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Waldir Onofre

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Waldir Onofre
Waldir Onofre
Nome completo Waldir Couto
Nascimento 5 de agosto de 1934
Itaguaí, RJ
Nacionalidade brasileiro
Morte 7 de janeiro de 2015 (80 anos)
Ocupação diretor, ator, roteirista
Atividade 1962 – 2014
Outros prêmios

Waldyr Couto Onofre, (Itaguaí, 5 de agosto de 1934Rio de Janeiro, 7 de janeiro de 2015[1]) foi um cineasta e ator brasileiro.[2] Foi um dos primeiros cineastas negros do Brasil.[3]

Coadjuvante bastante considerado pelo tipo físico, expressividade futuro e o talento interpretativo, filmou quase sempre atuando em papéis de vilão. Começou a trabalhar desde criança, como serralheiro e ferreiro. Fez um curso técnico de rádio e televisão, passando a viver dos consertos em aparelhos eletrônicos. Conseguiu juntar algum dinheiro, com o qual passou a fazer um curso de interpretação por correspondência. Em 1953 descobriu o curso de interpretação de Berliet Junior, produtor da Rádio Nacional. Três anos depois matriculou-se no Conservatório Nacional de Teatro, onde estudou até 1960. Estudou com João Bethencourt e fez estágio com o ensaiador americano Jack Brown, discípulo de Constantin Stanislavski.[4]

Estreou profissionalmente no teatro com uma montagem de O Contato drama americano encenado em 1960. Seu desempenho chamou a atenção do diretor Miguel Borges que o chamou para protagonizar o episódio Zé da Cachorra, incluído no longa Cinco Vezes Favela.

Tornou-se colaborador regular de Borges, com quem filmou Perpétuo contra o Esquadrão da Morte, Canalha em Crise e Maria Bonita, rainha do cangaço. Ao mesmo tempo, iniciava sua carreira por trás das câmeras, como assistente de direção de Canalha em crise.

Em 1968, montou a primeira peça da sua escolinha de teatro, Papai Noel e os dois ladrões, um texto do antigo professor João Bethencourt.

Manteve a carreira como ator de cinema, marcado pelos papéis de vilão, até que conseguiu chamar a atenção de Nelson Pereira dos Santos, que o convidou para atuar em O amuleto de Ogum. Mais do que isso, o cineasta incentivou Onofre a se expressar também realizando os próprios filmes. O resultado foi As Aventuras Amorosas de um Padeiro, uma comédia de costumes sobre a vida suburbana que também abordava o tema do racismo. Produzido por Nelson Pereira dos Santos, foi o único longa dirigido por Onofre. O filme ganhou o Kikito de Ouro no Festival de Gramado de 1976.[5]

Vieram em seguida os curtas que, a exemplo de As Aventuras Amorosas de um Padeiro, retratavam os hábitos e costumes do subúrbio do Rio de Janeiro, como Clóvis, a alegria do carnaval suburbano.

Idealizou um projeto de uma agência de figuração dedicada exclusivamente a atores negros, que finalmente saiu do papel na década de 1980. Continuou atuando esporadicamente, com participações em teatro e nas telenovelas Irmãos Coragem e O homem que deve morrer.

Diretor assistente

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  • A Terceira Margem do Rio (1994) (Longa-metragem) Recebeu o prêmio Margarida de Prata em 1994 e foi indicado ao Urso de Ouro no Festival de Berlim em 1994.
  • Memórias do Cárcere (1984) (Longa-metragem).
  • Perpétuo Contra o Esquadrão da Morte (1967) (Longa-metragem).

Melhor Atriz (Fernanda Montenegro), Primeira Semana do Cinema Brasileiro. Quinto Lugar no Prêmio Governador do Estado de Guanabara, comissão de Auxilio à Indústria Cinematográfica do Rio de Janeiro - 1965.

Referências

  1. «Morre no Rio o cineasta Waldir Onofre». SATED-RJ. 7 de janeiro de 2015. Consultado em 8 de janeiro de 2015. Arquivado do original em 8 de janeiro de 2015 
  2. Campo Grande prepara uma grande festa para comemorar os 78 anos do cineasta. O Amarelinho Notícias
  3. RODRIGUES, João Carlos. O negro brasileiro e o cinema. Pallas Editora, 2001
  4. RAMOS, Fernão, e MIRANDA, Luiz Felipe.Enciclopédia do Cinema Brasileiro. Senac, 2000. Pág. 406
  5. Waldir Onofre - O cineasta negro. Acervo Digital de Cultura Negra - Cultne
  6. «Cinemateca Brasileira, Marcados para Viver» 🔗. Cinemateca.gov.br 

Ligações externas

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