DEZESSETE

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PLAYLIST DO CAPÍTULO:

A little death -
( The Neighbourhood )

A little death - ( The Neighbourhood )

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Jennie Kim.

Fico confusa pela sexta vez no dia por pensar dela, isso é tão maluco, ficar pensando em alguém que eu sequer tenho contato direito.

Faz três dias que eu falei com ela cara a cara, e meu corpo parece estar querendo mais contato com essa pessoa. Não sei o que anda dando em mim, o porque estou pensando tanto nessa garota.

É tão doido que eu sinta vontade de sorrir sempre que a vejo pelo colégio, preciso reprimir toda vez essa vontade ou vou bancar uma idiota obcecada.

Nos aproximamos bastante na realidade, mas eu não paro de lembrar do seu sorriso. A forma como ela parece um pequeno bebê quando sorri ou então um ursinho fofo quando fica chocada com algo, me deixa intrigada.

Faz algumas boas semanas que Taehyung e eu não tentamos um contato íntimo, ele até que parece bem, mas eu também quase não o vejo mais.

É tão estranho que em um ano tanta coisa mudou para mim, incluindo meu relacionamento amoroso. Não me sinto como antes, me sinto até um pouco mais madura, porém, de uma forma diferente.

O mundo parece diferente para mim no momento, coisas que antes eu via com fascinação e carinho, hoje não passa apenas de algo basicamente "normal". Sim, isso é sobre meu relacionamento.

Sinto que Taehyung e eu nos perdemos no caminho, mas nenhum dos dois sabe conduzir o fim. É estranho sentir isso, é doloroso pensar sobre, afinal, eu ainda amo-o muito.

Mas não como antes...

— Lisa? — Yeri me interrompe dos meus pensamentos, sorrindo.

Encaro-a. — Sim?

— Jisoo pediu pra avisar à você que ela não vai poder vir aqui, — disse — ela não se sente muito bem.

Fiquei nervosa. — Ela está passando mal?

— Enxaqueca. — concluiu.

Aham, sei.

Jisoo está estranha desde anteontem. Ela parece estar perdida em seus próprios pensamentos, sempre que eu falo algo com ela não parece me ouvir, mas cisma em dizer que está bem ao invés de conversar e desabafar.

Típico de Kim Jisoo.

Eu amo-a com todo meu coração e faria absolutamente tudo pela minha melhor amiga, mas tem vezes que eu mesma quero dar um soco na cara dela pra parar de ser tão cabeça dura com ela mesma.

— Oh, entendo. — concordo — Bem, obrigada por me avisar, Yeri, eu vou passar na casa dela depois.

Yeri sorriu pra mim e saiu andando. Como estou na biblioteca estudando, opto por não invadir o espaço pessoal da minha amiga e deixá-la pensar sobre o que está incomodando-a. Jisoo é o tipo de pessoa que precisa disso.

Decido pegar um dos livros de literatura pra focar um pouco, mas quando eu chego até a parte de livros de português e literatura avançada, algo me chama muito mais atenção do que realmente deveria chamar.

Duas meninas estão aos beijos, literalmente se atracando perto de uma das prateleiras. A loira está contra a parede gemendo baixo, enquanto a morena está em sua frente, agarrando-a.

Eu deveria parar de olhar, mas não consigo, é algo mais forte que eu. Aperto o maxilar com tanta força e eu nem sei o porque de estar fazendo isso, a forma como as mãos delas não param de jeito nenhum, me faz sentir estranha.

De um jeito bom. Muito bom.

— Leslie, amor, meu Deus! — gemeu a loira.

Eu não quero olhar, estou invadindo a privacidade delas, mas eu não consigo desviar os olhos. É como uma novidade boa pra mim, algo que está me fazendo sentir coisas estranhamente boas.

Eu nunca vi duas garotas se pegando dessa forma, e quando vi uma vez, eu não senti nada disso que estou sentindo. Naquela época eu não liguei muito, mas agora é como se eu também quisesse isso.

A loira abre os olhos e me vê, ela fica assustada mas depois abre um sorriso predatório. A morena vai descendo os beijos pelo corpo da loira, até que se ajoelha e puxa a calcinha da menina pra baixo.

Ofego baixo quando a tal Leslie começa um oral na namorada ali mesmo, na biblioteca. Estou hipnotizada por isso e meu corpo está pegando fogo por dentro, nunca senti tão intenso dessa forma.

— Quer participar conosco, capitã? — a loira pergunta.

Criando coragem, eu saio daquele lugar, arrumo minhas coisas o mais rápido possível e trato de sair dali o quanto antes.

[ • • • ]

Ainda estou ofegante e com meu corpo queimando quando chego em casa, achei que um banho gelado iria ajudar mas não, não ajudou em absolutamente nada.

A imagem das duas meninas praticamente transando naquele canto da biblioteca não sai da minha cabeça, eu não sei o porque fiquei tão obcecada em olhar cada detalhe e não entendo porque meu corpo parecia implorar por algo parecido.

Eu tenho dezessete anos mas reconheço bem o que senti, foi tesão, mas não pelas meninas e sim pelo ato em si, a forma como elas conduziam aquilo me deixou completamente excitada.

Abrindo meu notebook, eu coloco em um site de pornô lésbico. No começo fico assustada com o quão quente é aquilo, mas depois me pareço familiarizado com isso. Aproveito que meu irmão está fora de casa, então amplio a janela e assisto.

Colocando os fones, eu clico em um onde duas morenas estão se chupando. No começo parece bem, mas conforme o clima entre elas vai esquentando, eu também me sinto esquentar ainda mais.

Inconscientemente, levo minha mão para dentro da minha calcinha e quando meu dedo roça meu clitóris, eu reprimo o gemido que vem na minha boca.

Estou sensível, muito sensível!

— Meu Deus... — tombo a cabeça para trás, escutando as duas mulheres trepar nos fones.

A imagem de Jennie me aparece de repente.

Eu não consigo parar, não consigo de jeito nenhum. Sufoco outro gemido de prazer, a intensidade que me toco e a forma como elas estão praticamente se comendo na tela do notebook, deixa tudo tão bom.

Colocando a outra não sob minha boca, um orgasmo avassalador me atinge. Estou ofegante, com o coração acelerado e com medo, não pelo pornô mas sim de como eu acabei chegando ao orgasmo depois de tanto tempo.

Nem mesmo com Taehyung eu gozei assim, foi ótimo e eu me sinto leve demais pra pensar sobre isso agora. Um sorriso mínimo invade meu rosto, mas a possibilidade de isso mudar completamente quem sou me deixa nervosa.

Ou pelo menos, quem eu achava que era antes disso.

Ou pelo menos, quem eu achava que era antes disso

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