Verdade parte 1

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– Ah, não. Eu não acredito. – Ela negou com a cabeça em descrença quando percebeu que conhecia aqueles dois rostos que agora a observavam com enormes sorrisos nos rostos.

Aloha. – Disseram os dois mexicanos com a habitual alegria de sempre.

– Ah rola. – Falou Brittany de uma forma completamente animada, coisa que fez Santana negar com a cabeça e enfiar uma bala de morango na boca dela, assim a deixando distraída.

¡HERMANO, LA POLÍCIA! – Gritou um dos mexicanos, fazendo com que o outro descesse o pé com toda a força no acelerador, dessa forma o ônibus saiu do lugar com tudo e Raven saiu voando pelo corredor.

– RAE, VOCÊ NÃO PODE MORRER AGORA! ACABAMOS DE COMEÇAR A NAMORAR! – Disse Octavia enquanto corria até sua namorada.

Hermanos, estamos fugindo da polícia por quê? – Perguntou Anya com toda sua gentileza para seus amigos.

Nosotros robamos un banco. – Respondeu um deles como se não fosse nada demais e acelerou o ônibus ainda mais.

– Eu tô cansada demais para essas loucuras, então me acordem quando chegarmos em casa. – Pediu Josephine que fechou seus olhos para poder descansar e todos resolveram fazer o mesmo, até mesmo Santana e Brittany que queriam saber de onde eles conheciam aqueles mexicanos.

(...)

"Não podemos deixar nosso passado no caminho do nosso futuro. – P.T. Westmorland, Orphan Black."

Depois de conseguir despistar a polícia e serem entregues em suas casas no meio da madrugada, Clarke voltou a se remexer em sua cama, por conta de não estar conseguindo dormir de forma alguma. Ela estava morrendo de cansaço, porém algo a estava impedindo de dormir. Uma coceira estranha havia se apossado de seu corpo e isso estava lhe incomodando bastante.

Sem se aguentar mais, ela se levantou da cama com desespero e começou a gritar enquanto a coceira se intensificava ainda mais. Ela estava pulando no mesmo lugar, em uma tentativa de fazer qualquer coisa sair de seu corpo.

A garota ao menos notou quando as luzes de seu quarto foram acesas, indicando que alguém havia entrado no cômodo. A coceira era tão grande que ela estava mantendo seus olhos fechados em uma tentativa de ignorar aquela coceira insuportável.

– Minha Pequena? O que está acontecendo? – Clarke pôde ouvir a voz de Lexa e isso a fez parar de gritar, mas não conseguia parar de se coçar de forma alguma. Sua pele já estava totalmente vermelha e a morena ficou extremamente preocupada. – Clarke? Para. Você vai se machucar. – Ela agarrou os pulsos da jovem que continuou de olhos fechados e murmurando coisas que não eram compreensíveis. – O que está acontecendo?

– ESTÁ COÇANDO, ALEXANDRIA! ESTÁ COÇANDO! – A garota esperneou enquanto se balançava e tentava soltar suas mãos para que pudesse voltar a se coçar. Porém, Lexa a puxou para mais perto e a agarrou pela cintura, a mantendo de costas para si, numa tentativa de não deixá-la machucar sua pele.

– Kane, veja se tem algo no colchão dela. Um bicho ou sei lá. – Pediu a morena assim que se deu conta do homem parado na porta e com uma expressão preocupada em seu rosto.

Clarke abriu seus olhos para ver o homem e acabou vendo que ele não estava sozinho. Abby também estava presente e isso lhe irritou profundamente, fazendo com que se esquece, mesmo que por um significativo momento, de sua coceira insuportável. Ela não havia visto a mulher quando chegou, pois fez o máximo para evitar sua presença e tê-la visto naquele momento foi como um soco no estômago.

– SAI. SAI DAQUI. – A loira começou a gritar Abby que, instantaneamente, pôs uma mão em sua boca para abafar o choro. Aquele era um hábito antigo que tinha. A mulher, mesmo ouvindo os gritos da mais nova, deu mais um passo na direção do quarto, pois queria ajudar a menina que tinha o sonho de conhecer melhor.

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