Kudos!

                                    

                                          
Notas: Usando uma capa do aniversário dele de 2018, na época em que eu ainda salvava tudo no nosso grupo no Facebook orz Bons tempos. O crédito tá na imagem mas creio que a conta não exista mais. Aqui vai mais um capítulo, eu gosto bastante dele, espero que vcs curtam ❤️🧡💛💚💙💜 //

                          
Mesmo trabalhando, Zoro podia ouvir seu celular de vez em quando e sabia que era Sanji. O moleque sabia que ele estava no trabalho e mesmo assim ficava mandando mensagens, e Zoro queria ignorá-las sem culpa, mas não conseguia. Estava realmente ocupado, então não poderia fazer nada, sequer teve tempo de almoçar, iria engolir a marmita no carro a caminho da reunião. Mas sabia bem o que aquele monte de mensagens significava. Estava perto da hora da reunião e Sanji com certeza ficava cada vez mais nervoso.
                          
O loiro havia dito a ele na noite anterior, depois do sexo quando ambos estavam cansados e quase dormindo, que ele tinha um medo irracional quando chegava o dia de trocar de ficha. Um medo de estragar tudo antes da hora, de correr para uma loja de conveniência e comprar um maço logo antes de atingir seu objetivo, de arruinar sua conquista pela pressão de estar tão perto. Talvez por isso tenha pedido para dormir com ele na noite anterior, não somente pela perversão ou tédio, ou vontade de irritá-lo.
                          
Sanji se enfurnou dentro do restaurante, exigindo que seu horário fosse trocado, porque ele ia ficar na casa de um “amigo” de noite. Mesmo resmungando, Zeff aceitou e isso tranquilizou o garoto. Enquanto estava em seu habitat natural, nunca fumava e se esquecia completamente do vício, seu amor pela cozinha era maior do que qualquer vício odioso. Provavelmente seu pai notou o desespero em seu olhar e aceitou acariciando os fios dourados do filho mimado. Conseguiu enrolar mais que o normal naquele turno, recebendo xingos do velho por ele estar trabalhando muito e pegando o trabalho que era de outros funcionários, mas Sanji não se importou, ele precisava daquilo. 
                          
Estava tão preocupado que até pediu para que seu pai o colocasse dentro do táxi e ordenasse com ameaças o motorista para que o deixasse apenas no destino, que era a oficina. Sanji estava realmente com medo de estragar tudo outra vez. Ele basicamente pulou do táxi e já encontrou com Zoro, suspirando aliviado por estar ao seu lado. 
                          
Zoro não se surpreendeu quando viu Sanji ali parado e sem graça no meio da oficina, antes mesmo de dar a hora combinada, quando o mais velho nem havia tomado banho ainda e estava todo sujo de graxa e suor. A aparência nervosa de Sanji pareceu melhorar levemente ao vê-lo, entretanto, somente um cego não repararia no tipo de olhar que Sanji dava ao corpo sujo do moreno.
                          
- Será que eu deveria tomar banho ou.... Você prefere assim mesmo? — Zoro brincou, sabendo muito bem que o garoto não gostava nem um pouco de sujeira… Certo?
                          
Se há segundos Sanji só conseguia sentir medo, ao ver o mecânico só conseguia sentir a calça ficando mais apertada. O loiro se aproximou e deslizou um dedo, subindo do abdômen para o peitoral enorme, completamente suado e sujo de graxa. Mordeu o lábio inferior, vendo toda aquela imundície pintando o corpo moreno, como uma obra de arte e tudo que sentia era o mais puro desejo. Se Zoro não tomasse um banho, ele não falaria por seus atos.
                          
— Se você não tomar banho agora, vou te lamber todinho aqui na frente do seu chefe. — A voz carregada de tesão juntamente com os olhos azuis brilhando indicavam que estava falando muito sério. 
                          
— Uh… Ok… — Tudo que Zoro pôde fazer foi tropeçar em suas  próprias palavras embasbacado pela demonstração de depravação completa do garoto. Talvez tentar provocá-lo tivesse sido uma péssima ideia, já que não estava esperando uma resposta tão entusiasmada.
                          
Ele tomou o banho mais gelado possível, tentando não pensar na voz do loiro enquanto dizia aquela perversão e ameaçava lambê-lo bem ali em público, irritado em como o cozinheiro conseguia virar o jogo apenas com uma frase. Odiava como Sanji era pervertido, ou talvez apenas odiasse como era fácil se excitar quando ele demonstrava ser pervertido.