Tsukishima andava em passos longos até a mesa reservada na cantina italiana. Avistou a russa, subchefe da máfia de Nikolai e se sentou na sua frente, com cara de poucos amigos, não queria estar ali.
Ele sabia que ela, Yelena, iria querer investigar suas ações nos dias passados e nos próximos dias, afinal, a morte de Nikolai aconteceu em território japonês, ninguém mais suspeito que o dono da máfia do país. Mas Kei pretendia acabar com as suspeitas nesse único almoço com a loira.
— Quanto tempo, não? – ela disse com um sorriso falso no rosto. – Última vez foi em...
— Zurique, 2016. Foi um bom ano para nós.
— Você estava acompanhado de uma loira muito bonita, se bem me lembro, não? Não a vejo hoje por quê?
— Ela morreu. – respondeu simples, Yelena apenas arqueou as sobrancelhas, demonstrando pouca surpresa.
— Entendo. – suspirou. – Uma pena. Por isso que me parece tão diferente, Kei. Perdeu tudo o que te restava ainda como ser humano. – ela deu risada. – O que é agora?
Ele trincou o maxilar, mas logo respirou fundo, colocando um sorriso cínico no rosto. Não podia se deixar levar pelas provocações baratas de Yelena.
— Não posso falar o mesmo, desde que eu te conheci sempre foi essa vadia sem coração. Por que mesmo? Sua filha, como se chamava? – perguntou a olhando interessado pela resposta. Ela fechou a cara por alguns segundos, soltando uma risada em seguida.
— Vamos ao assunto, certo? – disse dando um gole no vinho. – Nikolai morreu, como subchefe, ou chefe agora... Eu preciso saber quem foi. Você podia me dar uma ajuda, que tal?
— Não, eu não me envolvo com assuntos que não são minhas obrigações. Yelena, tenho certeza que não me chamou aqui apenas para pedir minha ajuda.
— Sempre com razão. – ela sorriu. – Vou ser direta. Suspeito que tenha sido você, veja bem... Nikolai não tem lá muito controle com mulheres e eu soube que ele... Se divertiu com a mulher de um dos seus...
— Estuprou. Ele a estuprou.
— Como quiser. – ela deu de ombros. – E todos conhecemos sua política quando se trata a isso, Tsukishima.
— Minha política se aplica apenas a pessoas do meu país, por mais que Nikolai tenha feito o que fez no meu território, eu não seria burro para...
— Você não. – ela o interrompeu. – Mas você tem cartas na manga, Kei, Nikolai foi morto por uma puta, acha mesmo que uma puta normal conseguiria matar aquele homem?
— Não, não acho. Mas ainda não sei o que tem a ver, não sabia disso até o momento.
— Não, né? – ela deu risada. – Tudo bem. Hayato foi chamado, então ele provavelmente descobrirá logo. Só vim conversar com você, sabe? Colocar o papo em dia.
— Hayato? Fazia anos que eu não escutava esse nome. – disse, tentando não transparecer a surpresa. – Por que você acha que foi uma puta e não outra pessoa?
— Nikolai estava em um dos quartos privados, quem mais poderia ter sido?
— Não sei, Yelena, me diga você. Disse agora pouco que uma prostituta normal não conseguiria derrubar um homem daquele. E ele estava só com ela? Sempre o via acompanhado de um dos seguranças, ele realmente se descuidou assim? Yelena, você tem certeza que não foi algo interno? – perguntou, se inclinando para frente, apoiando os cotovelos na mesa.
— Ele estava com um segurança, sim, Tsukishima. – ela cerrou os dentes. – Ele também foi morto, por faca, mas a arma do crime não foi encontrada.
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𝐀𝐃𝐑𝐄𝐍𝐀𝐋𝐈𝐍𝐄, kei tsukishima
Fanfictionart da capa @nassshi0927 no twitter! Onde por um erro seu, acabou nas mãos do imperador de uma das maiores máfias existentes, Kei Tsukishima. Ele se comprometeu a fazer sua vida um inferno, após matar um dos homens dele, era o que você merecia. Mas...