por um vampiro chamado Remus.
— Nah… Mas eu te acompanho até em casa, te espero enquanto você pega o casaco. Quero andar um pouco.
Alex pareceu decepcionado, mas assentou, passando seu braço sobre meus ombros quando começamos a andar. Era estranho sua constante mania de encostar em mim, porque eu não conseguia entender o que o tinha feito se afeiçoar tanto, de maneira tão rápida. Eu não me considerava uma garota feia, mas a beleza não deveria bastar para um cara se apaixonar, certo? Aleksander, parecia perdido dentro de seus próprios pensamentos, torcendo a boca de forma preocupada enquanto caminhavamos. Sua casa não era longe, chegamos cerca de cinco minutos depois, e ele se manteve num silêncio estranho a ele.
— Aconteceu algo? — Indaguei quando chegamos na porta da Mansão verde, a cor dos Pontus.
— É que… — Alex suspirou ao destrancar a porta. — Podemos conversar lá dentro? Minha família inteira saiu em busca de roupas para o baile, então teremos privacidade.
Assenti preocupada com a expressão que ele carregava e entrei na casa quando ele deu espaço para mim. A sala da mansão era bela, requintada, com grandes jogos de sofás e pinturas de todos os tipos nas paredes de madeira escura. Os tons verdes estavam presentes em muitos lugares, como no grande brasão da família pendurado no centro do cômodo.
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A Corte De Sangue - VAMPIRE HISTORY. | CONCLUÍDO
Vampire"O azul daqueles olhos me dava mais medo do que o preto da mais profunda escuridão." Nada no mundo poderia preparar Lizzie Balmer para a revelação que teve aos dezessete anos: seu pai era um vampiro e depois de sua morte, sua irmã mais velha...