Tupy
Tupy | |
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Razão social | Tupy S.A. |
Empresa de capital aberto | |
Cotação | B3: TUPY3 |
Atividade | Automotiva |
Gênero | Sociedade Anônima |
Fundação | 9 de março de 1938 (86 anos) |
Fundador(es) | Albano Schmidt, Hermann Metz e Arno Schwarz |
Sede | Joinville, Brasil |
Locais | Joinville, Mauá e Betim , Saltillo e Ramos Arizpe e Aveiro |
Presidente | Fernando Cestari de Rizzo |
Empregados | Aprox. 13 mil funcionários (2014) |
Produtos | Produtos automotivos (Blocos, cabeçotes e autopeças) - 92% das Receitas(2014) e produtos industriais (Conexões e Perfis) - 8% das Receitas(2014) |
Lucro | R$ 89,2 milhões (2014) |
LAJIR | R$ 503 milhões (2014) |
Faturamento | R$ 3,114 bilhões (2014) |
Website oficial | www.tupy.com.br |
A Tupy é uma multinacional brasileira do ramo da metalurgia fundada em 9 de março de 1938 na cidade de Joinville. [1]
A companhia conta com cerca de 13 mil funcionários em quatro parques fabris: dois instalados no Brasil (Joinville/SC e Mauá/SP) e dois no estado de Coahuila, no México (Saltillo e Ramos Arizpe). A empresa atua em mais de 40 países e as vendas para o mercado externo corresponderam a 72,6% de sua receita em 2014. No mesmo ano, obteve receita de R$ 3,1 bilhões e lucro líquido de R$ 89 milhões[2]. Fabrica componentes em ferro fundido para a indústria automotiva e também itens para aplicação industrial e na construção civil, como conexões de ferro maleável e perfis contínuos.
Histórico
[editar | editar código-fonte]Fundação
[editar | editar código-fonte]A Tupy iniciou suas atividades em 1938 como uma empresa familiar. Fundada por Albano Schmidt, Hermann Metz e Arno Schwarz, todos descendentes de imigrantes europeus que ajudaram a colonizar Joinville[3]. A fundição se instalou, inicialmente, no centro da cidade, e produzia conexões em ferro fundido – produto até então só conhecido no Brasil via importação[1].
Albano Schmidt morreu em 1958 e a presidência da empresa foi ocupada pelo filho Hans Dieter Schmidt, então com 26 anos. Após sua morte, em 1981, outros membros da família Schmidt passaram a ocupar a presidência da empresa até o início da gestão profissionalizada, em 1991.
A entrada na indústria automotiva
[editar | editar código-fonte]Com o estabelecimento da indústria automobilística no Brasil, a empresa transformou-se progressivamente em fornecedora de componentes automotivos, que passou a ser o principal negócio entre os anos de 1980 e 1990[1].
Em 1975, com a construção de mais uma unidade fabril no parque industrial de Joinville (SC), a Tupy deu início à manufatura de blocos de motor em ferro fundido.
Mudança de controle
[editar | editar código-fonte]Em 1995, o controle acionário passou das mãos da família Schmidt para fundos de pensão e bancos nacionais. Na mesma época, a empresa adquiriu da Mercedes Benz do Brasil a Sofunge (Sociedade Técnica de Fundições Gerais S.A).[4][1]
Em 1998, a Tupy comprou a unidade de fundição da Cofap, na cidade de Mauá, em São Paulo[5]. Nos anos posteriores, a planta recebeu investimentos que a tornaram especialista na produção de blocos e cabeçotes em ferro fundido para os segmentos comercial (caminhões leves e pesados) e off-road (máquinas agrícolas e de construção).
Em 2001 a companhia iniciou o desenvolvimento de blocos de motor em ferro vermicular CGI (Compacted Graphite Iron), culminando na produção em escala industrial, pela primeira vez, de blocos de motores com este material. O ferro vermicular é uma liga metálica que contribui significativamente para o aumento da resistência e a redução do peso do motor. Com propriedades mecânicas superiores às dos materiais convencionais, traz como resultado produtos menores, mais leves e mais duráveis.
Em 2003, o Conselho de Administração da Companhia escolhe como presidente o economista Luiz Tarquinio Sardinha Ferro, que até o ano anterior ocupara a função de presidente da Previ (Caixa da Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil), maior fundo de pensão da América Latina.
A partir de meados de 2007, tiveram início as tratativas com os principais acionistas para a definição de uma nova agenda estratégica para a empresa. Previ e BNDESPAR, detentores de debêntures emitidas em 2004, decidiram converter os títulos em novas ações, passando a deter, em conjunto, o controle acionário da Tupy, até então.
Em 16 de abril de 2012, a companhia concluiu a aquisição de duas plantas produtoras de blocos e cabeçotes de motores de ferro fundido no México, localizadas nas cidades de Ramos Arizpe e Saltillo (no estado de Coahuila).[6] Essas aquisições totalizaram US$ 497,9 milhões e marcaram o início da internacionalização da manufatura de blocos e cabeçotes de motores em ferro fundido.
Em outubro de 2013, a companhia realizou uma Oferta Pública de Ações, acompanhada de entrada no Novo Mercado da B3.[7]
Em dezembro de 2019 foi anunciada a compra da Teksid Iron, subdivisão de componentes em ferro fundido do grupo italiano Teksid, pertencente à Stellantis.
Tupy S.A. anunciou, em Junho de 2022, a compra da MWM do Brasil, tradicional fabricante de motores e geradores pelo valor de R$ 865 milhões.[8]
Referências
- ↑ a b c d «Site Oficial da Empresa»
- ↑ Resultados do quarto trimestre de 2014: [1]
- ↑ «Morre viúva de um dos fundadores da Fundição Tupy»
- ↑ «Sofunge, uma indústria pioneira»
- ↑ «Fundição Tupy ameaça demitir 400»
- ↑ «Fundição Tupy conclui compra de empresas no México»
- ↑ «Tupy chama bancos para liderar um re-IPO de R$ 1 bilhão»
- ↑ «Tupy compra MWM do Brasil por R$ 865 milhões»